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segunda-feira, 10 de junho de 2013

101 > O candidato (a memorialista)

Tudo começou quando lancei nosso candidato à sucessão do Papa Bento XVI...
(...) E, cá entre nós, se ele, por acaso, estiver procurando emprego, tenho a sugestão perfeita.
Lanço a candidatura: Bandeira para Papa!
[Bandeira, é pegar ou largar! Pegue!... E depois largue...]
Nosso abraço, com fé,
Guina

Lídia Vestes apoiou: Papa Bandeira! Papemos o Bandeira!!!
Ronaldo desdenhou do cargo: Você ser Papa só tem um problema. O vestuário é muito pobre. É melhor ser Cardeal com todas aquelas roupas multicoloridas.

E, afinal, o próprio Bandeira assumiu: Achei D E M A I S a sugestão de ocupar a vaga de Benedita XVI, a germânica, especialmente após o estágio que fiz lá em Piraí, lembra-se?, quando fui conduzido numa charrete devidamente caracterizado como bispo.
Por falar na germânica, que perigosa, não? Vai continuar como rainha lá em Castelgandolfo, manobrando todas as outras na corte romana como marionetes!

E exagerou...
Desfile modesto do cardeal Ranjith, do Sri Lanka: inspiração?
Quanto à minha assunção ao papado, que parece unanimidade, só o farei com a condição de ser coroado com aquela tríplice tiara e ser carregado naquele trono, por musculosos escravos africanos, sendo açoitados, no entorno do Coliseu! DEMAIS!

Todo este papo (de Papa) aconteceu em Fevereiro, por e-mail, na época do aniversário do Bandeira e da sucessão papal.
Pois, eis que agora no início de Junho, quem reaparece de repente, responde a estes e-mails antigos e colabora para a memória da turma?... O inefável Casé!

Na passagem do ano, já se manifestara, em alto nível:
Honorável Guina,
envia pra honorável turma os nossos votos de feliz 2013.
Lembrando a poetisa Ana Carvalho: "A vida é uma dádiva e cada instante é uma benção."
Grande axé,
Ana e Kazé.
[É de se supor que as duas Ana sejam a mesma...]

Então, desta vez, primeiro o Casé avisou:  
SuperBandeira,
nunca é tarde para dar parabéns, como nunca é tarde para envelhecer. Como eu tenho uma expectativa de vida muito grande, levo meses para abrir minha conta de e-mail. Mas creio que não há problema. Estou seguindo o seu exemplo, envelhecendo também. E (pra você ver que fanático), com 5 anos de diferença na idade e 5 dias de diferença no aniversário, estou chegando naquela fase da vida em que começamos a gostar de contar histórias. Vou escrever pro Guina com uma historinha (verídica) que dá testemunho de meu apoio incondicional à vossa candidatura papal (pa-pau, em português do Brasil), durante o estágio triunfal em Barra do Pirai.
Grandes parabéns!!
 Kazé

[Notaram o detalhe da criatividade na assinatura?... Será que está lançando uma nova grife?...]
E depois veio ele, em outro e-mail, com a historinha, deliciosa (se me permitem opinar):
No destaque, Bandeira desfilando em Barra do Piraí
Honorável Guina,
você acertou em cheio. Estou chegando na idade em que as pessoas contam histórias e a noticia do aniversario do Bandeira irrompeu como um clarim (acompanhado de bumbo, tamborim, lata de óleo de soja e outros instrumentos musicais típicos) na alvorada da recordação. Quero, pois, apresentar um mini-conto que dá, outrossim, um testemunho de minha participação efetiva e meu apoio incondicional à candidatura de Revmo. Bandeira ao papado.
Eram lá pelas dezoito horas e alguns minutos da noite do primeiro dia da semana que passávamos em Barra do Pirai, quando, de dentro do quarto monástico em que me instalei como hóspede, percebi que minha cueca havia sumido. Claro, a sunga de banho a substituiria para efeito de jantar e outros eventos sociais. No entanto, a semana transcorreu na mais perfeita ordem (e progresso), com poucos contratempos, como briga no campo de futebol, com ameaças de troca de tiros, camas desmontadas sabotagisticamente, que faziam as pessoas sentirem desconforto por alguns instantes, mas nada de anormal. Bom, como se trata de um mini-conto, perdemos necessariamente alguns detalhes.
Qual não foi a minha surpresa ao ver, no último dia de nosso triunfal retiro espiritual, a merecida homenagem ao Revmo. Bandeira, que seria nomeado papa João XXIV, em grande performance, desenvoltura e evolução, a riqueza das alegorias, a bateria afinadíssima, com todas as latas de óleo de cozinha que emanaram das refeições, a graça e plasticidade das porta-bandeiras e, finalmente... finalmente a minha cueca reapareceu, no alto do mais garboso cabo-de-vassoura, no estandarte papal.
Nossos votos de uma feliz candidatura.

Viva la Bandara!!!

Votos atrasados, infelizmente, ainda não foi desta vez... 
Ora, haverá, com certeza, profundas conexões simbólicas em todos estes eventos e anseios, só não faço a menor ideia de quais sejam: alguém aí se arrisca?...
Mas, tudo bem... Muito mais importante do que lamentar uma candidatura perdida é apreciar o desabrochar (epa!) de mais um memorialista dos inolvidáveis tempos da turma de Olaria.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

096 > Lúcia luz


Apenas um registro.

Dia 14/08/12 perdemos nossa amiga Lúcia.
Deixou para o Ronaldo, de quem foi companheira por 43 anos, 
e para as filhas, genros e neta,
e para nós,
uma grande saudade.

Deixou sua luz.





