Mostrando postagens com marcador Pernambuco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pernambuco. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de dezembro de 2011

081 > Mensagens dos Ausentes ao Encontro Dez 2011

A PAZ e o BEM.
Infelizmente não vai dar porque os Colégios (ambos) marcaram Conselho de Classe para o dia 19/12: um às 7:30 h da manhã e o outro às 14 h.
Abraços.
Apareço em janeiro e a gente toma um chopp.
Banzé

Tudo bem sim, somente trabalho demais...
Seria uma delícia rever a turma, mas estou muito enrolada, espero que no próximo encontro eu possa participar sim.
Embora não tenha aparecido ou escrito, acompanho o blog que é um sucesso. Vou enviar qq dia as fotos dos quadros do Derval que tenho ainda decorando as paredes do meu apartamento. Até da Natália eu tenho um bem legal, pois ela tb andou tendo uma fase de pintora.
Um Natal muito legal e um 2012 cheio de momentos felizes;
Um beijo carinhoso para vc, adorei que vcs lembram de mim.
Bete Andrade

Eu realmente, gostaria de ir ao encontro, mais infelizmente, neste fim de semana vai ser impossível eu me afastar de Curitiba.
Por favor, transmita a  todos, que eu carrego eles no meu coração, e não vão ser algumas centenas de Kms.e algumas décadas que vão apagar o turbilhão de emoções vividas em Olaria.
Abs
Derval

Muito obrigado pela lembrança. Viajo para o Rio somente no dia 23, para o Natal com os filhos e neta. Estou trabalhando há 1 mês em novo emprego, depois de 40 anos e 9 meses na mesma empresa + 1 mês de aposentado.
Transmita as minhas saudações e os votos de um Feliz Natal a todos e espero que um dia o sincronismo dos tempos nos proporcione o reencontro.
Abraços,
Ricardo Valle

Honorável turma,
tenho que informar que neste ano solene ser-nos-á difícil assumir o compromisso coma tradicional culinária lusitana que, aliás, muito apreciamos (perguntem à Dri se ela se lembra do gosto do bacalhau da Casa do Minho, na nossa última apresentação do Grupo Folclórico Brasileiro, Festival Internacional de Folclore, em mil e novecentos e... esqueci!!! (foi no milênio passado).
Faço questão de registrar que eu, sinceramente, sonhei que iriam terminar todos os meus compromissos burocráticos relativos ao ano de 2011 em inícios de dezembro e que todo o mais desenrolar-se-ia na mais ativa paz. Aproximar-me-ia, pois, sorrateiramente, do dia 18 de dezembro e, nesta data (14 do corrente) escreveria uma carta de confirmação (ou um protocolo de intenções, pelo menos).
É, mas o que se ve não é isso. E sempre nosso serviço crescendo mais cada dia.
Suposta e possível foto atual de Casé,
capturada por Bonilha na Internet.

[Será que é ele mesmo?...]
Venho, portanto, por meio desta, manifestar meu repúdio à falta de tempo da correria hodierna, e confessar que continuarei sonhando com a realização de um próximo Bacalhau (ou qualquer peixe ou molusco ou crustáceo que lembre o oceano Atlântico) em que poderíamos reunir a turma e ouvir Tom, Baden, Vinicius, Noel, Pixinga e outros inesquecíveis cariocas.
Por favor, nao meçam esforços para realizar a próxima Bacalhoada. Que seja essa apenas a primeira de muitas que estarão por vir. E não esqueçam de enviar minhas recomendações a todos que estão trabalhando para manter acesa a chama da liberdade, fraternidade, igualdade, maternidade ... acho que já bebi muito (hic!)
Avisem ao grande mestre Bandeira que envidaremos todos os esforços para ajudar a organizar a próxima edição desse memorável encontro e que algo parece indicar que 2012 será um ano de luz, paz, harmonia, contentamento e gastronomia para todos nós.
Ao mestre Bonilha, que, para acompanhar a muqueca feita pelo mestre Bandeira, ele deveria saber preparar o pisco peruano ou chileno e dançar huaila ou cueca.
À mestra Jô, que há que cuidar da química da muqueca e que há uns dez anos atrás eu tive a honra de ver na TV a socióloga Natalina sendo entrevistada por uma repórter, em Madureira, cheia de sacos de supermercado.
Ao mestre Guina, que seria fortemente recomendável tirar fotos em movimento rápido, para registrar momentos importantes nesta época de extrema correria.
Ao mestre Finfa, que estamos fundando uma nova seita, que de jeito maneira modo forma pretende ser uma concorrente da misteriosa e consagrada Família.
Lembranças ao Dr. Perfeito Antonio Fortuna Serra Lopes d'Oliveira P'reira Castanheira de J'aquim AiJisus MeuDeus!
Grande axé a todos!
  Carlos Jose Matheus [Casé]


