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terça-feira, 2 de outubro de 2012

097 > Para entender a amizade, Mauricio Murad!

O assunto do livro (a violência em torno do futebol) é pesado, tem muito bobo fazendo cara feia por aí...
O importante é que o lançamento do livro "Para entender a violência no futebol", do nosso Mauricio Murad, na Saraiva do Rio Sul, foi alegria só!... 
Serviu mesmo (e muito bem!) para entender a amizade!



Tanto é que, além dos amigos locais, apresentou um leque de presenças "importadas":

* Fabio Daflon (completamente enturmado) largou tudo e veio de Vitória;

* Paulinho Banzé (sempre aquele Baixinho!) trouxe a família, em caravana, de Belo Horizonte;

* E sua irmã Betinha (surpreendente e bela presença!), que ninguém via desde aquela época (mas todo mundo reconheceu), veio de São Paulo!


E a torcida local?... Compareceu em peso!




 
* Se é para falar em distâncias, Paulinho Vendrami veio, com o filho, diretamente de Santa Cruz!... 

* Osvaldo, vindo da Barra com sua charmosa Érica, tentava administrar a toda-rosa filha Alice, de 5 anos, e o ligadaço neto, de 10.

* Observando tudo, em altas costuras, a afiada dupla Lídia das Vestes, grife da perua Tijuca, e Zuíno, fiel à zona da Leopoldina, desfilando uma elegância só!

[Quem lembrar de outros, diga aí, que eu registro.]

E muitos outros, a começar por mim, Guina, atravessando de Niterói e fazendo a ponte com a turma do IFCS, que incluía Manhães, Bárbara, Cláudia Versiani, Márcia Hortência, Michel, Valéria, e ainda Regina, Jitman, Helô, Gil, e sei lá quem mais, me lembrem!...



É claro que as ausências foram sentidas, mas, no fundo do coração, estavam todos lá. E saravá!

Aí estão algumas fotos, de celular, que só lembrei de fazer quando a festa (com fundo musical de Sonia Lentine e pungente violão de Sant'Anna) já ia pra lá da metade...

[Se alguém fez foto do Camarada e de suas graças, e outros, manda aí!]

Queiram perdoar esta fajuta reportagem social: o evento merecia muito mais!
Estão abertos os comentários, para que todos os engraçadinhos (e até os sérios) relatem, escrevam, descrevam!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

095 > O Fradim do Banzé


E de repente, do meio das conversas, ressurge um personagem que, à época, ninguém fazia questão de encontrar, mas de que hoje é ótimo lembrar: o Fradim, aquele baixinho politicamente incorreto, criação do Henfil, sempre atazanando os bonzinhos do mundo. Aqui, na versão da nossa turma, encarnado, com propriedade, estilo e prazer, pelo nosso Paulinho Banzé.
Abaixo, trecho de mensagem do próprio, que, chateado com o papo que rolava nos e-mails, lembrou pequeno exemplo de seus memoráveis momentos de Fradim...

Pôrra, que melação de vocês dois. Fizeram baixar o espírito do Fradim, em mim. Aliás, isso me lembrou que eu constantemente era atacado por este espírito. Uma vez, junto com Luiz Antônio,  Emílio e outro que não lembro, estávamos caminhando pelas ruas de Olaria quando encontramos uma borboleta presa numa poça d’água. Cabeça, com seu espírito de compaixão e sonhador, apressou-se em salvar a coitada que se debatia sem conseguir se livrar daquele que seria o seu fim. Esperamos calmamente o Luiz salvar a borboleta e que ela desse sinais de recuperação. Quando isto aconteceu e a borboleta bateu as asas para alçar vôo, o Fradim Banzé apareceu e pisou na pobre coitada, matando-a e deixando aparvalhado e sem palavras nosso querido Luiz Antônio, que não teve reação, apenas abriu a boca e ficou a me olhar estupefato. Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, ...,
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, rimos demais da cara do Cabeça.
Lembranças de um tempo que passou.
        Banzé

Para não pensarem que eram apenas casos de surtos repentinos, o depoimento de Lídia Vestes, do tempo em que andava distraída, procurando sabe-se-lá-o-quê nos astros...

