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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

098 > ProgSuburb – Programa (de) suburbano



Aproveitando a vinda do Carlos Alberto "Finfa", de férias de suas contínuas férias numa estação de águas, e do grande cabeça Bandeira, que descolou milhas alheias para vir de Belém, surgiu a ideia de um “programa (de) suburbano”, chamado, nas conversas preliminares, de ProgSub, logo corrigido para ProgSuburb.
 O ponto de encontro

Convites virtuais foram enviados às turmas de Olaria, Manguinhos e agregados do IFCS, resultando num grupo de corajosos gatos pingados que caberiam numa kombi: além dos já citados, mais Guina e a companheira Regina, Mauricio, Lídia Vestes (que convocou Zuíno) e Ana Regina, irmã da Dri.









1. A subida
Carlão deixa o telefone
Lídia, preocupada, a caminho do morro do Adeus
Praça das Nações, 10h, 30/12, último domingo de 2012, em frente ao antigo Cine Paraíso, hoje um lojão. O ponto era este, mas foi logo transferido para a pastelaria chinesa da esquina.

A retirada estratégica...
Num pré-encontro, na frente do América FC, rua Campo Salles, para juntar os que vinham de Niterói, Flamengo e Tijuca, quase perdemos a Lídia: chegando cedo e muito contida, por pouco não foi abduzida por uma dupla evangélica...

Chegaram todos, só o Bandeira não aparecia... Dando 11,20h, decidimos partir sem ele para o teleférico do Alemão.

Pois, logo na primeira estação, no morro do Adeus, duas desistências...


Os teletransportados: Guina, Regina, Ana, Zu e Mauricio
Carlão, altíssimo navegador terrestre, decidiu retornar à base; Lídia, sentindo que alguma entidade poderia assumir, resolveu baixar à terra.

Fizeram muito bem: assim que baixaram em Bonsucesso, deram de cara com Bandeira. Dormiu na casa de um sobrinho, que por acaso o deixou trancado, perdeu a hora...
Paisagem do Morro do Alemão

Aos solavancos, apreciando a paisagem natural (e passando por cima da social), os demais aventureiros foram rapidamente transportados aos píncaros do Complexo...






Nos píncaros do Complexo



Piscinão de Ramos












2. O mergulho
Democraticamente discutidas, as opções de ir a Manguinhos e a Madureira foram descartadas, mas se manteve a próxima atração, o Piscinão de Ramos. 

Guina, Carlão, Zu, Ana, Lídia, Mauricio e Bandeira no Piscinão
Novidade para alguns, estavámos na área de Zuíno, que, morando pertinho, assumiu a função de nosso cicerone. Deixando os carros num posto da Av. Brasil, invadimos, muito turisticamente, o pedaço...
O brinde à beira do "lago salgado"

Ana Regina, entre outros, no quiosque do Dicró


Por falta de equipamento, deixamos de mergulhar, uma pena...
 

Fizemos o possível: quase arrodeamos o "lago salgado" e observamos os costumes locais até que todos pegassem o espírito da coisa.
Satisfeitos, fizemos um brinde generalizado, a nós e a todo o povo, e encerramos a visita.
 

Requisitada pelas netas, Ana Regina deu por finda a aventura, deixando muito boas lembranças.

 



3. A parada
Muito calor, algum sufoco e uma fome que vinha baixando...
O Carlão, profundo conhecedor dos nossos subúrbios mais profundos, se encarregou de descobrir um bom (e barato) lugar para comer qualquer coisa. 

Cabeça emplaca!
O menu do boteco
Entrando pela Lobo Júnior e logo desviando, propôs um boteco na esquina de Guatemala com Conde de Agrolongo, pertinho da igreja de N. S. da (ou do?) Cabeça.

De barriga cheia, na preguiça das conversas
Como é habitual, todos ficaram na dúvida, mas, diante da variedade de opções, mandamos descer umas gororobas e deu tudo certo: a cozinha era da maior qualidade!

Momento relax, tempo disponível para muita conversa boba, algumas lembranças debochadas, várias fofocas televisivas e, no final, uma prazerosa sensação de bem estar, todos se sentindo em casa...




4.  De passagem

Café na Central da Penha
Meio cansados, ia chegando a hora de encerrar o roteiro, mas indo aonde?... Falamos em visitar a Natália, mas, sem avisar não dava... 