[recorte da única foto que publicou em seu perfil no Facebook, 
de pouco tempo antes do nascimento da neta]

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

080 > As casas das pessoas

A nossa Voyage Phitorèsque e Sentimental à Leopoldina:
teve muito outros lances, difícil é conseguir tempo para contar...
Então, aí vai outro aspecto daquele passado que fomos reencontrando,
eu, Guina, em azul, e Bandeira, em verde.
E mais um precioso depoimento do camarada Osvaldo...


Muitas das antigas casas das pessoas da turma de Olaria, já apareceram neste blog em fotos daquela época: a da Linda, a bela “Lagoa”, que virou igreja Messiânica na Silva e Sousa; a de Nata e Dê, na Eleutério Mota, os apartamentos do IAPI da Penha, e nem me lembro mais quais e quantas outras...
Desta vez, para não perder a viagem, registramos algumas, enquanto andávamos de Ramos a Olaria...



Casa da Kika
Uma delas era a quase imperceptível casa da Kika, na Leopoldina Rego, entre a estação e a igreja São Geraldo. Da casa mesmo só se via, da rua, a mínima entrada do corredor (hoje uma porta azul), ao lado da loja de sua mãe, D. Noêmia.

E continua praticamente tudo igual. Ou quase... Na verdade, é uma loja fechada, em um prédio (até que nem tão) decadente, como muitos outros do bairro. Basta ver que (o último estabelecimento deve ter sido uma oficina) nem mais respeitam a placa de “não estacione”...

[clique nas fotos para ampliar]

Virando a esquina da São Geraldo, andando um quarteirão... 

Casa do Carlos
...a vetusta residência da família Soares Freire de Rivorêdo, na velha rua Antonio Rêgo, aquela que atravessa a linha do trem e prossegue do outro lado, até o Alemão!
Nela assistimos Carlos (Dé) ensaiar espetáculos, descendo triunfalmente as escadas do 2º pavimento, coreografando "Os Olhos Verdes da Mulata"!
Insistia o mesmo, à contragosto de Dª Zuca, sua mãe, em levar-nos às festas que lá se realizavam. Numa delas, no meio daquela bagunça que aprontávamos, Dª Zuca ouviu-nos chamar o Zuino de "Zuca", uma das variantes de seus apelidos. Ficou indignada, comentando: "Eles [nós] colocaram o meu apelido naquele...”
Pano Rápido!

Pizzaria da Natália


Apartamento do Guina e da Vanda
Seguindo por ali, passamos pela lojinha onde a Natália inventou uma pizzaria, lá pelo início dos anos 80, na rua Paulo de Andrade (que não é o Banzé, não!) e chegamos ao trecho final da rua Noêmia Nunes (que não é a mãe da Kika, não!), para que eu reencontrasse o apartamento em que vivia naquela época. 
Foi quando morávamos ali que eu e minha irmã Vanda começamos a conviver com a turma de Olaria. Dali, eu saí para Inhaúma, fui viver com a Soninha, enquanto ela casava com o cunhado Dori e foram morar em Bonsucesso.
Lugar onde era a "casa de boneca"...
O prédio é mais um trecho do passado que se mantém, exceto pelo acréscimo deste toldo esquisito, mas necessário, justamente no apartamento em que moramos. 



Viramos na rua Eleutério Mota e procuramos (mas não achamos!) a “casinha de boneca” onde Derval e Natália foram viver, já na lua de mel, e se tornou um grande “antro” de convívio do pessoal da turma. Hoje, é um prédio estranho, parece uma fortaleza, fiquei até preocupado em fotografar...


Casa do Ronaldo



Bandeira ficou devendo mais detalhes, mas, ocupado que esteve em evitar que o estado do Pará fosse esquartejado, o texto continuo meu, mesmo sem muito conhecimento de causa...

Então, circulando, em outro trecho da Noêmia Nunes, no quarteirão próximo à surrealista praça das Cinco Bocas, a casa em que vivia o Ronaldo. Sinceramente, não lembro se a fachada tinha exatamente estes azulejos estriados. Lembro de ter ido lá apenas uma vez, e entrado pelo portão lateral.


Casa do Osvaldo


Mas, este já era o trecho final da caminhada...
Na verdade, a primeira que procuramos rever, ainda quando andávamos por Ramos, na rua Diomedes Trota (que vai da rua Uranos ao largo do Morro do Alemão), foi a casa “ancestral” do camarada Osvaldo. E é ele mesmo quem nos conta sobre ela, depois que lhe mandei a foto...

             Obrigado pelo carinho! Sim, esta foi a casa em que morei na época da Turma de Olaria. Aí fiz minha Faculdade de Medicina com muito esforço, sem grana (graças a Deus consegui vaga em uma Universidade pública - UERJ). Desde o 2º ano da Faculdade dava aulas em cursinhos para me manter, ia de trem às aulas, mamãe fazia minhas camisas (como ela costurava mal!). Papai era funcionário público, professor de música e ficou em disponibilidade recebendo apenas 50% de seu salário (a ditadura achava inútil "professor de música"!). Foi uma época de medos e incertezas, um clima pesado na faculdade, gente sumindo...

                                           Sobrevivi! Meu oásis era encontrar a Turma de Olaria...

                                                                          Osvaldo

E vamos em frente!...

sábado, 23 de abril de 2011

055 > Aleluia!... Ele ressuscitou!...

