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segunda-feira, 21 de maio de 2012

093 > Perfeito, sempre de volta às origens


Perfeito Fortuna em seu escritório - Guina Ramos, Set/2011
Seguindo nas cambalhotas na vida, eis que finalmente (e queiram perdoar o sumiço) volta a ser editado o blog da turma de Olaria!

Para reatar o laço, nada melhor que voltar ao último ponto de encontro da turma de Olaria, na luxuosa companhia de outras turmas queridas, o povo da turma de Manguinhos e a que envolveu o livro do Fabio Daflon sobre a saudosa Kika.
E tudo isto voltando também ao personagem que proporcionou este incrível encontro de Dezembro de 2011, na Fundição Progresso, junto aos Arcos da Lapa, o figuraça Perfeito Fortuna!

Um pouco antes disto, em Setembro de 2011, eu e Bandeira, como parte das nossas caminhadas pelo passado da turma de Olaria, lhe fizemos uma visita fraterna e tivemos com ele uma longa conversa, no seu escritório na Fundição. Um momento que valeu como um minimamente emocionante balanço de sua trajetória de vida, um instante quase confessional, como se tivéssemos, eu e Bandeira, alguma autoridade para isto...
Reportagem de O Globo, 20/05/12 - para ler, clique na foto

Pois, eis que nesta semana, a nossa figura reaparece na imprensa, junto ao grupo Sargento Pimenta, posando para uma foto da matéria de O Globo e falando de mais um de seus mirabolantes projetos, desta vez a produção da presença cultural brasileira em Londres durante as próximas Olimpíadas, em Agosto.

Foi a gota d' água!... Era mesmo hora de reativar o blog, pois o assunto que o reabriria já estava há muito decidido!..

E só podia ser a publicação destas três fotos, trazidas ao nosso reencontro pela Regina, irmã da Dri, que apareceu acompanhada de quase toda a família, a outra irmã Marta, o filho da Dri, Matheus, e, surpresa e alegria de todos, a própria D. Valdir, uma supermãe para outros tantos de nós!

Se dá para entender qualquer coisa do que acontece nestas fotos [ e aonde foram tiradas? ], desde que colocadas numa determinada ordem (pois ninguém saberá mais qual era a sequência), aí pode-se deduzir que contam uma historinha...
Na 1a foto, estão todos bem comportados, um grupo muito bem posado... Mas, enquanto Casé e Osvaldo, de um lado, e Guina e Zoé, de outro, fazem figuração para destacar o violonista... quem? [ só pode ser um padre... ], lá no fundo, em pé, Feito e Dri demostram certo desinteresse, têm até um sorriso irônico no canto dos lábios, não deviam mesmo estar curtindo a musiquinha... 
Então, na 2a foto, lá estão eles agitando, jogando uma conversa para cima de nós, certamente propondo alguma coisa um pouco mais divertida...
E então, na 3a imagem (ah, aí sim!), assumimos uma atitude à altura da nossa irreverência e fazemos uma pose completamente inusitada (ainda que devidamente organizada, quase uma coreografia), talvez, afinal de contas, um tanto ridícula, pelo menos pela parte que me cabe...
Em suma, estas fotos (sem contar várias outras espalhadas por este blog...) são a prova cabal de que foi justamente no embalo da turma de Olaria que Perfeito Fortuna (embora altamente vocacionado, é claro) desenvolveu os seus dotes artísticos, histriônicos e multicarnavalescos, o que afinal resultou neste (nosso) internacional agitador cultural.
Feito, da turma de Olaria para o Olimpo cultural!     


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

077 > As garotas do IAPTEC de Ramos

Finalmente, o prosseguimento da nossa caminhada, que Bandeira batizou de
Voyage Phitorèsque e Sentimental à Leopoldina
Vamos dialogando, Guina em vermelho e Bandeira em azul.

Da Praça das Nações, em Bonsucesso, seguimos eu e Guina, a pé, pelas ruas centrais do bairro, parecendo dois meninos, a registrar e apontar os sítios que nossa memória registrava, como as galerias comerciais que anteciparam a era dos shopping-centers, os primeiros e derradeiros edifícios residenciais que o empreendedor suburbano Álvaro da Costa Melo ergueu nos anos 60, todos denominados auto-promocionalmente com o nome do mesmo, o extinto cine Melo (hoje um supermercado), o Clube Bonsucesso, o antigo "El Churrasqueto" ainda de pé e sempre lotado, a Rua da Proclamação onde a mãe do Paulinho Banzé tinha uma escolinha, a Praça do Cai-duro, antigo local de desova de cadáveres, e finalmente, adentrando à Rua Barreiros, deparamo-nos com o Conjunto Residencial do IAPTEC, com seus singelos blocos de apartamentos de 03 andares, trazendo-nos logo à memória a família Carneiro, exclusivamente feminina, bravamente chefiada por Dª Waldir e suas meninas Adriana (Dri), Regina e Marta.
Google Maps

Uma coisa que logo me impactou, no conjunto do IAPTEC, foi ver que todos os blocos, agora, estão cercados por muros e portões. 
Muito diferente dos espaços abertos que atravessávamos com a maior desfaçatez, antigamente...
Na foto, o portão que só pela gentileza alheia pudemos cruzar.