É sempre bom lembrar...
Resolvemos tomar um cafezinho de despedida. Fim de tarde de domingo, só na Penha, na rua Montevidéu, esquina de Nicarágua, na lanchonete Central da Penha, estabelecimento lusobrasileiro, com um bacalhau de qualidade, segundo Carlão.



E de uma sinceridade tocante: é sempre bom lembrar que pode ter caroço na sua azeitona...




5. Encerramos?...

De repente, alguém se lembra do Cacique de Ramos e não é que todo mundo se anima?...

Os índios (sem cacique) da turma de Olaria

A antiga biblioteca de Olaria




Bandeira prova do tamarindo
Bastava atravessar o viaduto Cosme e Damião, fica na rua Uranos quase esquina de Antonio Rego. Sendo cedo, fácil de chegar, estacionar e entrar: liberado para visitantes da velha guarda...


Lugar de valor histórico: ali funcionava a biblioteca em cuja defesa a turma de Olaria foi às ruas, em 1968. A biblioteca mudou para Ramos, mas prédio e terreno foram preservados e depois assumidos pelo Cacique de Ramos. O casarão sofreu as mudanças inevitáveis, mas os índios do samba fizeram no terreno ao fundo a quadra de ensaios e, reverentes, preservaram as tamarineiras. 


Carlão relembra antigos carnavais
Zu, Lídia e o samba
E de valor simbólico: num trecho da Leopoldina de tantos prédios abandonados por conta da violência, é um lugar renascido, onde desfila a nata do samba carioca.


E nós também, por uns instantes, encerrando este programa (de) suburbano...





Fotos: Guina Ramos, Regina Bienenstein,
operadora de teleférico, garçom de boteco e folião do Cacique.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

077 > As garotas do IAPTEC de Ramos

Finalmente, o prosseguimento da nossa caminhada, que Bandeira batizou de
Voyage Phitorèsque e Sentimental à Leopoldina
Vamos dialogando, Guina em vermelho e Bandeira em azul.

Da Praça das Nações, em Bonsucesso, seguimos eu e Guina, a pé, pelas ruas centrais do bairro, parecendo dois meninos, a registrar e apontar os sítios que nossa memória registrava, como as galerias comerciais que anteciparam a era dos shopping-centers, os primeiros e derradeiros edifícios residenciais que o empreendedor suburbano Álvaro da Costa Melo ergueu nos anos 60, todos denominados auto-promocionalmente com o nome do mesmo, o extinto cine Melo (hoje um supermercado), o Clube Bonsucesso, o antigo "El Churrasqueto" ainda de pé e sempre lotado, a Rua da Proclamação onde a mãe do Paulinho Banzé tinha uma escolinha, a Praça do Cai-duro, antigo local de desova de cadáveres, e finalmente, adentrando à Rua Barreiros, deparamo-nos com o Conjunto Residencial do IAPTEC, com seus singelos blocos de apartamentos de 03 andares, trazendo-nos logo à memória a família Carneiro, exclusivamente feminina, bravamente chefiada por Dª Waldir e suas meninas Adriana (Dri), Regina e Marta.
Google Maps

Uma coisa que logo me impactou, no conjunto do IAPTEC, foi ver que todos os blocos, agora, estão cercados por muros e portões. 
Muito diferente dos espaços abertos que atravessávamos com a maior desfaçatez, antigamente...
Na foto, o portão que só pela gentileza alheia pudemos cruzar.

Num impulso percorremos a ruazinha lateral, quase que intuitivamente, em busca do bloco onde a família Carneiro residia. 
E, grata surpresa: na janela da área lateral de serviço, no 2º andar, lá estava a própria Dª Waldir, apontada por um morador a quem indagáramos se ainda por ali residia.



D. Maria Waldir na janela da cozinha

Custou a um pouco a nos reconhecer, mas logo veio-lhe à memória aqueles rebeldes anos 70, toda a sorte de preocupações e aflições que lhe proporcionamos, e aludiu ao fato de eu, Luiz Antônio, que era gordinho, agora estar magro e o Guina, que era magrão, agora estar gordinho.

Não achei a menor graça nisso... Mas gostei muito de vê-la tão animada, sorridente, feliz! 
E fiquei pensando como lhe teria sido difícil, quando tinha seus 40 anos, acompanhar uma espécie de furacão que todos nós vivemos, mas cujo vértice, para ela, foi certamente a nossa irrequieta Adriana...

Mantivemos saboroso e emocionado diálogo através da janela, e após fotografá-la registrando seu excelente aspecto físico, apesar de estar com mais de 80 anos, retomamos nossa caminhada, já delineando uma nova busca no tempo perdido, para tentar encontrar a antiga morada da doce Isabel, ali mesmo em Ramos.