Aleluia!
O blog da turma de Olaria ressuscitou!
Dá pra sentir que tá todo mundo se animando... Então, tá!... Vamos continuar!...
E já que estamos na Semana Santa, que tal lembrar as nossas melhores, lá em Barra do Piraí?..
Um assunto até então pendente, por questões de memória (a minha) e de imagem (as muitas)...
Simplesmente ninguém conseguiu definir direitinho quantos “retiros” fizemos, e muito menos quais fotos eram de qual momento. Em suma, uma confusão total, mas justificável... E que, agora, vai ser deslindada!
Abaixo, publico as fotografias que tenho dos nossos encontros em Barra do Piraí.
Na legenda, um número e quem me mandou a foto (clicando nela, veja em tamanho maior).
Aí, quem souber quem é quem e quando foi, informa nos Comentários, pode aproveitar pra "encarnar"...
Aos poucos, serão atualizadas as legendas e organizadas as fotos, até todas as dúvidas serem esclarecidas.
Vamos lá, a turma de Olaria de volta aos seus (nossos) melhores momentos!

01 [Lídia]> Lídia, Ricardo e Bandeira

02 [Lídia) > Guina, Zuíno e Ricardo





















03 [Natália] > ???, Ronaldo, Naalia, Mauricio, Lúcia, Osvaldo, Clori
Natália disse que 03 e 04 são na estação de Barra do Piraí.

04 [Natália] > Lúcia e Ronaldo conversando com....
05 [Natália] > Luiz Cesar, Álvaro e Derval




06 [Natália] > Osvaldo, Lídia Bessa, ???, Natália, Renato, Maurício












07 [Natália] > Natália na varanda
09 [Natália] > Lídia Vestes (com biquini alheio),
Ricardo e Natália

08 [Natália] > Bandeira desfilando
10 [Natália] > Carlos e Rute

12 [Vera] Abril de 1971 > Ivani


11 [Vera] Abril de 1971 >
Em pé: Vera, Sonia, Ângela, Adriana, ?;
sentadas: Reni, ?, Ivani e Isabel.



13 [Vera] Abril de 1971 > Bandeira dormindo (sonhando com a Ivani?)...



14 [Vera] Abril de 1971 >
Em pé: Sonia, Bandeira, ?, Elísio, Derval, Vera, Isabel, ?, Banzé, ? e Reni;
grupo intermediário: Perfeito, Vendrami, ?, Caifás, Ivani, Adriana.
Sentados: Paulo Santos, Osvaldo, Finfa, Guina, Ângela, Getúlio;
pernas de quem?


15 [Vera] Julho de 1971 >
caseiros?




















17 [Vera] Abril de 1972 >
Paulo Santos, Bandeira escandalosa, Derval atrás, Caifás,
??? atrás, Finfa, Elísio,
Perfeito desmunhecando e Pedroca.
Vendrami, Osvaldo e Guina sofrendo buylling.... 
16 [Vera] Julho de 1971 > Hora de ir embora!
pernas à esq?; na cadeira da calçada, Miudinho?; mulher de casaco ao ombro?; mulher encoberta?; Nata e Finfa fazendo pose; quem de boina?; Osvaldo na porta?; de costas na coluna?, abraçado com ele?; sentado (pelas sandálias) Perfeito?


18 [Vera] Abril de 1972 (ou 71?) >
Reni, Vendrami, Finfa, Elísio, Verinha;
Bandeira e Perfeito desfilando (Derval atrás?...)






20 [Vera] Nov. de 1972 > Futebol













20 (detalhe) - [Vera] Nov. de 1972 > Juarez, Guina, Osvaldo,
Pedroca ?, Mauricio e Álvaro (à frente).

19 [Vera] Nov. de 1972 > Paulo Anás e Delair
























sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

052 > Reencontro 2011: as Turmas de Olaria e Manguinhos bem na fita!

No ar, os quatro vídeos do Encontro entre as turmas de Olaria e de Manguinhos!
Ou melhor, as quatro partes do vídeo gravado no dia 23/01/11, na Barra da Tijuca.

O excessivo contraluz e o volume baixo são limitações do local e da câmera.

Aumente ao máximo os volumes,
do vídeo e do computador.

Em compensação, por incompatibilidade de formatos, estamos todos muito esguios!...

Para assistir em tela cheia, 
clique em "YouTube", no canto direito,
e depois no ícone à direita na base do vídeo.

A turma de Olaria encontra a turma de Manguinhos:

1) Com vocês, a nossa querida Natalina, em "A iniciação"!


2) Em continuidade, TODOS, em "A euforia"!

 

3) Na parte realmente séria, a fala de Natalina e a reação de todos, em "A reflexão"!


4) Arrematando a série, a síntese de Ronaldo e a celebração geral, em "A curtição"!





Ao Jairo,
genro de Lúcia e Ronaldo, 
marido da Caroline e pai da Letícia,
os maiores agradecimentos da Turma de Olaria 
pela iniciativa de gravar este vídeo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

050 > Reencontro 2011: a Homenagem

Tantas emoções neste reencontro, 
que necessitamos de mais espaço...


Então, um pouco de seriedade:
um texto ao mesmo tempo emocionado e poético,
dirigido à turma de Manguinhos.



Queridas amigas & aparições de uma emoção verdadeira que ainda existe!!!
Tudo bem? Quanta alegria estamos pelo reencontro de domingo!!
Não acredito que alguém consiga definir o tesouro que compartilhamos, não acredito!!!




Ficamos todos nos devendo algo como 'um caderno inteiro de classificados', mas é assim que as coisas valem, as amizades se estreitam pela rede afora.
Vamos passar de mão em mão essas mensagens, enriquecidas pela relação à distância até, quem sabe, um novo reencontro?
Valeu, meninas, tão bonitas vocês, tão abençoadas, esbanjando tanta felicidade, felizes-por- vocês-mesmas!!! 
Vocês parecem saídas daqueles livros que recusamos ter pressa de chegar ao final.
Muito obrigada 
em nome de todos da Turma de Olaria!!!
Bjs .
Lucia&Ronaldo.