Num impulso percorremos a ruazinha lateral, quase que intuitivamente, em busca do bloco onde a família Carneiro residia. 
E, grata surpresa: na janela da área lateral de serviço, no 2º andar, lá estava a própria Dª Waldir, apontada por um morador a quem indagáramos se ainda por ali residia.



D. Maria Waldir na janela da cozinha

Custou a um pouco a nos reconhecer, mas logo veio-lhe à memória aqueles rebeldes anos 70, toda a sorte de preocupações e aflições que lhe proporcionamos, e aludiu ao fato de eu, Luiz Antônio, que era gordinho, agora estar magro e o Guina, que era magrão, agora estar gordinho.

Não achei a menor graça nisso... Mas gostei muito de vê-la tão animada, sorridente, feliz! 
E fiquei pensando como lhe teria sido difícil, quando tinha seus 40 anos, acompanhar uma espécie de furacão que todos nós vivemos, mas cujo vértice, para ela, foi certamente a nossa irrequieta Adriana...

Mantivemos saboroso e emocionado diálogo através da janela, e após fotografá-la registrando seu excelente aspecto físico, apesar de estar com mais de 80 anos, retomamos nossa caminhada, já delineando uma nova busca no tempo perdido, para tentar encontrar a antiga morada da doce Isabel, ali mesmo em Ramos.

Google Maps
Mas, antes disso, demos uma última olhada em volta e, vendo as típicas casas de subúrbio do outro lado da rua Joaquim Gomes, tentamos adivinhar: qual delas tinha sido a casa da nossa Reni?... 
Seria aquela hoje toda colorida, praticamente em frente ao prédio da Dri?...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

057 > Carnaval complicado em Paraty

            As fotos de Barra do Piraí (055 > Aleluia!... Ele ressuscitou!...) trouxeram de volta algumas figuras, agregados à turma de Olaria em sua fase final (vou citar em que fotos estão), também personagens desta história, que estou quase certo de que foi em 1971... Não lembro de tudo, mas algumas vivências pontuais não me saem mais da cabeça, a não ser para ir para o blog...


            A viagem era quase um safári, a Rio-Santos ainda não estava completa, só ia até Angra. Não lembro bem, mas acho que fomos de trem (ou foi noutra viagem?) até Mangaratiba, onde íamos pegar a barca da Cia. de Navegação Sul Fluminense. Aí, o primeiro lance divertido...
            Chegamos no meio da tarde, com o tempo nublado, um prenúncio... Passagens já compradas, esperando a barca, nos espalhamos pela praça em frente ao cais. Alguns dormiram na grama, entre eles o Getúlio (foto 14). Lá pelas 17h chega a barca, todo mundo se movimenta e o Getúlio pergunta: “Puxa, já é de manhã? Dormi tanto assim?”...
            Deu a dica... De imediato, concordamos todos. Começou uma patética cena, em que fazíamos tudo para convencê-lo de que tinha dormindo a noite toda e que o dia recem nascera. Por exemplo, fomos com ele à padaria tomar o café da manhã... Aos poucos, Getúlio estranhou: “Mas, tá escurecendo...”.
            Tivemos que explicar que naquela região, com o tempo nublado e tal... Em suma, era assim mesmo, apenas “parecia” que estava escurecendo... Aguentamos mais de uma hora, mas não teve jeito: escureceu mesmo e fomos pegar a barca. Acho que estavam neste “teatro”, além dos que citarei depois, a Adriana e, acho, o Cláudio Mateus.
            A viagem de barca foi “brabera”!... No início, já escuro, foi divertido. Primeira parada, Abraão, na Ilha Grande. Depois, Angra dos Reis. A partir daí, altas horas, a grande travessia até Paraty... 
Foi quando o tempo fechou geral, caiu uma tempestade total! Todos sentados na proa (à frente), na parte interna, em baixo. Foi um sufoco!... Um lugar apertado, escuridão quase total e a barca batendo contra as ondas, subindo e dando pancada, a água salgada respingando geral, cada onda parecia que atravessaria o vidro das pequenas escotilhas, que a barca ia ser invadida pelo mar... Em suma, um esquife marítimo que, impressionante!, não só não afundou, como aportou em Paraty, mas já depois da meia-noite.
            Alguém tinha dado a ideia de atravessar a cidade e ir acampar na praia, acho que foi o Pedroca (foto 17), se é que ele estava nessa... Mas, ele daria esta ideia e, de qualquer modo, alguém deu... Aí, às 2h da manhã, estávamos armando barracas (duas, apertadas: dormi de cara para o plástico da parede...). Alguém (quem?) escolheu o local: bem no início da praia de Jabaquara (vi no GoogleMaps...), perto da foz de um riacho. Alguém ainda comentou algo sobre marés, só que a gente estava com um sono...
            Nem bem o sol raiava, eis que a água do riacho (ou a do mar?) entrava solenemente pelas barracas, e foi um tal de acordar, tirar bagagens e se safar, que já animou o dia!...
A partir daí, tudo é Carnaval! Muita praia, umas biritas, entrar nos blocos de sujos, estava valendo a pena! Tanto é que todo mundo ia voltar no fim de semana seguinte.