Google Maps
Mas, antes disso, demos uma última olhada em volta e, vendo as típicas casas de subúrbio do outro lado da rua Joaquim Gomes, tentamos adivinhar: qual delas tinha sido a casa da nossa Reni?... 
Seria aquela hoje toda colorida, praticamente em frente ao prédio da Dri?...

domingo, 6 de novembro de 2011

076 > Caminhando pela área

Em meados de Setembro, uma dupla de saudosistas, Guina e Bandeira, reservou um dia para uma caminhada pela nossa Zona, ali na área da Leopoldina, para relembrar e/ou reconhecer umas tantas pessoas e lugares de grande valor afetivo.
Um passeio tão organizado quanto desordenado, mas sempre divertido, pelos bairros de Bonsucesso, Ramos e Olaria, que contaremos nos próximos dias, nesta e nas próximas postagens, enquanto vamos preparando outros movimentos...


Por enquanto, apenas o ponto de partida: às 10h da manhã de uma 5a-feira, Guina encontra (e fotografa) Bandeira, à sua espera, sentadinho bem diante do Cine Paraíso, na Praça das Nações, em Bonsucesso.

Epa, aquele prédio lá ao fundo não é mais o Cine Paraíso há muito tempo!...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

066 > Em cartaz, os Cinemas!

Então, tá todo mundo convidado: vamos aos cinemas!

Quem levantou o assunto foi o Luiz Cesar, com um apelo maiúsculo:
TEMOS QUE ARRANJAR FOTOS E ESTÓRIAS ANTIGAS DOS CINES:
   São Geraldo, Santa Helena, Oriente – em Olaria;
   São Pedro, Cine Penha e Leopoldina, na Penha.
   Ramos, Rosário, em Ramos
   Bonsucesso -  no prédio do Mello, Art Bonsucesso, este ficava  em uma  galeria  na Leopoldina Rego, quase próximo à Planalto. Acho que tinha mais um ali pela Praça das Nações (????).
Faltou algum??? [Luiz Cesar]

Dei uma ajudazinha...  Dos cinemas, faltaram o Santa Cecília e um outro (qual?), em Braz de Pina (ah, o Braz de Pina mesmo!). Tinha um bem na Pça da Nações, esquina com a rua da SUAM, a Av. Paris, um meio recuado, de curva. E em Ramos, o Mauá, na rua que vem lá do Alemão, Euclides Faria. [Guina]

Finfa continuava no comando...  Muito bom, Guina. Lembrou do Santa Cecília, do Mauá, ótimo. Fotos... Vou verificar se as tenho. Sobre os demais cinemas da região, tinha o BIM BAM BU, na Rua do Couto e as sessões noturnas no GREIP toda quarta feira.
Antigo Cine Santa Helena, depois Cine Olaria - anos 70

Enquanto recorria a seus arquivos, apelou:   Verinha, ajuda a lembrar... Bandeira, bota o cabeção (essa poderosa máquina) pra raciocinar... [Luiz Cesar]

Aí, o Carlão se soltou...   Do lado de lá de Olaria, havia um cinema, o Oriente, cujo prédio encontra-se lá até os dias de hoje. O cinema de Brás de Pina chamava-se Cine Santa Cecília, prédio estilo Art-Déco (USA, muito usado por lá), estilo abrasileirado "ferro-de-engomar", de quina, na rua Itabira, de frente para a estação de trem. Havia o Cine Brás de Pina, uns, creio, 200 mts. antes do Santa Cecília. (...)
Cine Santa Cecília - Brás de Pina - anos 80
A pontuar, outro Cine, o Vaz Lobo, no Lgo. de Vaz Lobo, famoso à época.  Na Pça do Carmo, me lembro do Cine Mello, e o poeira "Carmoli", este nome saiu do baú (rssss).
O Cine Rosário, em Ramos, parece ser um estilo Art-Déco autêntico, era um grande Cine-Teatro. Pude recentemente conhecê-lo melhor, quando era um Bingo, fui com o gerente amigo meu, é luxo puro, suntuoso, balcões nobres, colunatas internas, arandelas art-deco, luzes embutidas, este é o Cine Rosário, reunia a elite de Ramos. (...)
Estação de Ramos e Cine Rosário, anos 50
O Cine Santa Cecília, em Brás de Pina, funcionou até o ano de 1967, hoje é uma Igreja Evangélica (IURD). (...) De um morador de Brás de Pina, li que ele, menino, viu o filme "Rastros de Ódio", de John Wayne, eu ví este filme no Cine São Geraldo. Alguém se lembra do filme "Tambores Distantes"???? Pois é, galera, nossos tambores distantes nos remetem àqueles anos dourados. "Assim Caminha a Humanidade"!!!!!...... Nos mostrava James Dean, vcs concordam???  Abçs Suburbanos, Carlos Alberto (Finfa´s Brother).

