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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

063 > Pe. Olívio reavaliado!

Nosso incansável pesquisador político-eclesiástico J. F. Bonilha, de Pres. Prudente, não sossega o seu facho e nem deixa os outros em paz!...
O que vale tanto para este desanimado editor do blog, Guina do Rio, quanto para seu interlocutor mais privilegiado, Bandeira de Belém, com os quais tem se aconselhado sobre os grande dilemas da Humanidade, resultando em pilhas e pilhas de e-mails trocados entre nós desde o ano passado...
Mas, suas pesquisas se dirigem, preferencialmente, para um velho parceiro de aventuras (que ainda não deu sinal de vida) e para seus personagem históricos prediletos, os antigos padres da região do Pontal do Paranapanema.
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Quem se aventurou no açude? - Porto Epitácio-SP - 20 Julho 1969
De Pe. Carmelo, o então pároco de Pres. Prudente, como vimos na postagem anterior, ele tanto fez (incrível!) que conseguiu desentocá-lo de seu refúgio na cidade de Logroño, em pleno País Basco, Espanha, de onde, merecidamente aposentado, até nos mandou lembranças, em um singelo e-mail...
O outro dos seus alvos preferenciais é o Pe. Olívio, que conhecemos na aparentemente calma, mas conturbada cidade de Porto Epitácio, às margens do Rio Paraná, cujas águas navegamos em alto estilo...
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Pe Olívio na distribuição de alimentos - O Imparcial, Dez 1969


Não satisfeito com o que já publicamos no blog (na postagem 056 > Com Amor, mas sem Revolução...), eis que Bonilha preparou o que poderíamos chamar de "Dossiê Pe. Olívio".
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Com reproduções de páginas do jornal O Imparcial e seus atilados comentários, diretametne relacionados à turma de Olaria, colocou o material à disposição do distinto público no link https://picasaweb.google.com/113786064061804205297/PadreOlivioECampinal
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O fato é que a coisa foi séria... Já rolava, na área, desde antes da nossa chegada, um confuso conflito social, com atuação de grupos políticos, que durou ainda mais um tempo, em plena ditadura militar, e envolveu Pe. Olívio. "Na época acusavam-no de subversão porque ajudava camponeses pobres, alguns dos quais supostamente assassinos dum fazendeiro.", explica Bonilha.
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E vai por aí adiante, apresentando os fatos da época e fazendo sutis observações, mas sempre com espírito democrático: "que confirmem ou informem os antigos jovens de Olaria... a coluna está aberta para todos, inclusive aqueles que se foram para o andar de cima e queiram manifestar-se através de algum médium"...
Bandeira entre caçadores - Porto Epitácio-SP - 20 de Julho de 1969
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É ele quem conclui, possivelmente emocionado: "Tivemos uma aula (inclusive prática) da política do amor".
Para conferir o que exatamente era esta tal "política do amor", à época e local, quem a praticava, quais os seus frutos e fracassos, ah, só mesmo indo até os implacáveis arquivos de J. F. Bonilha! 





Fotos: Arquivos Finfa e Bonilha

terça-feira, 3 de maio de 2011

056 > Com Amor, mas sem Revolução...

Enquanto o futuro não vem, o passado vai e volta...
Agora mesmo está no ar a novela Amor e Revolução, no SBT (veja vídeos clicando no título), cuja ação (e quanta ação!) se passa nos tempos da ditadura civil-militar do golpe de 64.
Embora, na minha opinião, faça uma certa mistura entre História e folhetim, serve, diz o Mauricio Murad, como “uma ótima denúncia", ao " trazer de volta estes assuntos“, o que é bom “principalmente para as novas gerações“.
Tá certo, é novela... Mas, a gente acaba caindo na real: ao final de cada capítulo, passa o depoimento de alguém que viveu, na própria carne, aquela barra pesada, como alguns de nós...
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Pois é justamente o que o Fernando Bonilha, de seu [Presidente] Prudente exílio no interior de São Paulo, nos trouxe, após pesquisar jornais da época: a história da acusação, contra o Pe. Olívio (que conhecemos naquela viagem a Foz de Iguaçu), de ser um dos mandantes do assassinato de um fazendeiro. [clique para ampliar]

A notícia relata as dificuldades por que passavam os posseiros...

...e, no detalhe, o DOPS investigando Pe. Olívio, "dedurado" como "mentor" de um assassinato.
Uma história real, envolvendo Amor ao próximo, que até poderia, como mais uma consequência da ditadura, entrar na novela.
A ironia é que, naqueles tempos duros da nossa História, ficou faltando justamente uma Revolução... 

Eis que o Bonilha envia para o blog o... CONTRA-ATAQUE DO PE. OLIVIO

ALGUNS DIAS DEPOIS DO COVARDE ATAQUE DO JORNAL O IMPARCIAL FEITO CONTRA O PE. OLIVIO, O PREFEITO DE PORTO EPITÁCIO, um VIAJANTE (o nome era Papacosta? Não me lembro) que ajudava os camponeses, o jornal foi obrigado a publicar uma correção.
                IMAGINO QUE O DIÁRIO FOI AMEAÇADO DE AÇÃO JUDICIAL, inclusive com risco de ter de indenizar o clérigo, prefeito e quem mais tivesse sido atingido pela denúncia de subversão.
                                                                                          PORQUE (aí é que tá o detalhe) o governo brasileiro e o DOPS não controlavam todo o Estado S. Paulo e muito menos o país de modo total! A reação das autoridades de P. Epitácio é ex. disso. Embora fossem mandantes (não pobres)- afinal, um prefeito eleito (quase 100 % de probabilidades) naquela época raramente era representante dos trabalhadores-, não comungavam "ipsis litteris" dos ideais reacionários de Brasília.
                                                                                                                                                  Outro fator a não esquecer é que Olivio era da igreja católica e esta sempre foi força no país...



Padre Olívio Reato em batizado, em 2010, na cidade em que vive, Limeira, SP. 

(foto retirada de site da região)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

001 > Viagem da turma de Olaria a Foz do Iguaçu

Turma de Olaria posa em Porto Epitácio/SP, entre tripulantes da chata - foto enviada por Luiz César.
 
Viagem da turma de Olaria a Foz do Iguaçu em (?) de 1969.
A turma de Olaria posa em Presidente Epitácio/SP, à margem do Rio Paraná, 
divisa com o atual Mato Grosso do Sul, ao embarcar na balsa com destino a Guaira/PR, 
local onde existiam as "Sete Quedas ", depois encobertas pelo lago da hidrelétrica de Itaipu.


Identificação atualizada em 18/09/10...
Todos reconhecidos na foto, não restam dúvidas sobre a chata (mas, de qualquer modo, deixo lá as duas interrogações). Os demais, certamente, são "da terra" ou, no caso, "do rio"...