Sou o João, filho do Antonio. Recebi pela Fábia o convite para a comemoração de final de ano que vocês estão organizando. Queria te agradecer o convite, mas desta vez não vamos poder participar. Eu farei uma cirurgia amanhã e não conseguirei me recuperar a tempo. Não é nenhum grande problema, vou operar uma hérnia de disco, mas o procedimento é bem simples, só não estarei recuperado tão rapidamente assim e devo ficar com meus pais no domingo.
Eu e minha família desejamos um ótimo natal para você e todos da turma de olaria, e um ótimo ano novo.
Um grande abraço,
João Lagüéns

•    Estarei presente em espírito!
•    Assim, fico na toca
•    Poupando as forças
Bonilha   (no Facebook)


Gente, é com grande pesar que confirmo que não vou poder ir!
Infelizmente só estarei de férias dia 23
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Estarei no Rio só dia 10/01/2011, se der vamos marcar um encontro para vocês me contarem como foi esta FESTA MARAVILHOSA.
Divirtam-se e fofoquem por mim!!!!
Guina guarde os livros que o Fabio separou pra mim, mas não esqueça de que quero um  com dedicatória exclusiva!!! kkkkkkkkkkkkkkk................... Afinal me sinto um pouco responsável por estes encontros, e claro que pelo sucesso do livro!!!! kkkkkkkkkkkkkkk
Beijos, em todos com muita saudade e muita tristeza pelo não comparecimento.
Verinha
 Obs: Guina só tou respondendo hoje pq tinha uma esperança de comparecer

Beijos, muitos beijos e a vontade de rever as pessoas. Hoje estou cheio de compromissos (além do trabalho, que diz não escolher agenda, fui escolher uma carreira de doido: um sociólogo que trabalha na saúde.... não fosse ele mesmo um sujeito/sociólogo cheio de problemas médicos). 
Mesmo tendo participado muito pouco da Turma da Igreja São Geraldo sempre me senti um cúmplice e apaixonado à distância (eu adorava a capacidade de rir daquelas pessoas no meio da doidura política, era uma divertida e cotidiana vitória da humanidade). Esta semana comecei a fazer um memorial e os pontos de partida forma dois: uma manifestação na Cinelândia (em 1969) e uma viagem de 497 ou 498 (1970) quando o Perfeito entrou no ônibus, lá em Bonsucesso, e começou a falar sobre as novas instalações industriais na Av. Brasil e a estética industrial. Apanhar da polícia e pensar nas armadilhas da industrialização me deixaram absolutamente confuso e decidido a entender os novos processos em curso.  
Beijos Guina, Maurício Murad, Muso Bandeira, Mestre Perfeito, ... todas e todos
Nilson Moraes
 