Algumas fotos,
legendas dispensáveis...

Mas, não fica por aí!...
Aguardem os vídeos deste incrível reencontro.
Aí, não tem desculpa: vocês vão acreditar!


Enquanto vocês fazem um montão de comentários,
tiro uma folguinha no fim de semana...

049 > Reencontro 2011: a Apoteose!

Mais relatos do 2º Reencontro da turma de Olaria!
Desta vez, recebendo a turma de Manguinhos, a exuberante presença da mais alta corte do maravilhoso Navio Negreiro!

Muitos de nós, por várias razões, não poderiam comparecer... Parecia que não seria mais que uma conversa leve (bem, não no nosso caso!...) sobre os velhos bons tempos, no correr de um almoço... que foi da pesada!
Bandeira, de avental; Zuíno, de panamá.
Ao fundo, Márcia e Lídia Bessa.

A descrição das comidas, com o alto patrocínio do casal Lúcia & Ronaldo, é do chef Da Bandeirá: “03 lasanhas (á bolonhesa, ao molho de frango e recheada com presunto e muzzarela) + 03 peças de carne assada ("patinho", que de tão macia que ficou, parecia um filet-mignon) de panela, recheadas com paio“.
As Lídias: Vestes, plácida, e Bessa, nos braços de Zu

Presentes e/ou chegando: Paulinho Banzé (que fez altas viagens, do interior à capital mineira, mais um voo matinal para o Rio), Reni, Guina (com a namorada Márcia), as duas Lídias do IFCS (a Vestes e a Bessa), o reaparecido Cláudio ‘SCornos Matheus, irmão do sumido (e sempre lembrado) Casé, e o sempre exuberante Zuíno, desta vez envergando um chapéu panamá!
Guina e Banzé, papo sério...
Comitê de recepção para Natalina!

Tudo muito calmo, até que, de repente, um “tornado” invade a sala VIP...: a nossa “incrivelmente remoçada e exótica Natalina, com um penteado afro que a deixou deslumbrante!“

A elegante e decidida Natalina, alta sacerdotisa do bem, reunindo à sua volta os admiradores, deu início às celebrações (como se verá, aguarde, no vídeo!). Exato neste momento, como bem descreve Bandeira, acontece a apoteose: “o atracar do ‘Navio Negreiro’, brilhante e harmoniosamente representado pelas mais belas e majestosas negras da antiga comunidade de Manguinhos: Jô e suas irmãs Iá e Ção, e a amiga Lana“.
Banzé, Luiz e Ronaldo emocionados com Natalina
Seguem-se os reencontros!... E as comemorações!... E uma lasanha aqui, uma cervejinha ali...
Banzé e Natalina recebem Cláudio 'sCornos.

Completamente desfraldado, Bandeira abre o verbo... "Sonoros trinados eram emitidos pelo espetacular coral que se formou, com repertório o mais variado, que ia de Chico Buarque (a espetacular ‘Retrato em Branco e Preto’, inesquecivelmente interpretado pelas "Vozes D'Além Mar", afinadíssimo coral feminino exclusivo do Navio Negreiro) a "Lencinho Branco" [Dalva de Oliveira], "O Ciclone" [Nelson Gonçalves] (grande vencedora do Festival de Música Prostibular - Música prá quem tem mãe na Zona, levado a efeito em Barra do Piraí nos saudosos Anos 70), "Ai, A Solidão Vai Acabar Comigo" [Dolores Duran] (esta em homenagem à Carlos Dé, sempre lembrado a cantá-la enfrentando um tanque de roupas na casa paroquial de Presidente Prudente), e outras pérolas do cancioneiro nacional, além das memórias dos tempos religiosos como a também inesquecível "Com Minha Mãe Estarei", de cujos versos vale a pena lembrar:
"Com minha mãe estarei,
Na Santa Grória [com erre mesmo!] um dia,
Aos pés da Virgem Maria,
No céu triunfarei...
(pó, pó, pó ... - acordes dos trombones vocais ao fundo!),
Banzé diante do divertido (e feliz) coral do Navio Negreiro: Natalina, Ção, Iá, Jô e Lana.
No CÉÉÉÉUUUU, no CÉÉÉUUU,
Com minha Mãe estarei,
No CÉÉÉÉUUU, no CÉÉÉÉUUU
Com minha Mãe estarei ...
(pópópó...novamente os trombones vocais, além das tubas, pratos, tambores, etc)
Band estreava sandália de strass

Não ficou só na gandaia...
Houve muita conversa séria, emocionada, e alguns discursos graves, profundos, essas coisas intraduzíveis...

O bom Bandeira complementa, para meu descanso...
Reni, deslizando pelos salões, com todo seu charme e "savoir faire", narrando sua fantástica peregrinação pelo Estranho Caminho de Santiago de Compostela, que deve ter resultado na áurea de encantamento que a envolve.

Nada de dor de cotovelo... Congraçamento geral!
Zu e 'sCornos, das artes...
Letícia, a fofura de netinha de Ronaldo e Lúcia, girava de braços em braços, a todos encantando com sua meiguice; só faltou mesmo a netinha de Vera Solon Lopes e os Miguel e Lucas de Mauricio Murad!
Letícia, com a avó Lúcia...

E lança mais um dos seus apelos dramáticos, que, naturalmente, apoiamos...
Muito mais existe a ser narrado, o que será feito aos poucos, contando com a imprescindível colaboração dos demais participantes, aguardando-se também os registros fotográficos que foram realizados.
A todos, lembro que já se iniciaram os preparativos para o próximo encontro, previsto para o próximo Natal.
Beijos a todos,
Luiz Antônio Bandeira.      