Menos eu... Estava no meu primeiro emprego, uma revendedora de carros usados na Av. Brigadeiro, em Caxias, era algo como escriturário. E o Getúlio, que tinha também um emprego, não lembro qual. Então, tínhamos que sair de Paraty na 4ª-feira de Cinzas. Para não encarar a barca assustadora, armamos um esquema complicado (e caro): pegamos um ônibus, via Cunha, para Guaratinguetá, no vale do Paraíba do Sul, SP, e, foi só bater na rodoviária local, outro para o Rio. 
Beleza!... A previsão era chegar lá pelas 11h da noite de 4ª-feira, dormir e ir trabalhar. Quando saímos de Paraty, o tempo estava ótimo, deu aquela dor de corno... Na viagem começou a chover, mas viemos bem. Às 22,30h estávamos na Av. Brasil, altura de São Cristóvão, em frente ao Sabão Portuguez e à Transportadora Lusitana, e agora realmente chovia muito... Conclusão: só chegamos à Rodoviária, uns 5km depois, às 7h da manhã!... O alagamento no Rio era geral, o que até foi uma boa desculpa para não ir trabalhar...
Já o pessoal que ainda estava em Paraty passou o maior perrengue!... O que lembro (e sei) é que a enchente foi total. O Elísio (fotos 14 e 17) parece que salvou gente que ia morrendo afogada. E para sair de lá e chegar ao Rio, ficou ruço!... A estrada para Cunha foi interditada por barreiras. Que eu lembre, das conversas posteriores, alguns vieram de barca, não sei quando. Mas, o Elísio, em uma fase realmente heroica, encarou a estrada, ainda de terra, até Angra dos Reis, que deve ter sido uma lameira só... E ainda veio comboiando a Ângela (fotos 11 e 14), que, aliás, era minha namorada à época, em um gesto altruísta que me deixou meio ressabiado, mas sem deixar de ficar agradecido ao amigo pelo desprendimento... 
              Quem mais estava nessa?...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

043 > Almoço em Pres. Prudente

Nosso “correspondente” no interior paulista traz um registro histórico...

À esq: Guina, Paulo Anás, Bandeira, Bonilha; à dir: prefeito de PP, Osvaldo e Adriana
GUINA + LABANDARA:
                             Envio hoje 1 "e-mail" com a foto de nós almoçando no restaurante... Samburá? Parece que foi neste restaurante. O mais velho, ao fundo, é o ex-prefeito Antonio Sandoval Netto (falecido). Segundo ele, pagou a conta de seu bolso... Frente a ele, pareço ser eu. Mas pode ser o Guina... Ao lado dele, parece ser o outro prefeito (Perfeito) e, do lado dele, parece ser a Adriana. Vê-se alguém parecido com o Bandeira à esquerda, mirando a câmera (ele já era metido? Ah, ah). À extrema esquerda, alguém parecido com o Osvaldo (o sobrenome do Osvaldo é - espero escrever certo - Saide).
                               Atentar para o engano: chegaram e já partiram para outra cidade, mentira... Também o artigo dá a sensação de que vocês eram descompromissados, em relação à realidade... que só se aproveitavam... lembro-me de que 1 de nós ficou realmente furioso quando soube do artigo, ainda aqui em P. Prudente,  e queria ir ao jornal reclamar... 
                               Mas fica registrado para a história a maneira como certa imprensa via o nosso pessoal.
Ainda falta mandar a data da notícia e o cabeçalho do jornal. Esperem.
                                                  ao Guina:                         ANAUÊ!
                                                  ao Band:                          ABRAÇOS NA PIMENTA!
Bonilha
 
Sem nos ver há tanto tempo, comete alguns enganos na identificação.
Na legenda, uma tentativa de acertar: quem colabora?