Eu tenho também um episódio para narrar, a respeito daquele que, depois de tanto tempo sem dar as caras, eu julgava exorcizado da alma de Banzé: mais ou menos em 1986, quando os astrólogos prometeram e juraram que veríamos nos céus do Brasil a passagem do Cometa Halley. O período coincidiu em minha vida com o que eu julgava ser um complô cósmico contra mim, e o cenário à minha volta era de chuvas e trovoadas. Achei que, por um tipo de compensação,  era o momento de viver um sonho lindo; que poderia olhar para o alto e assistir de graça - detalhe da maior relevância e que fazia toda a diferença   – a um espetáculo inesquecível.  Esperando por este dia, fiz vigília, comprei a camiseta que dava as boas vindas ao cometa e, como todos os que acreditaram, esperei, esperei e esperei.
Até que uma tarde de sábado – já quase se esgotando a data limite para avistar o fenômeno, eis que surge em minha casa  o “Fradim”  materializado na pessoa de Banzé, acompanhado por Vendrami (mero coadjuvante, que não tinha sequer noção do que se passava) e Derval (creio que vi uma certa cumplicidade na dupla), jurando que soubera que dentro de instantes o cometa seria visível da varanda de minha casa, motivo da sua presença  naquele lugar privilegiado.
Paulinho Banzé
Barra do Piraí,
Abril / 1972

Vibrei de emoção; coloquei a camisa que marcava o acontecimento e me posicionei; cheguei a juntar as crianças (para o mico ser maior). Cheia de emoção e com um restinho de esperança, custei a perceber que aquela risadinha do nosso “amigo” denunciava alguma armação. Quando perguntei a ele se por acaso estaria me sacaneando, ele respondeu: “Ah! Não vai dizer que não está vendo o Halley...”. É que, muito solidário com minha expectativa, ele havia colocado no meio da folhagem do meu jardim um retrato do Halley que – bondosamente, é claro, ajudara a colorir.
Bandeira, não foi só a tua brabuleta (não é o que muitos podem pensar!!!!) que ele feriu de morte; meu orgulho de ser dona da filial do planetário, também. Vai ver ele acha lindão sacanear os outros.  Mas Deus tá vendo e anotando!

Curioso é que (interpretação minha, podem discordar...), enquanto Paulinho fazia de tudo para botar pra fora seu lado sádico e malvado, nós víamos nele a figura gracinha, simpatiquinha, daquele cachorrinho amoroso (mas esperto e bagunceiro), uns dos filhotes da Dama e do Vagabundo...

Quem conta outras?
Eu não lembro de história nenhuma, talvez porque me cuidava e saía de perto...

Aliás, faltavam fotos do Banzé, da época, neste blog, mas a Verinha lembrou que tinha esta... 

sábado, 18 de dezembro de 2010

041 > As prisões da repressão

Sensíveis ao tema e para que tenhamos mais espaço de reflexão, tomo a liberdade (repetindo a ironia...) de abrir postagem com este emocionante texto da Lúcia sobre a prisão de Vendrami.
E para os consequentes comentários...
Oi, pessoal... salve Banzé!!
Navio pra cá, 'tanque de guerra' pra lá e as notícias naquela época eram cada vez mais assustadoras sobre o sumiço dos nossos amigos. E que viagem fizemos - você, Ronaldo e eu? Resolvemos que não podíamos ficar de braços cruzados sem notícias do "minha pobreza talé", (rsrs) e, em pleno poder dos nossos cinco sentidos, pegamos o 484 e fomos parar nada mais nada menos que no Ministério do Exército na Central do Brasil, pois diziam que era lá que ele estava. Mas tb o nosso Vendrami?
Banzé, estou nos vendo atravessando a Presidente Vargas, passos nervosos, mas decididos em direção aos elevadores.
Nisso, demos com um elevador se abrindo, um monte de farda verde saindo, patentes entrando; fechada a porta do elevador, nós ali junto deles num tremendo curto-circuito, mano!
Como se fosse a coisa mais natural pro momento, olhávamos pra eles, mas acho que o que mirávamos mesmo eram seus coturnos bem engraxados. Pra que correr o risco?!
Afinal, tava tudo bem,  era apenas um passeiozinho básico pelos corredores do andar de informações e naquela de não temos tempo a perder, saímos perguntando pelo nosso 'catarina'.
Não fomos mal recebidos não, só amarelamos quando o oficial de dia anotou a ocorrência , se levantou pra nos acompanhar até a porta sem esclarecer nada e aí... engolimos em seco, lembra Banzé?, saímos de lá com medo de ter piorado as coisas pro lado do Vendrami.
Mas acho que você, Banzé, botou tanta fé na idéia, que não demorou muito nos aliviou com um 'soltaram o Vendrami'!!!
Acho que depois disso fomos passar um fim de semana numa casa alugada em Cabo Frio. Ficamos na praia contando as estrelas-cadentes pra todo lado; pra ser sincera, o céu mais bonito que já vi na minha vida!!
Naquela noite dormimos todos juntos, a casa totalmente aberta. Mas nem tudo era calmaria. Bem de madrugada, o Vendrami deu um grito e jogou o próprio corpo por cima do muro da varandinha, baixinho.
Acordamos todos, ele não se machucou; tomou água com açúcar e  pra nos compensar do susto, nos impediu de conciliar o sono com uma boa e animada conversa. Rimos muito!!
Pena que naquela época não havia o "Sorria, você está sendo filmado"; daria uma bela foto, hein, Guina?
Bjs, Lúcia e Ronaldo
Amamos vocês!!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