Idem, idem,
Guina


...a mãe Caroline e o avô Ronaldo, achou tudo normal.
Ah, o próximo?
Temos que combinar!
Mas, que seja próximo.
E que sejam muitos!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

048 > Reencontro 2011: a PAZ e o BEM para todos!

Amigos, vamos falar do 2º. Encontro da Turma de Olaria!
Como há muito o que dizer, não há mais o que esperar: eis o primeiro texto.

Olá moçada, a PAZ e o BEM para todos.

Hoje é segunda-feira, dia 24/01, o dia seguinte a um domingo quase que indescritível. Estou aqui sentado em frente a essa máquina algumas vezes maravilhosa, algumas vezes irritante, pensando o que aconteceu conosco neste últimos 30 dias (fato que simplesmente me emociona). Reencontramos amigos que no meu caso não via há quase 40 anos. Caramba! Sejamos sinceros, se estivéssemos na mesma fila de banco não sei se nos reconheceríamos com tanta facilidade. 
Isto está semelhante a uma história da D. Carochinha, lembram?, ou até mesmo história de pescador. Hoje de manhã, eu não queria levantar para não ter que abrir os olhos e perder as imagens das gentes (Guimarães Rosa me autorizou) que estavam no almoço. Estou com a sensação do fim daquele filme muito bom, ou seja, quando ele acaba agente fica meio paralisado, sentado durante alguns segundos olhando para a tela como que querendo que ele continuasse... As imagens vão e voltam. Preciso antes de mais nada retornar à realidade! Preciso acordar! Ah! essa máquina, agora se torna irritante pois, através dela vou montar um organograma e mandar para BH. Ela me diz que a realidade é o presente. Pôrra de máquina, deixa eu sonhar um pouco mais.
Meus amiguinhos, que domingo! Desses só comparado a um Maracanã cheio em dia de FLA X FLU. Caraca, o tempo é implacável mas o coração é jovem. O coração faz coisas que até Deus duvida. Para o coração o chronos não existe, o que existe é o
belo, o que se sente pelo outro, por isso nos reconhecemos ao nos encontrarmos. Ontem rejuvenesci uns 10 anos. Como é bom ter passado, olhar para ele de forma carinhosa e ver esse passado de repente borbulhar à minha frente.
Que lindo domingo, que lindas mulheres. Cometemos um sacrilégio nenhum dos homens se lembrou de dizer a elas:  "obrigado" por tudo, "obrigado" pela beleza, pelo carinho, pelos olhares de ternura. Mando uma rosa virtual, mental, espiritual, sei lá como, para cada uma delas.
- obrigado à anfitriã Caroline (Ronaldo e Lúcia capricharam),
- obrigado à grande Lúcia, querida amiga, pela paciência (ufa! Acabou, vocês vão ficar livres do Cabeça) e o carinho com que nos recebeu.
- obrigado Natalina, pelas palavras de amor. Você montou uma das orações mais bonitas que já vi e escutei. Viajei no que você disse.
- obrigado Jô, pela música,  pelo seu sorriso.
- obrigado Lana, pela sua memória, pelo seu dispor
- obrigado Ção (como se escreve? Minha memória me trai; escrevi como a chamo), por me guardar em sua memória.
- obrigado IáIá (é assim que a chamo), pelo coro e pelo papo.
- obrigado Lídia Westes, obrigado pela presença apesar de gripe, sinusite e tantas ites.
- obrigado Lídia (a outra), obrigado por estar presente.
- obrigado Márcia, por me aturar. 
Moçada, quem não foi perdeu, foram muitas emoções, como diz o RC.
- obrigado Bete, secretária da Lúcia, pela comida.
- obrigado Reni, mui querida amiga, pela sua amizade.
- obrigado à netinha da Lúcia e Ronaldo pelo toque de inocência, linda, linda como a flor.
Que ninguém mais diga que a vida não vale a pena. Nunca mais direi que não
tenho passado. Como diz o poeta ficamos velhos não por causa do tempo que
passa mas porque dentro de nós moram eternidades e vocês representam as
minhas eternidades.
Ronaldo, querido amigo um forte abraço e um beijo sem viadagens.
Zuíno, cara, você é demais. Obrigado meu amigo.
Luis Antônio, se você não existisse teríamos que inventá-lo. Cara, que carne recheada e que lasanhas.
Ronaldo, finalmente você é o meu amigo de mais de 100 kg, kkkkkkkkk .....
Guina, grande irmão, terás muito trabalho para colocar tudo isto no blog. Pura emoção!!!!!
Os Cornos (irmão do Casé), só no domingo me dei conta que você ainda é muito novo. Vocé é o rabo de foguete do grupo de jovens de Olaria. Não o reconheceria na rua.
Jairo, marido da Caroline, obrigado pela acolhida e recepção
Muitos abraços..... e beijos a todos, sem viadagens, mas já com saudades.
Foi um domingo lindo!!!!!
Banzé. 