E, apesar de ser um tanto enrolado nestas recentíssimas artes, Bonilha dá uma escaneada meio enviesada e manda recortes do jornal O Imparcial.
Entre outras ironias, o título da matéria...






E o texto...














E a maior delas: a data!




Vejam só com quem dividimos o espaço do jornal...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

039 > Um certo apartamento de Copacabana

DA VIAGEM AO SUL, A UM CERTO APARTAMENTO DE COPACABANA
  
A última imagem que tenho da viagem ao sul é a chegada de Osvaldo e Bandeira que, por não terem conseguido carona de São Paulo para o Rio, retornaram para a minha casa, na Lapa de Baixo.
Quinze dias após, em Fevereiro de 1970, deixei tudo para traz e vim para o Rio.
Fui recebido por Paulo Caifás, que me levou para a casa de Delair, e por Oswaldo, em cuja casa fiquei hospedado por dois ou três dias, até que, por indicação do mesmo e usando da prerrogativa de meu passado religioso, fui hospedar - me no Seminário São José, na Tijuca, onde fiquei uns quinze dias...
Nesse espaço de tempo, lembro-me que Adriana fez um encontro de boas vindas na casa de sua mãe, em um conjunto residencial no início da Rua Barreiros, entre Bonsucesso e Ramos, onde boa parte do grupo que participou da viagem esteve presente.
Depois da temporada no Seminário, consegui através de meu amigo Dom Estevão Bitencourt, uma hospedagem de trinta dias no Mosteiro de São Bento, período este em que, por indicação do próprio, comecei a dar aulas na PUC.
Foi quando aluguei o apartamento em Copacabana, no Edifício Tupinambá, na Barata Ribeiro.
Mobiliado, sala, quarto, cozinha, banheiro e dependência... e nele, por quase um ano, moraram também Perfeito Fortuna, Álvaro, Derval, além de alguns agregados frequentes, dentre os quais, Tarcisio Ortiz...
Tiveram, também, hóspedes de passagem: o pessoal do Living Theater (Julian Beck, Judith Malina e trupe), Angel Nunes, um espanhol que passava o dia no Zoológico desenhando, em bico de pena, nossas aves exóticas, e outros mais...
E neste apartamento, que era uma ante-sala da praia, por diversas vezes, KIKA fazia um inesquecível estrogonofe, para deleite geral do grupo...
Derval e eu tínhamos o hábito de nadar mar a dentro, em direção à África... Perfeito trocava a noite pelo dia, envolvido com o circo, Asdrúbal e outros afins ... e Álvaro, que quase não parava em casa...
Tempo de boas lembranças!!!
Fico devendo algumas fotos... sei que as tenho em algum lugar, guardadas há quarenta anos...
Um forte abraço em todos.

Paulo Anás

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

038 > Viagem na viagem: dúvida cruel

E as viagens dentro das viagens?...
Eis, por exemplo, a lembrança (e as dúvidas) que Bonilha, lá do fundão de São Paulo, recupera:
 
GUINA SAN:
                    CADA VEZ QUE ME ESCREVES, ME LEMBRO DE UM LANCE

OUTRO LANCE! OUTRO! MAIS UM! Lá vai. Creio que hoje a turma está suficientemente madura para aprofundar esse tipo de reflexão.                                                          
 Estávamos dentro duma Kombi (pertencente ao Ponto Frio da cidade do Rio), na Via Dutra. Rumo a S. P., "de carona". O veículo estava com umas 10 pessoas, se bem me lembro. O chofer, + Perfeito, tu, Bandeira, Adriana... se não me engano, também outros da turma de Olaria. O motorista, empregado do Ponto Frio, simpatizou com o papo paz e amor de alguns da turma (parece-me que Adriana e Perfeito, principalmente) e propôs (não com essas palavras- mas a idéia era essa):
               - O Ponto Frio cria um concurso; vocês participam; o prêmio é uma viagem pelo Brasil (inclusive Nordeste) num veículo da empresa, tudo pago; por onde passem, os vencedores contatarão as pessoas e, assim agindo, farão automaticamente propaganda da firma; serão recebidos por empregados da empresa; eles farão os contatos comerciais de vocês com os habitantes a fim de projetar a empresa e aumentar nossas vendas; vocês comerão e dormirão de graça, ainda conhecerão um pedação do Brasil!
Claro que vocês terão de ganhar o concurso, mas... JÁ O GANHARAM!
Faremos um "trambique": ensinar-lhes-emos as questões antes do concurso ou algo semelhante; porque vocês são o máximo (será ótima propaganda para nós, ter um grupo assim). Topam?
                Um a um, fomos consultados. Passei minha vez porque não era da turma de Olaria. Alguns negaram a oferta; só um o fez taxativamente; aceitar, pelo menos um o fez.
                 Ao descermos da Kombi, o funcionário da famosa marca ainda disse que mandaria notícias para a turma para que fossem treinados para o concurso (TUDO DEVERIA PARECER HONESTO). Ninguém teve coragem de falar "não, não interessa". Afinal, ele nos dera uma "carona" agradável, amistosa e simpatizara conosco...
                 Aí, houve uma "baita" discussão à beira da estrada, uns criticando quem, dentre nós, aceitara a oferta antiética de ganhar um concurso de cartas marcadas; outros dizendo:
                 - Espera, espera, será que o companheiro aqui não estava FINGINDO aceitar por educação?
                 Parece-me que um que aceitou explicou assim:
Av. Brasil - Carona (única foto) p/ Petrópolis: Perfeito, ?, Derval, Nata



































