033 > O refúgio da Eleutério Mota




Uma das principais consequências do casamento de Natália e Derval foi o fato de que se instalaram numa casa bem perto da igreja São Geraldo, na rua Eleutério Mota.



Um cafofo, que logo se tornou refúgio dos amigos, ponto de encontro, área de lazer...


Carlos, Derval e Natália entre as roupas comuns dependuradas...





 



Natália e Reni, politicamente incorretas, fumando apenas um cigarro comum...


Momento de descontração coletiva...
À esquerda, possivelmente, Vendrami e Augusto; Derval bicando uma birita e Antonio Jaime, um dos vários agregado ao grupo de Olaria.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

028 > Os padres

Paulo Vendrami põe um pouco de seriedade nesta coisa...
Lembra uma referência fundamental, aliás, fundante: os padres.
Diz Vendrami: Vejo que a Turma de Olaria não é apenas uma criação, mas uma instituição. Como tal deveria ter sede, secretária e telefone. Que furor... Acampamento em Floripa, em Guaratiba, em Angra, viagem para Pres. Prudente. Em todos eles, onipresente, está o nosso grande guia, o Band.
Mas a história seria muito diferente se não tivesse havido o apoio dos padres de São Geraldo. E o apoio existiu e aqui estamos nós, com um mar de histórias a rastrear nossa história.
Eu me lembro que em 66 estava recolhido ao convento franciscano na Praça Rui Barbosa, em Curitiba. Estudava Filosofia, Psicologia, Ética, Cosmologia... Que entendia eu disso tudo, com a cabeça fervendo aos 22 anos?
Curitiba foi meu primeiro contato com a cidade grande, roceiro que sou. Muitos encontros de igrejas, por influência do Concílio Vaticano II, com o magnânimo João XXIII. Muita presença do existencialismo, visto que Sartre estava ainda vivo e exercia muita influência no "engajamento" e "aggiornamento" [teologia da libertação] da igreja católica.
O Roberto Carlos começa a cantar suas canções românticas e num sábado à noite ele apareceu num palco na praça Rui Barbosa, com centenas de meninas gritando pelo rei do ie ie ie. Música alta. Eu ouvi do convento... A repressão comia, nas ruas, nos quartéis, no Vale da Ribeira, mas disso eu não sabia... 
Acrescento eu, Guina: Posso dizer relativamente pouco sobre os padres. Minha ligação era com a turma e só “lateralmente” com eles. Na verdade, eles estendiam (eu sabia) um grande guarda-chuva sobre nós. Sem a atitude democrática, praticamente libertária, deles, não teríamos feito quase nada do que estamos contando...
Mas, também, continuavam sendo, para mim, figuras de autoridade, até porque ligadas a uma estrutura de poder pesada, a Igreja Católica. Então não conseguia conviver de igual para igual.  Exceto (para lembrar algo pontual) quando jogava xadrez com o Cipriano nas salinhas abaixo da igreja. Lembro de uma partida que foi até umas três da manhã, ele preocupado com compromissos matinais, jogo em equilíbrio total... que, não lembro, mas acho que ele perdeu pq tinha que ir dormir...