sábado, 18 de dezembro de 2010

041 > As prisões da repressão

Sensíveis ao tema e para que tenhamos mais espaço de reflexão, tomo a liberdade (repetindo a ironia...) de abrir postagem com este emocionante texto da Lúcia sobre a prisão de Vendrami.
E para os consequentes comentários...
Oi, pessoal... salve Banzé!!
Navio pra cá, 'tanque de guerra' pra lá e as notícias naquela época eram cada vez mais assustadoras sobre o sumiço dos nossos amigos. E que viagem fizemos - você, Ronaldo e eu? Resolvemos que não podíamos ficar de braços cruzados sem notícias do "minha pobreza talé", (rsrs) e, em pleno poder dos nossos cinco sentidos, pegamos o 484 e fomos parar nada mais nada menos que no Ministério do Exército na Central do Brasil, pois diziam que era lá que ele estava. Mas tb o nosso Vendrami?
Banzé, estou nos vendo atravessando a Presidente Vargas, passos nervosos, mas decididos em direção aos elevadores.
Nisso, demos com um elevador se abrindo, um monte de farda verde saindo, patentes entrando; fechada a porta do elevador, nós ali junto deles num tremendo curto-circuito, mano!
Como se fosse a coisa mais natural pro momento, olhávamos pra eles, mas acho que o que mirávamos mesmo eram seus coturnos bem engraxados. Pra que correr o risco?!
Afinal, tava tudo bem,  era apenas um passeiozinho básico pelos corredores do andar de informações e naquela de não temos tempo a perder, saímos perguntando pelo nosso 'catarina'.
Não fomos mal recebidos não, só amarelamos quando o oficial de dia anotou a ocorrência , se levantou pra nos acompanhar até a porta sem esclarecer nada e aí... engolimos em seco, lembra Banzé?, saímos de lá com medo de ter piorado as coisas pro lado do Vendrami.
Mas acho que você, Banzé, botou tanta fé na idéia, que não demorou muito nos aliviou com um 'soltaram o Vendrami'!!!
Acho que depois disso fomos passar um fim de semana numa casa alugada em Cabo Frio. Ficamos na praia contando as estrelas-cadentes pra todo lado; pra ser sincera, o céu mais bonito que já vi na minha vida!!
Naquela noite dormimos todos juntos, a casa totalmente aberta. Mas nem tudo era calmaria. Bem de madrugada, o Vendrami deu um grito e jogou o próprio corpo por cima do muro da varandinha, baixinho.
Acordamos todos, ele não se machucou; tomou água com açúcar e  pra nos compensar do susto, nos impediu de conciliar o sono com uma boa e animada conversa. Rimos muito!!
Pena que naquela época não havia o "Sorria, você está sendo filmado"; daria uma bela foto, hein, Guina?
Bjs, Lúcia e Ronaldo
Amamos vocês!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

036 > As Paixões Secretas

Tudo é perigoso...
Mas a vida merece ser (re)vivida!
Estamos abrindo o possivelmente traumatizante tema As Paixões Secretas, com a súbita colaboração do Mauricio, para lembrar (ou ficar sabendo...) de "casos" que frequentaram mais as nossas imaturas imaginações do que propriamente o nosso imaculado ambiente...
  
Mais uma pequena contribuição à história do curso da Paróquia de S. Geraldo, 
enquanto o nosso querido coordenador BANZÉ não escreve o documento completo.

Todos sabemos que o A Dão (Adão com "D" grande) era apaixonado pela Lúcia, a quem só chamava de DONA LÚCIA e o Ronaldão se roía de ciúmes, face ao charme ondulante do referido A Dão.
E, cá pra nós, o ciúme dele tinha razão de ser. A Lúcia gargalhava só de pensar no A Dão, lembram-se? 
Ela não resistia. Todos sabemos que, se simpatia é quase amor, gargalhar por alguém é amor mesmo e dos mais vibrantes. Não foi por outro motivo, que o nosso querido Ronaldo, desesperado, começou a expulsar de sala todos aqueles velhotes, só porque eles não sabiam demonstrar uma inequação do segundo grau, segundo a teoria quântica. O Ronaldo falava: "mas, isso é básico, senhores! Quem não souber... rua!" 
Adivinhem quem foi o primeiro a ser expulso? Na verdade, o alvo real da medida do professor... 
Pra ajudar a adivinhação, lembro que foi nesse exato episódio que o Ronaldo fez jus ao PRÊMIO MUSSOLINI 1970. Quem adivinhar ganha uma caixa de marmelada Leopoldina. 
Todos acertaram ao mesmo tempo: A Dão com "D" grande, que dúvida?!?!?
Este, o A Dão, claro!, com o cinismo que Deus lhe deu, e creio que para humilhar o Ronaldão, repetia sempre: "adoro a DONA LÚCIA, porque quando cheguei aqui nem sabia escrever meu nome, já agora"...
PANO RÁPIDO!!!
Atenciosamente,
Mauricio Murad.

Aqui cabem (comedidamente...) as paixões realmente secretas, em deduragens aliviadas ou confissões digeríveis.
Pequenas ilusões e lamentáveis enganos ficam, quiçá, para os Comentários...
Ou, mais sabiamente, para arquivos ainda mais secretos.