                 - Foi só para ver até onde o funcionário ia... para aprendermos como os concursos são...
                 Na minha conturbada, conveniente, confusa e contestável memória, tiveste um papel importante nesse episódio. Foste tu quem RECUSOU "de cara" a oferta? ou a ACEITASTE?
                 Com a palavra, o outro lado da história (GUINA).
Bonilha

Sinceramente, viagem por viagem, não lembro de nada disso...
Mas, Bonilha, reconheçamos, vc acha que nós achamos que o motorista ia armar tudo isso?...
Guina

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

027 > Fugindo de casa, cheia de ilusão...

Hoje eu vou fugir de casa, vou levar a mala cheia de ilusão...

  Rolou este e-mail...

Banzé, Zito!
Que saudade, esse blog tá me deixando com vontade de colocar em dia as lembranças, "to esquecendo", me ajuda; em que ano eu fugi de casa?
Fui para casa da Dri tarde da noite. Coitadinha dela não sabia o que fazer, mas até que D. Waldir foi generosa e liberal para a época e me deixou ficar. Dormimos e no dia seguinte fui para a casa de Da. Zizinha e Sr. Valdemar, buscar respostas. Eles tinham uma sabedoria imensa e o acalanto de tua mãe era muito bom, que ternura tinha aquela mulher! E, ao mesmo tempo, uma braveza digna de um Major (desculpa, Paixão, mas como te disse algumas lembranças vêem muito fortes), eles eram DEZ.
No dia seguinte fomos para Jurujuba? O  que mais aconteceu?   Retorna. beijos, Nat.

 E veio esta resposta...

Natália, querida, a vida é interessante e às vezes prega uma peça na gente. Eu lembro do fato mas não lembro quando, nem dos detalhes. Nem lembro se eu fui para Jurujuba. Será que eu estava no Colégio? Caraca, acho que só vou acrescentar mais dúvidas ao episódio. As duas pessoas que poderiam nos ajudar já passaram para o andar de cima e provavelmente estão rindo do nosso esforço para lembrar disso. Eu imagino a cena assim:
 Adriana: – Pôrra, mulher que merda você fez?
 D. Zizinha: – Natália, você tem que voltar, conversar pois, nós os pais, já somos mais velhos e é difícil entender o jeito de vocês, jovens, Natália. Volta, conversa com eles e pede a Deus para ajudar porque Ele tudo pode. 
 Nata, os dois foram grandes até para nós. Tivemos nossas rugas mas sinto saudades deles até hoje. Fico feliz por você também lembrar deles. Aliás, o Derval também lembrou. Adorava (e continuo adorando) quando você me chamava de Banzé, Zito. Isto também é lembrança guardada com carinho.
Sinto muito não poder somar detalhes a mais um episódio do Grupo de jovens de Olaria.

 Aí, Natália comenta: "Vera mandou fotos de Jurujuba, talvez tenha ido tb nesta. Será que lembra?"

Pra onde eu vou, venha também

Pra onde eu vou

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

022 > Goiandira - A viagem de ida

Temos um novo narrador!
Muito camarada, Osvaldo se dispôs a lembrar este grande momento da turma de Olaria, os acontecimentos em torno da pesquisa que fizemos na minúscula cidade de Goiandira, a pedido do pequeno gigante Pe. Joãozinho.