Ah, e de uma situação dramática: o dia em que Cipri falava com alguém lá embaixo, pela beirada do pátio da casa paroquial, e, ao se virar, pisou num miquinho do tamanho de um passarinho que criava, que não resistiu aos ferimentos, deixando todos nós altamente consternados... [Isso aconteceu mesmo? Acho que sim, ficou forte na memória.]
Os demais padres, de certo modo, eram pontos de apoio, especialmente nas viagens. Eu, na prática, deixava a liderança de momento do grupo, digamos assim, negociar com eles...
De qualquer modo, tenho um sentimento de gratidão por todos eles (e seria injusto não ter), pelo que usufruí com a turma, mas também pelo que vi de quanto eles foram úteis à vida de tantas outras pessoas.
 Bandeira escreve sobre o Padre Cipriano:
Já o conhecia anteriormente à formação da Turma de Olaria, pois o mesmo dava assistência espiritual à sogra de meu falecido irmão Jorge Eduardo Bandeira, Dª Jandira, que morava na antiga Rua 9, lá no IAPI, e vivia completamente entrevada numa cama de hospital, apenas mexendo com a cabeça, sendo alimentada na boca e asseada na própria cama, tarefa na qual minha falecida mãezinha passou a ajudar.
Sempre alegre, jovial, esbanjando vida, não foi ele que nos deu assistência quando formamos o grupo de jovens em São Geraldo, tarefa que foi exercida inicialmente pelo Pe. Severiano. Quando Severiano resolveu fundar uma nova paróquia no Largo do Bicão, Cipriano assumiu, com muito gosto, a tarefa de dar-nos acompanhamento.
Iniciaram-se anos de ternura e alegrias, dentro daquela filosofia esposada pelos mesmos (Antônio, Severiano e Cipriano) de não interferirem diretamente na nossa formação e orientação, participando quase que em pé de igualdade das nossas discussões e reflexões, ajudando-nos enormemente a superar aqueles vícios de formação tradicional, especialmente desviando o foco da noção de "PECADO" das infrações individuais cometidas, especialmente àquelas de natureza sexual, quase que invariavelmente associadas aos questionamentos humanos à vontade de Deus.
Lembro-me de que procurei um Padre em São Geraldo para confessar meus pecados e receber a absolvição, a fim de participar da Páscoa Escolar do Colégio Ferreira Viana (1967), onde fazia o ginasial e onde conheci o Mauricio.
Cipriano me atendeu e nos dirigimos para dentro da Igreja; quando eu ia em direção ao confessionário, ele pegou-me pelas mãos e convidou-me para sentar-nos num banco da igreja, frente à frente; meu coração batia aceleradamente!
Ao narrar-lhe meus "pecados" de natureza sexual, o mesmo, assombradamente para mim, declarou que aquelas práticas não eram pecado, pois integravam a natureza que Deus nos deu, e portanto, eram naturais.
PECADO era não amar o próximo, ficar indiferente ao sofrimento alheio, à miséria e à fome que atinge nossos semelhantes.
Saí dali eufórico e deslumbrado, acreditando que aquela era a verdadeira religião e o destino de todos os homens.
Envolvi-me gradativa e completamente com a Política, assumindo metas as quais persigo até hoje!
UFA! Que Depoimento! Lavei o coração.
Beijos a todos, Luiz Antônio Bandeira.
Postagem aberta para lembranças sobre os incríveis padres com que convivemos, ok?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

