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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

078 > A garota de Ramos que perdemos...

A próxima missão da Voyage Phitorèsque e Sentimental à Leopoldina
procurar mais uma garota de Ramos, de que não tínhamos mais qualquer notícia: Isabel.
(Guina em vermelho e Bandeira em azul)

R. Cardoso de Moraes, chegando à estação de Ramos,
no encontro com a Leopoldina Rego.

Ao longe, a igreja da Penha

Ah, eu sabia onde ela morava, naqueles tempos!... Às vezes passava por lá, quando andava de casa, na Noêmia Nunes, Olaria, até o Colégio Estadual Dilermando Cruz, ali bem ao lado do IAPTEC de Ramos, esquina de rua Barreiros com Av. Teixeira de Castro. Lembrava de uma casa de fundos, numa travessa da rua João Romariz, que vai da Barreiros à estação de Ramos, algumas vezes conversei com ela no portão.
Lá fomos, e a travessa continuava igual... Perguntamos, numa típica birosca ali ao lado, e não faziam ideia... Só mesmo uma moradora antiga para dar notícias: a bela e doce Isabel ainda morou ali muitos anos, e ficou mais alguns depois que perdeu os pais, já casada e com uma filha. 
Bandeira, de sombrinha turística carioca,
diante do abandonado Cine Rosário

Até que apareceu alguém com uma notícia mais concreta: Isabel continuava morando no bairro, lá do outro lado da linha do trem, e nos deram uma ideia aproximada do local...
Como estávamos mesmo sem rumo definido, lá fomos nós!
No caminho, revivemos alguns ícones de Ramos, em especial seus cinemas, ou o que restou deles...

Trigonometrya, 1993
interior do antigo Cine Rosário
O mais impressionante é o ex-Cine Rosário, hoje fechado e abandonado. Ainda houve uma tentativa, entre outras, de fazer dele uma discoteca, a Trigonometrya, cuja inauguração eu fotografei, em Maio de 1993...


Passamos pelo Cine Ramos, na rua Uranos, e fomos subindo a antiga rua Dois, muito familiar por ali localizar-se o antigo e belíssimo Cine Mauá (que virou uma agência da Caixa, veja em 066 > Em cartaz, os Cinemas!)

Ex-Cine Ramos, na rua Uranos,
do outro lado da linha da Leopoldina
Assim, passeando por Ramos, chegamos à área onde Isabel estaria morando e, pergunta daqui, pergunta dali, deram uma dica, que nos levou a uma tentativa via interfone, em um prédio simpático. Porém, quem nos atendeu, e não foi simpático – e tinham nos avisado disto... – , foi o marido dela...
Bandeira ainda tentou argumentar que éramos velhos colegas da turma etc, mas a resposta foi confusa, nada amistosa...
Quando saíamos, meio frustrados, já atravessando a rua, apareceu a figura na sacada e eu ainda tentei um diálogo gestual, mas parece que não conseguimos nos entender...
Saber que ela está por lá não deixa de ser uma boa notícia, mas...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

075 > Até o futuro pode mudar!

Há uns tempos, falou-se aqui do futuro traumático que estava sendo programado para Olaria (até pelo que seria de interferência no que guardamos, na memória, do nosso passado).

O Globo, Out/2011
Cartaz de luta contra a Transcarioca
recebeu até apoio espiritual...

Era a questão do planejado BRT Transcarioca (veja em 054 > Olha o futuro aí, gente!), que cruzaria a antiga linha da Leopoldina em plena estação, com um viaduto de 500m, e rasgaria o bairro, alargando a Estrada do Engenho da Pedra, destruindo milhares de residências no bairro.  

Pois não é que o pessoal de Olaria, indo à luta, conseguiu mudar o futuro?... Saiu até no jornal, veja o recorte.

 

Entre os defensores do bairro, o casal Araldite! 
É a própria Hermínia quem conta:Fomos na reunião pública de apresentação do projeto (na quadra do Cacique de Ramos) e houve um grande movimento contra o traçado apresentado pela Prefeitura. Esse traçado alternativo foi aceito pela Prefeitura e o [prefeito] Eduardo Paes veio a um almoço na padaria da rua Filomena Nunes, junto com o Secretário de Obras e o vereador João Cabral, para anunciar que aceitou a mudança.”
Na porta da Clínica Balbino,
Hermína explica a Bandeira a questão.
A ideia é que o BRT, vindo da Penha, continue seu caminho pela rua Uranos até à estação de Ramos, onde cruzaria a linha de trem para chegar à chamada Av. dos Campeões (aquela de pista dupla e um canal), e dali cruzaria a Av. Brasil à caminho do Galeão.






     Aliás, é bem verdade que a certeza ainda não é absoluta... “Pelo menos espero”, escreve a ressabiada Hermínia... “Estamos aguardando a publicação no Diário Oficial do novo decreto de desapropriação”... 
No mapa, em pontilhado o trajeto previsto inicialmente e em linha contínua o novo trajeto, que ainda não saiu em nenhum mapa oficial...
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Desvio de rota: em pontilhado, o projeto original.
O jeito é continuar de olho no futuro...