Meus amigos:

Sim, estive na pesquisa do Padre João (julho 1970), em Goiandira, GO.
Ao que me lembre, saímos do Rio em um grupo que incluía eu, Guina, Perfeito, Adriana e outros, claro que de mochila e pegando carona na estrada.
Inicialmente fomos até Juiz de Fora, onde pernoitamos na casa de um parente do Guina, que tinha avisado que iria com mais alguém, mas ele não esperava a invasão daquela galera para dormir na sua casa!!
Era uma viagem sem pressa e atraídos pelo já famoso Festival de Inverno demos uma parada em Ouro Preto. Lá conseguimos entrar no Teatro e assistir gratuitamente uma bela peça de teatro sobre a Independência. A cidade estava lotada e sem ter para onde ir convencemos a administração a nos deixar dormir no próprio sótão do Teatro.
Nunca passei tanto frio na minha vida! Sem roupas adequadas, acostumados ao calor do Rio de Janeiro tivemos de suportar uma baixa temperatura em um local inteiramente vazado ao vento gélido das montanhas de Minas. Arranjamos jornais e colocamos entre as vestes para apaziguar a situação. De madrugada olhei minhas mãos e pés azuis e me assustei. Felizmente fez sol no dia seguinte e pude me aquecer.
O curioso é que ao invés de me traumatizar passei desde então a gostar de Minas Gerais e a gostar do frio. Creio que deve ser o calor da amizade que descobri nessa viagem.
Osvaldo

E, após o intervalo, envia mais um trecho do caminho de ida [17/11/10].
Saindo de Ouro Preto fomos adiante, porém demoramos e custamos a ganhar carona na estrada. Anoiteceu e resolvemos dar uma parada em Pará de Minas praticamente sem conhecer nada. Levamos um susto ao ver uma réplica do Cristo Redentor no alto de um morro da cidade! Mas onde dormir? 
Perfeito sugeriu entrarmos em contato com a paróquia da cidade e contarmos nossa ida humanitária a Goiandira. Perfeito era um artista, realmente!! Tanta lorota contou que o padre nos considerou em plena peregrinação religiosa. Apiedou-se e aproveitando sua influência na cidade nos colocou em um pequeno hotel. Que bom!! Eu estava esgotado e após dois dias enfim pude tomar uma sopa e deitar em uma cama! A vida é bela!! Em meio a ditadura havia mais crença na palavra alheia do que hoje. Quem pode hoje andar pelas estradas do Brasil pedindo carona e um apoio as Igrejas das cidades? A juventude nos dava uma liberdade que contrariava os limites em que vivíamos.

 A viagem de ida já está além da metade do caminho, mas acho que o grupo se dividiu... Quantos éramos? E quem estava nesta mordomia do hotel?... Não lembro.
No próximo bloco, a chegada a Goiandira?...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

012 > Achados e sumidos

Não dá pra dizer exatamente até aonde ia (ou não), nem quem esteve (e/ou ainda está) na turma de Olaria...

Destes relembramentos, muitos têm participado ou sabe-se que acompanham. 
E, hoje, é gente de norte a sul (viva a Internet!...): Belém (Bandeira), São Luís (Luiz Cesar), Brasília (Álvaro, Ricardo, Vera), Belo Horizonte (Banzé), Rio de Janeiro (Antonio, Fiore, Gil, Guina, Hermínia, Lídia, Lúcia, Mauricio, Natália, Osvaldo, Paulo 'Anás', Reni, Ronaldo, Vendrami) e São Paulo (Betinha, Carlos), indo até Pres. Prudente (Bonilha).
O moita

Tem também o pessoal que está na lista de e-mails, mas se mantém na moita ou simplesmente não tem tempo ou acha melhor nem lembrar, não se sabe... (Dori, Emílio, Ivani, Perfeito, Vanda).

E os vários que têm sido citados, mas não se tem contato: Augusto, Charles, Cipriano, Derval, Isabel, para ficar nos mais falados.
Sim, cada um sabe de si... Mas, às vezes, não sabe dos outros!
E há os que realmente estão sumidos.
E os que se foram...

Então, ao estilo "rádio do interior", algumas perguntas (e, talvez, respostas) que vão surgindo, antes que se acumulem:
* Bandeira perguntou pela "mãe da saudosa Dri, a sofrida e atormentada Valdir (Maria)" > Reni respondeu;
* Antonio perguntou pelo Charles; 
* Guina perguntou pela Linda > Carlos respondeu;
* Carlos perguntou por Caifás...
* Vendrami perguntou pelo Casé, "não o arquiteto, o da turma" > Guina respondeu; e por Zoé > Vera respondeu;
* Guina perguntou por Isabel;
...