Bandeira se animou...   Estamos parecendo metralhadora giratória, atirando prá todo lado, quase sem tempo prá raciocinar e recuperar todas as imagens; elas se superpõem!!!
Vamos por parte: o cinema localizado na Praça das Nações, em Bonsucesso, ao largo...
...mas, não disse o nome do cinema, acabou falando de outro assunto...

Coloquei no ar:   Luiz (ou quem souber), qual era o nome deste cinema da Pça das Nações?    

Surpresa geral: quem respondeu foi Perfeito!...  Paraíso  [Enviado pelo meu aparelho BlackBerry da Claro]

Cine Paraíso e Pça Nações, 1929
Verinha chegou agitada, confirmando o  Cine Paraíso e lembrando que... UM EM RAMOS, NA RUA DO SESC, NA  EUCLIDES FARIA, PASSAVA FILMES DA METRO!!!!

O mesmo aonde a Lídia ia...  assistir às aventuras de Lassie e John Wayne (arg!) no cinema em Olaria [é em Ramos...], do qual não sei o nome mas guardo uma lembrança linda, do teto em formato de nuvem, cheio de estrelas vazadas de onde escapava uma luz azulada, como convém às estrelas. Tardes encantadas, cujas lembranças  nunca se apagarão, por mais que eu viva.

Falavam do já citado Cine Mauá, mas Finfa ainda perguntava...   Carlão, qual era mesmo o cine com estrelinhas no teto? (Responder pra Lídia) Leopoldina, São Pedro, qual? 

Carlos Alberto, ao seu estilo, respondeu...  Lidia, vou tentar ajudá-la. Sobre o Cinema de teto Azul cravejado de estrelas, creio era o Cine MAUÁ, seria na Rua Darke de Matos em Ramos [epa, confundiu com o Cine Higienópolis, pra lá de Bonsucesso]. O Cine MAUÁ era suntuoso, o teto todo salpicado de estrelas, em azul translúcido, já antecipava o clima da fita, deixou saudades naquela geração. (...)
Cine São Geraldo - foto Guilherme Brito, 1984
O São Geraldo era um poeira, o dono um senhor espanhol e sua esposa espanhola, sempre à porta para pegar os bilhetes da garotada. Havia no São Geraldo, os seriados "...Continua na próxima semana..." do Escorpião Negro, O Bomba (um Tarzan de segunda categoria), e quem não se lembra da Farmácia Central, era dos Bebiano???... Creio ser, pois tive colegas desta família no Colégio Santa Teresa, Olaria.

Lídia, cheia de saudades, vibrou...   Carlão, essa foi dez!  Cine Mauá!!! E os filmes, você lembrou os melhores. Tinha, sim, aquele clima de seriado, que acaba no melhor pedaço para garantir a presença na próxima semana. E à farmácia minha mãe ia toda vez que meu irmão se acidentava correndo atrás de pipa. O dono até indicava remédios. Ah!, tempo bom! Pessoas que nem souberam que são parte da nossa história.


Bandeira concordou, anunciando...  P A R A Í S O !  Hoje, um auditório da SUAM, na porta do qual fica o acesso ao Teleférico do Morro do Adeus, onde agora em setembro, embarcaremos para realizar uma visita!
Antigo prédio do Cine Mauá, Ramos - 2009 - Google Maps

Impacientou-se com a Vera...  Já respondi que era o Cine Mauá, na antiga rua "2", subindo da Estação de Ramos. Inclusive narrei um episódio vivido por nós dois, naquelas sessões de cinema de domingo, pós-missa em São Geraldo, quando tive um ataque de frescura pelo atraso que havias provocado, e exigi que esperasses comigo o término da sessão recém-iniciada, para assistirmos à próxima. Merecia umas porradas que nunca me destes.

E ainda perguntou...  Vocês se lembram dos seriados do Hoppalong Cassidy (era assim que se escrevia?)?