sábado, 13 de novembro de 2010

029 > Apelidos

O tema se abre com a resposta do Bandeira:
A origem do apelido "" para o Carlos é a seguinte: à época (1968), o Caetano Veloso casou-se com a Dedé Gadelha, e o fato foi coberto com fotos da Dedé, com um corte de cabelo bem curtinho, quase colado à cabeça, vestida com um casaquinho com capuz.
No desenrolar dos fatos, o Carlos Rivoredo apareceu em S. Geraldo, para uma daquelas nossas saudáveis e alegres reuniões de sábado à tarde, com um corte de cabelo semelhante ao da Dedé.
Imediatamente, as cobras mais venenosas (Eu, Augusto, Perfeito, Emílio, etc...) identificamos o mesmo com a mulher do Caetano, e o Augusto gritou: "É a cara da Dedé Gadelha!" Todos concordaram e aos gritos começamos a gritar; "Dedé, dedé, dedé...!".
Quando o mesmo (Carlos) percebeu a associação que estava sendo feita, reagiu: "esse (apelido) não!" (Já bastava o apelido de "Poço" - de sacanagem!)
Foi o bastante!
Impôs-se em sua forma simplificada e carinhosa: "".
Aí, se entusiasmou e listou vários...
O meu, todos recordam-se, era "Cabeça Mariel", dadas as dimensões de minha cabeça, e a associação com Mariel Mariscot, famoso policial-bandido da época, que talvez o Luiz César possa explicar o porque da associação.
"Burrico" era o Derval, por causa de seus atributos anatômicos. "Cagalhão Parrudo" era o Perfeito, por causa de sua compleição física. "Finfa" era o Luiz César, não sei explicar a origem. "Alcéia" era a Maria Helena da rua 12 no IAPI. "Meméia" era sua irmã. "Bonzinho" era o Eduardo da Dª Diva, do movimento de Cursilho da Cristandade em S. Geraldo. "Boazinha" era Dª Diva.
Ronaldo em Barra do Piraí: "Pilha" (?!)
Pilha, queria dizer que o cara era muito nervoso (a exemplo do episódio narrado pelo Maurício, do mesmo expulsando alunos da sala de aula no Artigo 99 de São Geraldo).
Aliás, essa realidade de "muito nervoso", como disse o Banzé, a dar chutes nas paredes era uma característica generalizada no Grupo. Estranho e interessante, não?
Mas, na verdade, o apelido colocado no Ronaldo, contrastava com sua costumeira CALMAAAA!!!
E mais:
Tinha a "Ângela Burra" dada as dificuldades que a pobrezinha tinha em entender as coisas.
E o "Os Cornos", irmão do Casé, que diz tudo.
Tinha o "Navio Negreiro", que reunia a galera lá de Manguinhos, da qual tenho uma excelente fotografia, acho que feita por ti, duma feijoada que preparei no apartamento para o qual a Natalina havia mudado, na Estrada do Itararé, hoje integrante do famigerado "Complexo do Alemão", onde anos mais tarde, fiz muitas "incursões".
"Magrinha CCC" era a Eliza, lá do IAPI (rua 10/Luiz César), filha do mais antigo comunista do IAPI, o Sr. Cruz.
Sapo era a Linda, face sua compleição física (pernas atrofiadas por paralisia infantil), peitos ENORMES, boca ENORME, violão sempre a postos, e segundo a galera, sempre a coaxar (Crók, crók, crók...).
Caifás foi o apelido que o finado Paulinho Oliveira recebeu por sua participação numa peça de teatro sobre a paixão de Cristo, no porão de S. Geraldo, junto com um grupo de antigos Congregados Marianos e Filhas de Maria, que encontravam-se em seus estertores. Caifás era o personagem titulo, Rei dos Hebreus, sentado num troninho (uma cadeira pesadíssima que existia pelos porôes de S. Geraldo), vestido à rigor, e que num ROMPANTE levanta-se do trono, jogando o véu para trás, dizendo: “AUDÁCIA!!! de Jesus!”, o que nos levou a uma enorme gargalhada e a colocação, para sempre, do apelido.
Anás era o outro Paulo, que conhecemos em São Paulo, e que acabou vindo radicar-se no Rio. Por sua fala e jeito, foi associado ao Paulo Caifás, passando então a ser chamado de Paulo Anás.
E não podiam faltar, Guina comentou...
Aí lembrei da “Ângela Cinco Letras”, para não dizer bunda, até porque a palavra era pequena demais para o espaço... 
E do apelido mais bem encaixado de todos, a ponto de nem lembrarem de comentar a origem, como se fizesse parte do nome, quem?... Banzé!
Outro que merece ter a origem lembrada no detalhe (talvez eu possa fazer isso) é o Zuíno, que se chama, não sei se lembram, Carlos Otávio...
E Bandeira acrescentou...
A Ângela cinco letras não era a Ângela burra; a cinco letras era minha vizinha na Rua 13, e a burra era da Rua 5, todo mundo do Universo do IAPI!
Banzé foi a "Turma de Olaria" que colocou, pelo fato de o mesmo se parecer com o simpaticíssimo personagem do Disney, além de ter as  mesmas características, agitado, do personagem.
Zuíno e Zu são derivativos de Jesuíno, personagem do texto do Guarnieri "Eles não usam Black-Tie", que foi encenada pelo grupo de novos que invadiu São Geraldo, ante a ciumeira dos "Cardeais".
Aí, Luiz Cesar esclareceu, para sempre:
Finfa, foi o apelido que Perfeito colocou-me em razão dos fatos, “da malandragem”:
   -  Diz ele, verdade, que existia pelas imediacões da praça das Nações, em Bonsucesso e nela perambulando no dia a dia um mulatoso, novo, magrinho, malandro daqueles bons, morava com a mãe, ali pelo morro do Adeus...  Não queria nada com nada, só malandragem, e tinha o apelido de "FINFA DE BONSUÇA", tipo urubu malandro mesmo, que vivia ali, pedindo aqui, pedindo acolá, armando o tempo todo...