018 > De carona para o sul, com Vendrami e Renato

Vendrami envia a descrição de mais uma viagem ao estilo da turma de Olaria...

De carona com o Renatão para o sul

O Renatão era meu vizinho no IAPI da Penha, quando eu estava aquartelado na casa do Bandeira, do Bandeirão e de Da. Maria. Falando em ir de férias na casa de minha família em SC, o Renato se interessou em me acompanhar e fomos nós rumo sul, ao sabor da caronagem da turma para Foz do Iguaçu. A viagem da turma para o oeste do PR fez escola. Devia ser janeiro de 1971. Mochila ou bolsa, o Renatão com seu oclinhos de desenhista e eu com o meu fundo de garrafa fomos para a via Dutra, que caronear na Av. Brasil não dá pedal. O moço do Renault Dauphine (existiu isto?) vende fumo e se dignou nos ter como companheiros de viagem até Barra Mansa. Baldeação. O profissional do volante nos olha com certo espanto, tentando adivinhar o que querem dois rapazes na beira da estrada, que para ele é trabalho e para nós é só aventura.  Agora é um caminhão, altão, ronco poderoso. Visão panorâmica. Vira pra cá, vira pra lá, contornando as meias laranjas do Vale do Paraíba. Viajar de graça é uma delícia, uma deliciosa irresponsabilidade.
Periferia de São Paulo. Atravessamos a metrópole e agora tem a Regis Bittencourt com gosto de sul. Muita floresta. Muito buraco. Estrada da Morte. Sobe e desce serra. Carrega banana,  peças de automóvel, cama de campanha, minério ou vaso sanitário. Obrigado, moço. Vamos de novo para o acostamento. Melhor é ser perto da Polícia Rodoviária que é mais seguro, mas eu não ficaria tranqüilo se meu filho se metesse numa viagem dessas.
Chegamos em Curitiba, cidade sorriso. Grana curta, fomos à  procura de uma pousada, que dormir no banco da praça é quase humilhação. Acabamos numa casa de fama duvidosa. Percebendo a situação, pulei para trás como que picado por uma cobra. Eu garanto que foi o sacana do Renatão que me armou aquilo, porque ele ria do meu embaraço de ex-seminarista... Feito isto, fomos bater no convento. Eu estivera atrás destes sagrados muros em 66/67. O Frei Solano se apiedou de nós e nos ofereceu a sede do grupo de escoteiros. O chão é duro, mas acima de nós tem um teto. Eu conhecia o lugar porque fora Kaá de Lobinhos, tendo como Aquelá uma linda loura, de porte alemão, chamada Ingrid. Agradáveis lembranças...   Lugar mais digno e seguro do que as casas das mulheres do mundo... Sonhos com caminhos e caminhões. Café da manhã de pão com manteiga. Obrigado, frei, paz e bem.   
Rumo a Lages, paisagens, sotaques, caras e ares familiares, pinheiros e pinheirais, o planalto catarinense. O moço que nos aceita como companheiros leva a sua carga e nós levamos os olhos cheios de aventura e ingenuidade. Inocentes anos 70. Mas tem que ter um papo adequado com o irmão da estrada, dizem os entendidos...
Em Lages, ficamos na casa de periferia de meu irmão bombeiro que, fugido de uma enchente numa plantação de arroz, começava nova vida, com a Edite que foi minha coleguinha de escola primária (nos anos 50). Ele esperava ficar rico comprando o carnê do Baú da Felicidade, do Silvio Santos, vendedor de ilusões...
Ficamos uns dias olhando aquele planalto que nunca se acaba e descemos para Blumenau, acho que desta vez foi de ônibus. Parece que aquela estrada não era muito aconselhada a caroneiros. Nesta bela cidade do vale do Itajaí, Renato ouviu papos familiares em italiano, comeu polenta com queijo, chucrute e salsicha com mostarda escura e apreciou as galegas espetaculares que enfeitam suas lojas e ruas. E então voltou pra casa, para o IAPI. De busão. 
Eu fiquei mais umas semanas para dar uma circulada na casa dos meus bravos irmãos, migrantes da roça que iniciavam vida e família na cidade industrial. E então eu, catarioca, voltei para a vida dura de trabalho e estudo aqui no velho Rio, minha cidade de adoção. De busão...  
Paulo Vendrami
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

015 > Cronologia ou Caos!

Tantas histórias!
E tantas incertezas...
Então, proponho uma cronologia "basiquinha".
Vamos relembrar as datas dos grandes momentos da turma de Olaria?
Inicio com os que lembro (ou chuto...) e os que já informaram.
À medida que comentem, atualizo.

1965 >
? – encontros iniciais do grupo
1966 >
? – ida de Bandeira e Augusto à igreja de São Geraldo – comentário em 006 > Os primeiros registros
1967 >

Igreja de São Geraldo, Olaria, Rio,
vista do outro lado da ferrovia.
(autor desconhecido)
 
Novembro – ida a Niterói – em 006 > Os primeiros registros

1968 >
Dezembro – AI-5,  prisão
1969 >

? – festa na casa da Kika – em 011 > A festa na casa de Kika

1970 >

Janeiro – viagem a Foz do Iguaçu – em 001 > Viagem da turma de Olaria a Foz do Iguaçu

Fevereiro – viagem a Bahia [Derval e Perfeito]
Março / Semana Santa – Barra do Piraí
Julho – primeira viagem a Petrópolis
1971 >

Janeiro – viagem a Santa Catarina [Vendrami e Renato]

Carnaval ou Semana Santa? – Angra dos Reis
Carnaval – viagem a Salvador [Derval, Guina e + um...]
Abril / Semana Santa – Barra do Piraí
Julho – Barra do Piraí
1972 >
Carnaval – acampamento em Ponta Negra
? – Petrópolis
Novembro – Finados – Barra do Piraí
1973 >
Março a Junho – viagem (quase) ao Chile [Getúlio, Guina e Soninha]

Dúvidas cruéis: Afinal, quando foram a Angra?... Quando estreou Morte e Vida Severina?... 
Atualizações contínuas!