Verinha, generosa, manteve a empolgação...  LULU, ISSO MESMO!!! AGORA ME LEMBREI!!! VC É 10!!! NÃO, É MIL!!!! BJS, VERINHA

Estão pensando que a fita termina aqui?...
Que nada, o Carlos mandou belas lembranças.
Aguardem a próxima sessão!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

064 > Os clubes da Leopoldina

Bonsucesso F.C., com sua feirinha
Foto Fernando Martinez
            A conversa começou com o destaque feito pelo Carlos Alberto:

Para regozijo da imensa platéia e amigos da Zona da Leopoldina, informo que o querido Bonsucesso acaba de ser Campeão da Série B do Campeonato Carioca, já ano que vem na Serie A, com os  4 grandes. Agora a Leopoldina, tem o Olaria, o Bonsucesso e a Imperatriz Leopoldinense. Notícias do Bonsuça, acessem Fanáticos pelo Cesso
O espírito de Leonidas da Silva , o grande "Diamante Negro" baixou em Teixeira de Castro, onde Leonidas apareceu, década de 30, se não estou enganado.
Saudações Rubro-Anis,
Carlos Finfa, 29/07/11

Concordei plenamente!... E percebi que ele assumiu a marca da família Finfa, título honorífico de seu irmão Luiz Cesar...

Bonsucesso F. C. - Estádio Leônidas da Silva
Foto blog Fanáticos pelo Cesso
Boa lembrança, Carlos Finfa,
viva o grande Bonsuça, campeão da 2a divisão!
Quem morou com vista para o Estádio Leônidas da Silva (acho que nem tinha este nome, à época) foram o Paulo Anás e a Delair. Lembro de ir ao apto deles qdo nasceu o primeiro filho (Leonardo, não?), a Dela se esforçando para amamentar o guri ao lado da janela, com o campo do Bonsuça ao fundo, lá embaixo.
Tá na hora da Zona da Leopoldina arrebentar a boca do balão!
[Só que balão tá meio proibidão...]
Abs,
Guina 

 

Bandeira não podia deixar de dar seu pitaco...

Sessão Nostalgia Total!
Salão do GREIP da Penha
Capoeira de Mestre Sardinha, 2010 (vídeo)
Só falta ressuscitarem o GREIP do IAPI da Penha, e seus inesquecíveis bailes com a Orquestra Tabajara do Severino Araújo, ou o Centro Cívico Leopoldinense e seu minúsculo e aconchegante salão de bailes, ou mesmo o Cortume Carioca Social Clube, onde Dª Léa da rua 13 do IAPI promoveu a festa de 15 anos de sua filha Diva (grande paixão da minha vida), com valsa de 15 pares, e que acabou com o "desaparecimento" dos milhares de salgadinhos que a mesma preparara por semanas, resultando no maior fracasso da referida festa, aguardada por todos.
Essa "memória" foi de lascar, não acham?
Abração,
Centro Cívico Leopoldinense - Rua Quito - Google Maps
 Luiz Antônio.
.

            Carlos Alberto Finfa contra-atacou...

O Blog dos  Fanáticos pelo Cesso é beleza pura, o hino toca o tempo todo,  é de Lamartine Babo, o grande americano, compositor de quase todos hinos de clubes do Rio. Bandeira , o GREIP está em atividade, tem até piscina, balé, Yoga, Capoeira e tudo mais. O CCL está meio parado, o Cortume - closed!!... 

Bem, esta semana passei pelo Country Club Brás de Pina, tá lá, firme. 
Eram de lá amigos da Turma da Zero Hora. Esta Turma, com a Turma da Pax (da Penha), que frequentei, e a do Bar Jamaica (Ramos), eram as Turmas da Leopoldina que rivalizavam com a Turma do Imperator (Méier), esta na Zona da Central.       
        
Brás de Pina Country Clube - Dez/2009 (vide faixa) - Google Maps

            Bandeira se desmanchou em saudades...

