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terça-feira, 3 de maio de 2011

056 > Com Amor, mas sem Revolução...

Enquanto o futuro não vem, o passado vai e volta...
Agora mesmo está no ar a novela Amor e Revolução, no SBT (veja vídeos clicando no título), cuja ação (e quanta ação!) se passa nos tempos da ditadura civil-militar do golpe de 64.
Embora, na minha opinião, faça uma certa mistura entre História e folhetim, serve, diz o Mauricio Murad, como “uma ótima denúncia", ao " trazer de volta estes assuntos“, o que é bom “principalmente para as novas gerações“.
Tá certo, é novela... Mas, a gente acaba caindo na real: ao final de cada capítulo, passa o depoimento de alguém que viveu, na própria carne, aquela barra pesada, como alguns de nós...
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Pois é justamente o que o Fernando Bonilha, de seu [Presidente] Prudente exílio no interior de São Paulo, nos trouxe, após pesquisar jornais da época: a história da acusação, contra o Pe. Olívio (que conhecemos naquela viagem a Foz de Iguaçu), de ser um dos mandantes do assassinato de um fazendeiro. [clique para ampliar]

A notícia relata as dificuldades por que passavam os posseiros...

...e, no detalhe, o DOPS investigando Pe. Olívio, "dedurado" como "mentor" de um assassinato.
Uma história real, envolvendo Amor ao próximo, que até poderia, como mais uma consequência da ditadura, entrar na novela.
A ironia é que, naqueles tempos duros da nossa História, ficou faltando justamente uma Revolução... 

Eis que o Bonilha envia para o blog o... CONTRA-ATAQUE DO PE. OLIVIO

ALGUNS DIAS DEPOIS DO COVARDE ATAQUE DO JORNAL O IMPARCIAL FEITO CONTRA O PE. OLIVIO, O PREFEITO DE PORTO EPITÁCIO, um VIAJANTE (o nome era Papacosta? Não me lembro) que ajudava os camponeses, o jornal foi obrigado a publicar uma correção.
                IMAGINO QUE O DIÁRIO FOI AMEAÇADO DE AÇÃO JUDICIAL, inclusive com risco de ter de indenizar o clérigo, prefeito e quem mais tivesse sido atingido pela denúncia de subversão.
                                                                                          PORQUE (aí é que tá o detalhe) o governo brasileiro e o DOPS não controlavam todo o Estado S. Paulo e muito menos o país de modo total! A reação das autoridades de P. Epitácio é ex. disso. Embora fossem mandantes (não pobres)- afinal, um prefeito eleito (quase 100 % de probabilidades) naquela época raramente era representante dos trabalhadores-, não comungavam "ipsis litteris" dos ideais reacionários de Brasília.
                                                                                                                                                  Outro fator a não esquecer é que Olivio era da igreja católica e esta sempre foi força no país...



Padre Olívio Reato em batizado, em 2010, na cidade em que vive, Limeira, SP. 

(foto retirada de site da região)