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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

067 > Cinemas: os próximos episódios

Foi só eu me enrolar com tantas histórias e o Carlos veio com esta: Vou colocar mais uma coisinha para lhe enlouquecer.
A princípio titubeou (Entre Ramos e Bonsucesso tinha uma galeria com um cinema. Qual era o nome do dito cujo?), tentando lembrar do [corrigindo...] Cine Rio Palace, e descreveu o Cine Mauá (Outra! Quem lembra do teto do Metro da Diomedes Trota? O céu com um azul arroxeado com nuvenzinhas brancas.), que ficava na Euclides Farias, quase paralela, em Ramos. 
E passou a desfiar suas cinematográficas memórias, citando cinemas e filmes que curtiu, e ainda mandou as imagens ..

Cine São Pedro - Penha - anos 50?
A entrada do São Pedro era um luxo. Foi lá que assistimos, vários de nós, o Romeu e Julieta, com aquela história antiga que sempre nos leva às lágrimas e a bunda masculina mais perfeita que já vi até hoje (Leonard Whiting). O filme era do Franco Zefirelli.

Outras para enlouquecer:
Mulheres Apaixonadas
Rosário - Mulheres Apaixonadas. O Luiz e o Maurício tiveram uma discussão acalorada se o filme fazia ou não a apologia do homossexualismo.
Oriente - A Grande Vedete, no qual a Dercy Gonçalves subia uma baita escadaria fugindo de uma bagunça bem daquelas das chanchadas da Atlântida, e culminava a cena sentando em um trono no qual tinha uma cobra. Quase me mijei de tanto rir.
Santa Helena (e não Santa Cecília) [ele não frequentava Brás de Pina...]- Bambi. O veadinho corria a floresta devastada pelo incêndio provocado pelo homem, que tinha assassinado sua mãe, gritando "Mamanhê! Mamanhê!" Chorei anos por causa dessa cena.
Metro - "Come September", "Quando setembro vier". Rock Hudson e Gina Lolobrigida e suas aventuras na Itália ensolarada. Coadjuvantes? Sandra Dee e Bobby Darin, este cantando o hit do momento "Multiplication" (That's the name of the game).
São Geraldo - A Vida de Cristo (ainda do cinema mudo - com todos andando de um jeito pulado esquisitíssimo); Os amantes (Louis Malle) com a Jeanne Moureau, na primeira cena de sexo que vi na vida e que me custou diversas bronhas. Tarântula - uma semana de pesadelos. O Vampiro da Noite - uma semana de cobertas até o pescoço e crucifixo, com medo de ser mordido.
Leopoldina - As Treze Cadeiras - hilário.
Paraíso - Samba em Brasília - Eliana Macedo em uma de suas últimas chanchadas.
Dois últimos: Inesquecível - acho que foi no Metro - Pillow Talk (Confidências à Meia-noite): Doris Day (My darling possess me...; Rolly Polly; You are my inspiration, I know...) e, claro, Rock Hudson, ambos em papéis de uma comédia fantástica.
Cena de Psicose
Rosário - Psycho (Psicose). Sem comentários!

E ainda debocha no final...
Vai. Enlouquece.
Abs, Carlos

Só não enlouqueci porque tive um ataque de riso...

Destaco que, nestas postagens sobre clubes e cinemas, reproduzi o texto de cada um para lembrar o quanto a memória é emocional. E, ao deixar que aparecessem os erros, o quanto é volátil...
Aproveitando o espaço, umas poucas lembranças minhas. Fui a praticamente todos os cinemas citados, mas não chegava a ser fissurado...
* Lembro de sair de um Cine Leopoldina totalmente lotado – que, na verdade, reconheçamos, não passava de um grande galpão –, dando uma última olhada, sob os acordes de [corrigindo...] Samba da Bênção, nos letreiros do filme: Un Homme, Une Femme, de Claude Lelouch.
* Eu também achava deslumbrante o teto do Cine Mauá!... Lembro das nuvens (ou uma só?) que se destacava(m) do teto, a luz embutida dando a impressão de que deslizava(m) no céu azul. Era assim mesmo? Queria conseguir uma foto...
* No final dos anos 80, fotografei a inauguração da Trigonometrya, casa de shows que ocupou o prédio, que é tombado, do Cine Rosário (depois, virou Bingo Leopoldina). Se achar a foto, coloco aqui.
Galeria do Cine Rio-Palace – Google Maps, 2011
R. Cardoso de Moraes, 400 – Bonsucesso

* Mas, minha melhor história é de uma ida toda esperançosa ao [corrigindo...] Rio-Palace com a Bete Piloquete, por quem estive pacientemente apaixonado... Na saída, como ela morava em um conjunto classe média na Hannibal Porto, perto da Cetel (a versão estadual da CTB, Cia. Telefônica Brasileira, que virou Telerj etc), perto de outro (mais pobrinho...) onde Natália e Derval moraram, pegamos o 905, Bonsucesso-Irajá. Entramos fumando no ônibus e o motorista sentenciou: “se não apagar o cigarro, não continuo a viagem!”... Ela, muito bem educada, acatou. Eu, para impressionar a dama (que não me dera muita chance no escurinho do cinema...), fingi apagar, escondi um pouco a fumaça e, todo lampeiro, voltei a fumar. Mas me dei mal... O motorista não só estacionou o ônibus, como ameaçou tirar, ele mesmo, o cigarro das minhas mãos... Mal na fita, tratei de “botar o galho dentro”, como se dizia, e fizemos uma viagem sorumbática. A paquera não deu em nada (havia outros motivos, mas não vêem ao caso...) e ainda tive que, pelo adiantado da hora, pegar um ônibus via Av. Brasil e encarar uma caminhada tardia pelas ruas de Olaria até em casa, na Noêmia Nunes...   [Guina]

Quem quiser que conte outras...
(Veja correções nos Comentários, e pode até fazer os seus...)