Carlão,
relembrar o Brás de Pina Country Clube foi demais!
Quando estiver aí no Rio, em fins de agosto (que amanhã se inicia...), será que conseguiríamos organizar um Baile da Saudade no Brás de Pina Country Club?
Brás de Pina, foi um bairro de classe média do subúrbio da Leopoldina, habitado por finas famílias (anos dourados).
Agora, lembrar da Turma da Pax, Bar Jamaica e Turma do Imperator, foi acima de tudo!
Abração,
Bandeira         


            Eis que Luiz Cesar, o primeiro (e não mais o único) membro da família Finfa, arrematou:

Guina, acho legal essa conquista do Bonsucesso e que Carlão – que é América – fique empolgado, e tem no momento para quem torcer – é da zona da Leopoldina – já que o nosso America "está por baixo". [rebaixado para a 2ª divisão do Campeonato Carioca]
    Mas, aproveito o momento futebolístico e envio – para colocação no blog TO – as cores do nosso Olaria Atlético Clube, que também está na 1ª divisão do Campeonato Carioca e deve rivalizar com o Bonsucesso.
E temos que torcer para o Olaria – não tem como não fazê-lo...
LC Finfa                     



Questões tão transcendentais, emotivas, que mexem com o nosso passado leopoldinense, não poderiam deixar de estar presentes nas virtuosas páginas virtuais do blog da turma de Olaria... 



Então, para manter o clima, aí vai, em azul e branco, uma panorâmica do estádio do Olaria A. C.
Olaria Atlético Clube - Panorâmica de Vitor Rodrigo Dias

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

040 > As prisões do AI-5

O assunto está na pauta há tempos, mas ninguém contava por inteiro a história! 
Apenas algumas referências, não dava para editar... 
O Charles até que contou a sua “não prisão”, a escapada para Minas Gerais (em 032 > Ativismo na Igreja de São Geraldo), que repito aqui:

. Perseguição e Desaparecimento – No final de 1968 houve um mandato de prisão para três do nosso grupo: eu, Perfeito e Emílio. Os dois foram presos juntamente com Caetano Veloso e Gilberto Gil. No momento em que estes dois integrantes do grupo de jovens eram presos, fui avisado de que eu seria o próximo, consegui fugir e fui trabalhar no interior de Minas Gerais.


Há poucos dias encontrei Antonio Valente, que lembrou que estava na São Geraldo quando “os homens” vieram, ficou de escrever sobre...
Eu vagamente lembro que cheguei na igreja e tinha acontecido. Conversas sussurradas, ambiente clandestino, acho que voltei disfarçadamente para casa...

Eis que o dia chegou e ia passando...: 13 de Dezembro!
Aí, o Mauricio mandou esta mensagem, em caixa alta:
HOJE FAZ 42 ANOS DO FAMIGERADO A.I. 5, DE TRISTÍSSIMA MEMÓRIA, QUE TANTO MARCOU O PAÍS, A NOSSA GERAÇÃO E A TURMA DE OLARIA. SOBREVIVEMOS E COM GRANDE DIGNIDADE.
FRATERNO ABRAÇO A TODOS OS AMIGOS/AS.

Então, é a hora!
Abaixo, um fragmento recuperado dos nossos e-mails: fala, Banzé!
E a feira de artesanato na Praça de Bonsucesso, do dia 13 de dezembro de 1968, sexta-feira, que coincidiu com a decretação do AI-5 às 18 h, quando Emílio e Perfeito foram presos ao sair da Igreja com as bugigangas que íamos vender?
O Cony e o Dori, acho que o Álvaro também, me avisaram para eu me mandar porque estavam procurando por mim. Até hoje não sei se isto era verdade ou não mas na dúvida arrumei a mochila e vim parar em Caeté.
Caramba! São muitas lembranças e eu só me vejo metido nos casos políticos deste grupo.
Somente as meninas visitaram Emílio e Perfeito na prisão porque era mais seguro, era assim que se falava e se falava baixo ao pé do ouvido com receio de alguém escutar. Que merda!

Em comentário no 031 > O curso do Artigo 99, Bandeira já lembrara:

 (...) a repressão do regime militar que se abateu sobre nós, de forma violenta, naquele final de 1968 ("O Ano que não terminou", leiam a obra do Zuenir Ventura!), com a edição do AI-5 e a prisão de Perfeito, Emílio (mais quem?), exatamente quando nos preparávamos para participar de uma feirinha na Praça das nações, em Bonsucesso, para angariarmos fundos para ajudar na compra de uma casa para uma senhora pobre que morava no hoje "Complexo do Alemão", em Olaria (lembro-me: estava voltando do Colégio Ferreira Viana, no famigerado Caxias-Praça da Bandeira, quando ouvi pelo rádio do ônibus que havia sido editado o AI-5, e ao chegar na Pça. das Nações, encontrei todo mundo assustado, com a notícia da prisão dos companheiros...)

É assunto para muitas mais versões e reflexões!
Volto a abrir o espaço à participação de todos...