Vejam (e façam) perguntas e respostas nos Comentários.

domingo, 26 de setembro de 2010

011 > A festa na casa de Kika

ATUALIZADO em 21/11/10, 11h
Já que relembramos Cristina, a Kika, aí vai a foto (enviada pela Vera) da memorável festa em sua casa, em que ela, suave e firmemente, centraliza a cena.
Uma festa à fantasia bem ao estilo Tropicália, a onda do momento (Vera acha que "era um tributo aos Mutantes" e Natália diz que era por aí), só falta mesmo alguém de penico na mão para ficar igual à capa do disco...
Tenho apenas alguns flashes de memória na minha cabeça... Vamos ter que refazer juntos a festa!
Lembro do local, uma casa de fundos (um corredor estreito) na Leopoldina Rego, no quarteirão entre a Sílva e Souza (esquina da igreja de São Geraldo) e a Angélica Mota (de frente à estação do trem).

A tarefa é não só (e tem toda uma garotada aí) identificar quem falta (por exemplo, os seus irmãos aparecem, mas onde está a Natália?) , mas, também, relembrar as fantasias. 
E, afinal, quem terá tirado a foto?...
 Algumas fantasias são "deduzíveis", outras assumidas...: 
- Álvaro: cheio de fitas na roupa e na testa, meio hippie;
- Derval: de chapéu de palha, fazendo o gênero "malandrinho";
- Bandeira: coberto de medalhas, sempre colocando chifres nas cabeças alheias...;
- Guina: não se vê, mas a fantasia era "Médico Monstro", com gorro e jaleco brancos, tudo manchado de vermelho (uma "homenagem" aos recem aprovados no vestibular de Medicina, Augusto e Emílio);
[O que me leva a deduzir que a festa ocorreu num início de ano, pois geralmente os vestibulares aconteciam, à época, em Janeiro.]
- Vera: "pantalona com blusa imitando um Sarongue, bem florida, como era o tema da festa";
- Carlos: envergando um poncho, ao estilo dos povos dos Andes;
- Luiz Cesar: muito coerentemente, de vela acesa na mão e usando óculos escuros, 
- Isabel: com um vestidinho normal e um carnavalesco colar de dentes ao pescoço;
- faço um destaque para o ?11: calça de veludo cotelê e meias grossas, o que (não era à época, mas) hoje bem que poderia valer como fantasia...


ATENÇÃO!  
Mais uma foto da festa, direto dos surpreendentes arquivos do Luiz Cesar!
Menos nitidez, mas, com outras poses e algumas pessoas novas!
Mas ainda temos os não identificados: quem é, afinal, o cara de veludo cotelê?
E, gente, que fantasias são essas?...

O texto e as fotos desta postagem continuam sendo atualizados de vez em quando e editados conforme a necessidade.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

007 > Um olhar "estrangeiro”

Estamos aqui dando prazerosas voltas sobre os nossos umbigos, 
mas, de repente (ainda que mude o estilo das postagens), 
temos uma oportunidade de (espero que interesse...) 
ter uma ideia de como nos olhavam de fora.

Há dias, eu e Mauricio lembramos do Nílson, que saiu de Inhaúma, conheceu algo de Olaria e, simplificando muito, se tornou professor da UNIRIO (aqui em autorretrato desfocado, de seu site), a quem, às vezes, mando alguma divulgação
Nilson Moraes
Maurício, estaria com ele em um seminário da UERJ, e disse que falaria deste blog. Logo depois recebeu a mensagem que transcrevo abaixo, a qual, mais que um Comentário, talvez seja um bom assunto para nossos comentários...