Meu amigo Guina...menino grande!!! Ou grande menino!! Quer dizer que não publicou, meu texto,  com medo de desapontar o Casé... Hahaha!! Como vê, eu nunca fui da turma de Olaria. Na época eu me sentia discriminado e não pensava que era por causa da ditadura... simplesmente eu era um "porra louca".  Mas era aceito.  Um dia fui falar com alguém (não me lembro quem) na saída do portão de sua casa (acho que tinha um portãozinho) sobre minha descoberta da Anti-Psiquiatria (coisa seríssima!!!), que até hoje eu tenho como referência em meus trabalhos, e a pessoa falou com desdém, e jeito irônico, dizendo: "Ha!!  isso aí não existe!".   Já o padre Cipriano ( fiz um esforço pra lembrar o nome dele), um dia, reparando as minhas roupas (que não eram tão escandalosas assim), perguntou de maneira meio irônica se "estava na moda" usar roupas daquele jeito (acho que estava com uma calça de cetim, ou uma calça jeans de boca sino e com a cintura bem baixa e camiseta colorida, bordada, talvez, e de tênis ou sandália de couro... enfim, eu não me vestia de forma muito normal  no sentido de normas, algo estabelecido como o "correto" e "modelar"). Aliás, nunca fui normal, no sentido de seguir normas sociais. Daí uma certa "esquerda"  nunca me aceitou muito bem. A "direita" me rejeitava completamente, claro!!! Eu fui aceito sim, plenamente, por meus amigos artistas, talentosos, criativos, etc, que me arrumaram trabalhos e me ajudaram a colocar em prática minhas vocações (me lembro que em um dos shows que produzí o Custódio Coimbra, começando a fotografar, me perguntou se podia fotografar o show).
Vê, minhas lembranças não são maravilhosas...                                                                     Quando falei sobre os possíveis problemas, passados, familiares do Casé, não estava sendo psicanalítico, apenas procurei dar uma certa explicação psicológica sobre o que o próprio pai dele me disse: que ele se afastava de tudo que tivesse ligação com ele, o pai. 
Fiz, 14 (quatorze) anos de psicanálise( não é mole!). Assim foi que consegui superar muitas coisas.
Não quero ir ao Encontro para ouvir" piadinhas" e "fofocas"... Brincadeiras, sim. Com criatividade e dentro de cada contexto. Eu não sei, também, o que você entende como "fofoca". Há um livro muito bacana que trata da fofoca chamado: "Tratado Geral Sobre a Fofoca ou Uma Análise da Desconfiança Humana" de José Ângelo Gaiarsa. Conhece? Se não conhece leia, eu acho ótimo! (sob meu ponto de vista, claro!! ).
Me desculpe, Guina. As minhas lembranças são essas. E são verdadeiras e sinceras; foi assim. Mas não há nenhum ressentimento nisso. Pois, vocês são pessoas legais e que eu respeito muito. E são essas as minhas memórias (parte delas).
Nisso tudo eu fui amigo mesmo do Cláudio, uma amizade muito grande. E gosto infinitamente do Prof. Matheus (que sempre me deixava ficar lendo em sua biblioteca, e foi o primeiro a fazer observações, incentivadoras sobre os poemas que escrevia).
Se você quiser eu envio, outra hora, a foto que fez de mim.
Quanto à minha ida, no encontro, não sei se vou. Ando cansado ultimamente, pois, além de meus trabalhos pessoais, estou em transferência interna no trabalho. E etc ... 
Abraço "mermão"!!!
William Santos [Pernambuco]

Grande cunhado,

Desculpe nossa ausência.

Peguei uma conjuntivite, que ainda não me abandonou. Ainda estou de molho em casa.

Abs,

Dori.

Oi Aguinaldo, Tudo bem? Peço desculpas pelo atraso em te responder, mas achei que conseguiria pelo menos eu estar com vocês no domingo. A ideia era voltar mais cedo de uma viagem que fiz, mas cheguei ao Rio às 19:30h da noite, depois de 5h30h de trânsito... Horrível. Fiquei com o coração apertado mesmo, querendo ver vocês e sinto que teria sido uma ótima e alegre oportunidade de revisitar o churrasco do ano passado... Talvez já com menos dor e tristeza. Deixo um beijo enorme para todos e um pedido de ser novamente convidada para a próxima :)!  Estarei lá, se assim for. Enquanto isso, fico curtindo as fotos. Bjs e um excelente Natal para vcs! Fábia Andérez

 