Vai que um dia ele olha pro chão e vê um daqueles gibis antigos, da nossa época, senão me engano Mandrake ... lembram-se?, e que na última página vinha sempre um comercial do INSTITUTO UNIVERSAL que dizia: TENHA UMA PROFISSÃO; QUER  SER  RICO, FAMOSO, TER MIL MULHERES, CARRÕES, ANDAR DE AVIÃO, TER PISCINA, TOMAR DRINKS FASCINANTES, DINHEIRO DE MONTÃO?  (E ISSO TUDO ERA ACRESCIDO DE UMA PAISAGEM/FIGURA, EM QUE APARECIA UM BELO SUJEITO, RODEADO DE MULHERES DE BIQUINI, EM TORNO DE UMA PISCINA COM UM DRINK NA MÃO... ERA ASSIM... UMA FIGURA DE UM  AVIÃO. CARROS... etc...). Tinha uma lista enorme de diversas profissões: Desenhista, Carpinteiro, Bombeiro Encanador, Eletricista, Radialista, Corte e Costura e diversas outras, mas teve uma que chamou a atenção dele, FINFA, foi a de " RÁDIO TÉCNICO - CONSERTO DE RÁDIOS".
Ele olha para um lado, pro outro, e rapidamente recolhe o gibi; vai para um canto, olha o gibi, lê (ele sabia ler, pouco, mais sabia), relê, olha as figuras, as frases, os chamados... rico, famoso, mulheres. Dizia a propaganda: destaque o CUPOM, preencha seu Nome completo, Endereço, envie para Caixa Postal 1234 - São Paulo - SP, coloque no envelope uma ÚNICA TAXA no valor de Cr$....... Aí ele pensou: tô nessa, tô nessa!!! Vai perto de um engraxate amigo dele, conta o achado, pede uns cruzeiros, diz que depois que ficar rico devolve tudo, com muito mais dinheiro. Bom de papo, consegue descolar um trocado, retira a página com a propaganda do I.U., preenche o canhoto/cupom e envia para  São Paulo (os paulistas são bons nisso).
       Ficou apreensivo 3 dias e 3 noites, recebe depois desse tempo a resposta num envelope fechado, endereçado e nominal ele. Bonito, envelope pardo, bem datilografado nome por extenso, endereço, tudo certinho... Ele abre, retira uma APOSTILA AMARELA com o MÓDULO I, de como consertar rádios passo a passo, um CADERNO DE INSTRUÇÃO com todas as orientações para realizar um excelente curso e estar apto a realizar a PROVA FINAL após 12 meses - iria receber mensalmente (1 + 11) novas APOSTILAS/MÓDULOS de cores variadas, com novos conhecimentos de consertos de rádios e assim por  diante, e finalmente receber o diploma de: " "RÁDIO TÉCNICO " ", após "REALIZAR COM SUCESSO A PROVA FINAL", com nota suficiente para passar no curso e estar apto.
 Imediatamente FINFA começou a estudar, estudar, sumiu de Bonsucesso, Praça das Nações nem pensar, estudando... estudando...
Mas, ocorre que o curso foi ficando mais dificil, enfadonho, ter que ler aquele negócio todo, “pô, o pessoal da praça pergunta por mim, nunca tô lá... Pô,  saco!!!"... Seguinte (pensou) : "vou deixar rolar, vou receber apostilas todo mês, o negócio é caprichar na prova final"... Passa mês a mês e chega, após 12 meses completos, todas apostilas religiosamente recebidas, eis que um dia chega um envelope BRANCO, lindo, nome completo FINFA, endereço completo -  por sinal, muito bem DATILOGRAFADO. Aberto o envelope, dizia: "seja honesto consigo mesmo, tenha um futuro brilhante, tenha mulheres, carrões, aviões, dinheiro..., faça a prova FINAL E REMETA-NOS IMEDIATAMENTE, Não COLE das APOSTILAS.
  Finfa foi pro quarto, trancou-se, abriu a prova final, 100 (cem) perguntas, tudo de como consertar um RÁDIO. Pensou, “pô, moleza, to aqui sozinho, ninguém está vendo nada, vou colar tudo DAS APOSTILAS e preencher a prova e mandar pra São Paulo e depois tchan, tchan, tchan, tchan......  receber o DIPLOMA DE RADIO TECNICO...  mole, mole..." 
Tudo feito  conforme pensou. Após uma semana, outro envelope...  Abriu, tava lá - DIPLOMA DE RÁDIO TÉCNICO COM LOUVOR - 1.o LUGAR DO CURSO DE RÁDIO  TÉCNICO DO INSTITUTO UNIVERSAL do ANO DE 1970 (ainda veio uma caixa com ferramentas básicas).
Alugou na Praça das Nações em Bonsucesso, uma lojinha, ao lado daquela sapataria famosa (não lembro o nome), do lado do amigo engraxate... Começou a receber pedidos de montão de conserto de rádios, chegava rádio UM APÓS OUTRO...  
Moral da história: _ NUNCA CONSERTOU UM RÁDIO, ELE FAZIA RÁDIO.
  LUIZ CESAR

Podia ficar por aí, mas Bandeira, não satisfeito, faz ressurgir outro terrível apelido...
Agora, ainda não consegui, até hoje, entender porque me associar ao facínora Mariel Mariscot - "Homem de Ouro" do Esquadrão da Morte da polícia carioca?
Teria eu, alguma característica psicopática identificada pelo grupo?
Só o Perfeito  poderia esclarecer essa questão.
E Finfa, impiedoso, dá o golpe arrasador...
O fato de ser o "CABEÇA MARIEL" foi em função de que o personagem Mariel Mariscot era o nome em evidência naquele momento; e estava também associado ao seu SUPER AZAR, aos teus comportamentos de sempre sacanagens, deboches, encarnação nos outros - veja pelas fotos da época - sempre na sacanagem e MARIEL era o grande "sacana" da época (herói bandido ou bandido herói -  se  lembram ele vestido de DJANGO  -  no Uruguai ou Paraguai  (????))  
Falando em super azar - lembra-se como tu era azarão – você sentado em qualquer banco de praça, outras pessoas em outros bancos, até aí tudo bem  -  mas o PASSARINHO só cagava na tua cabeça  -  você podia mudar de lugar, os outros também, mas o PASSARINHO só cagava nesse CABEÇÃO!!!!