Diz o Nílson para Mauricio: "Segue a msg que tinha escrito para o Guina, se você achar que faz algum sentido, pode mandar para ele. Chegar em casa é encontrar/inventar trabalho."
 E envia a seguinte mensagem:
.
Pô, Guina, você ainda me mata do coração.
 Suportei infarto, operação no coração, implante de marca passo, suportei a vida de professor,... mas a juventude nos anos 1970 em Olaria é muito especial.
 Guina, você continua sendo referência e afeto especial. Sempre que vejo alguma msg tua fico movido pela esperança e pela certeza de boas notícias. Desta vez você foi portador de um encontro fantástico e de uma grande dor.
 A primeira msg tua que recebi estava em Varsóvia, lá eu sempre penso intensamente em Olaria. Penso na Rua Uranos, no meu apartamento em cima do Cinema Santa Helena, na turma da pedra, no 484, no pão da Padaria Padroeiro/Alhambra ou Globo  e no pessoal da Igreja São Geraldo... Em Varsóvia eu reinventei/resignifiquei o meu passado. Agora, estou no fim da fase do vai e vem (só resta uma viagem e ficarei livre deste compromisso). No ano passado, uma msg e o encontro com o Maurício Murad permitiu rever algumas pessoas na Cinelândia e no Maracangalha. Que orgulho ver o Manhães e você soltando a voz, a capacidade de sedução, produzindo alegria.   
 Mas, você sabe que desde 1999, o saguão de aeroporto passou a ser extensão da minha vida/cas e, recentemente, quando estava entre Espanha e Portugal outra msg me encontrou e fui convidado/motivado a acompanhar- com todo interesse- a série e os debates sobre “a foto-síntese” (o caso JK) de uma determinada conjuntura/evento/época. Pensei em escrever mas...
 Não, eu não fui um menino da Turma de Olaria, eu morava e curtia o subúrbio. Eu ainda tenho uma visão fantasiosa e mágica do subúrbio. Na verdade, eu reivindico uma condição de cúmplice desta turma e deste tempo. A Turma de Olaria era uma referência afetiva/alegre, mas eu fui apenas um conhecido e identificado (ou encantado??!!) com o pessoal em suas angústias, comportamentos, construções políticas e culturais (principalmente). Vendo o blog fiquei emocionado em reconhecer e identificar diversas pessoas, um rápido passeio pela minha trajetória.
 Em Varsóvia – fingindo que estava trabalhando e escrevendo pelo coração – pude – num evento sobre juventude na América Latina – abordar três coisas que acredito mágicas e desconhecidas na transição dos anos 1960/1970. O Principado (Tijuca), a turma da Igreja São Geraldo e a turma de Oswaldo Cruz. Era um olhar afetivo e científico. Que anos eram aqueles??!! 
 O Michel Misse até começou a falar sobre o Principado, mas parou. Mas eu acho que o pessoal de Olaria/Penha está por merecer uma reflexão mais contundente (este blog pode ser um ponto de partida). Quando trabalhava no Programa de Memória Social [UNIRIO] fiz um projeto denominado “Igreja São Geraldo: uma turma pela resistência e alegria”. Como sempre, ficou no meio do caminho ou na vontade.

A Adriana não podia fazer isso. Alguns poucos anos atrás dei de cara com Adriana na porta do meu Departamento, lá na Rua Frei Caneca. Batemos uns papos e nada dela falar de Olaria ou dela mesma. Foram uns três ou quatro encontros (sem nenhuma regularidade). Nossos papos foram sobre racionalidades médicas alternativas, homeopatia, Samuel Hahnemann (lá mesmo no Instituto Hahnemanniano) e um encontro, que marcamos (o único), sobre a História da Homeopatia no Brasil não aconteceu. Nunca mais dei de cara com Adriana. No início deste ano pensei em procurar por ela, mas também não procurei. A última vez que encontrei a Adriana achei tudo estranho, ela não trazia a exuberância e vivacidade (aparentemente inesgotáveis). Ela estava distante, séria e parecia mais velha. Pela primeira vez, reparei a existência de traços em seu rosto. Uma sensação de fragilidade chamou atenção. Prefiro me lembrar da alegria, inteligência e afetividade de Adriana.
 Por essas e outra que confesso que a internet começa a me interessar.  
Abraços e beijos em todos,
N. Moraes

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

003 > Aos que se foram

Adriana, anos 90


Entre muitas alegrias de reencontros (e relembranças) recentes, o incômodo sentimento das perdas... 
Não dá pra deixar pra depois, embora para alguns possa ser, ainda, uma dura notícia...
Tiro por mim: soube apenas 10 dias da (já antiga) morte de Adriana, grande parceira (de todos nós) nas mais vibrantes e integras aventuras!
Faltou coragem, animado com o blog (e aconteceu a outros), de tocar no assunto. Até que a sua ausência dominou a cena (como acontecia quando sorria...) e tornou urgente o registro.
Que trouxe perdas mais antigas... o entusiasmo do Renatão, a suavidade da mulher do Cipriano (que Vera lembrou o nome, Nair), a curiosidade de Caifás, a espontaneidade de Zoé, a maturidade de Kika...
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Kika, Zoé, Caifás e Renato
Uma forma de informar... 
Mas também de abrir espaço a depoimentos, lembranças e notícias.  
Com eles, presentes, abriremos nossos novos caminhos.  

Quem teria algo mais a dizer?  

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

001 > Viagem da turma de Olaria a Foz do Iguaçu

Turma de Olaria posa em Porto Epitácio/SP, entre tripulantes da chata - foto enviada por Luiz César.
 
Viagem da turma de Olaria a Foz do Iguaçu em (?) de 1969.
A turma de Olaria posa em Presidente Epitácio/SP, à margem do Rio Paraná, 
divisa com o atual Mato Grosso do Sul, ao embarcar na balsa com destino a Guaira/PR, 
local onde existiam as "Sete Quedas ", depois encobertas pelo lago da hidrelétrica de Itaipu.


Identificação atualizada em 18/09/10...
Todos reconhecidos na foto, não restam dúvidas sobre a chata (mas, de qualquer modo, deixo lá as duas interrogações). Os demais, certamente, são "da terra" ou, no caso, "do rio"...