sábado, 27 de novembro de 2010

034 > As ligações perigosas

O ap. da Comandante Vergueiro da Cruz era uma espécie de albergue da juventude (sem móveis), hotel de trânsito para gente alternativa que estava de viagem para algum lugar do universo (desde Sul do Brasil a algum mundo interior deles), alcova para as "riponguinhas" que eu pescava com 1 violão marrom (no MAM e proximidades) – Pernambuco dormiu muitas noites com as coleguinhas delas, pois às vezes eram 2...
Clique para ampliar
O ap. também serviu para a moçada da igreja passar 1 noite a conversar e, depois, dormir, como foi o caso de Caifás, Carlão, Zuíno, você mesmo, Guina, uma sueca que residia no Rio pelo intercâmbio internacional (não a que morava na residência do Bandeira), o companheiro dela (a essa altura já entravam os amigos, mais os amigos dos amigos...)... Já nem me lembro quantas pessoa mais lá passaram... Eu chegava a deixar a chave com convidados que conhecera na noite anterior, "de porre". Ia trabalhar e na hora do almoço passava para pegar a chave (os dorminhocos se levantavam sempre tarde...)!
ATÉ QUE UM DIA FUI ROUBADO (dormia lá regularmente um jovem que, segundo ele, precisava muito dum alojamento no bairro e do qual os larápios furtaram alguns bens, igualmente). Passei uns dias a remoer o sucedido. Tanto remoí que tomei uma decisão: PASSEI A NEGAR A ENTRADA À MAIORIA DA ESPÉCIE HUMANA...
A data é 1972. Pois foi neste ano que minha carteira profissional registrava-me como empregado da editora Bruguera (em Olaria), presumo que filial da conhecida BRUGUERA da Espanha (creio que a matriz sendo em Barcelona).
CARAMBA! E o Casé?
Também tinha o Pernambuco, que morava co'a mãe na Leopoldina Rego a 1 quadra ou 2, talvez, da Ig. S. Geraldo... Era menor, tinha talvez 15 anos, baixo, cabelo preto e andava muito comigo (quando morei em Olaria, à r Capitão Vergueiro da Cruz e eu ia aos subterrâneos da igreja conversar com os professores e jogar xadrez).
E a saga do CARLINHOS maoísta (parece que era do PC do B) que teria frequentado os mesmos subterrâneos e se suspeitou que era só para conquistar fiéis para o partido?... Lembro que se passou uma senha: não dar-lhe "bola" a fim de não aparecesse mais lá. No entanto, no início, quando ele começou a surgir por lá e fazer amigos, fez grande sucesso... No fim, deixou de frequentar o local...
E o companheiro do Casé que pertencia a uma organização da "pesada", que de vez em quando observava nossos jogos de xadrez? Uma vez foi em casa pedir que eu entrasse na organização, que precisavam de quadros, que faltavam quadros e eu poderia ajudar... coitado do Bonilha...
Ele emprestou-me o livro de Julius Fuchik sobre como driblar os torturadores enquanto sob tortura. Quase me "fodi" por isso porque, quando fui preso no Teatro Municipal do Rio, o livro estava em casa e podia servir de indício de militância – o que, convenhamos, não era muito saudável naquela época... Acho que os policiais estavam tão cheios de gente presa e a levar aos porões da ditadura, naquele dia, que deixaram de lado ou para depois a checagem de minha residência. Em realidade, enquanto me transportavam numa Kombi, um deles falou a outro que não deviam levar-me a certo lugar porque já havia outros prisioneiros lá – o que indica certa sobrecarga – ; também, falta de azeite na comunicação entre os policiais de campo e os órgãos policiais naquele dia? Quem sabe? Detiveram-me numa velha cadeiona da parte velha da cidade...
Mas voltemos ao amigo do Casé. Esse jovem era forte, loiro, de estatura mediana, creio que sua idade estava aí pelos 25 anos e falava articuladamente. Esqueci seu nome. De certa feita "saiu no braço" co'o Casé na minha frente, na sala do jogo de xadrez. Parece que Casé lhe pedira que não tentasse me aproximar de sua organização (o que ele fazia quando Casé não estava presente) e nesse dia Casé o pegou no "flagra". Mas foi mais uma briga de galo, cada 1 querendo só mostrar ao outro que falava sério: após uns 3 tapas ou socos mútuos pararam, um ameaçando o outro... Embora Casé fosse muito mais débil fisicamente, estudara uma luta oriental!
Talvez eu interprete erroneamente a causa da briga, mas me parece que sem o saber fui objeto de disputa política. Escrevo isso simplesmente, sem segundas intenções, consciente das relações que surgem entre pessoas como nós numa época como aquela. Claro que eu também, embora não organizadamente, tentava influenciar os amigos com minhas ideias! SERÁ QUE ALGUÉM NÃO O FAZIA?
Agora posso dizer: não ia à missa porque era AGNÓSTICO! Foi-me bastante difícil ser amigo de vocês e esconder isso. Quantas vezes Bandeira me convidou a ir ao culto e eu dava desculpas esfarrapadas? Isso desgastou minha relação com vocês porque a comunhão dos membros é importantíssima.
P. S. Agora sou crente (não protestante). E concluí que vocês faziam um "baita" trabalho.
                                                                                  ABRAÇÃO!
                                                                                                                 ‘BAUNILHA’