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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

065 > Outras paradas da Zona

É na base da conversa (neste blog, pelo menos) que a gente recupera (ou recria...) a História!
Continua o zunzunzum em torno dos clubes da Zona da Leopoldina, que as atividades sociais e esportivas sempre motivaram – agora nem tanto – a moçada...
Difícil é organizar esta conversaria toda... Só editando as mensagens (só este assunto) e montando uma espécie de diálogo fragmentado, um jeito da gente circular por mais clubes (e outras paradas) da Zona da Leopoldina.
 
Grêmio Social Paranhos - Google Maps
Entre os poucos outros clubes que frequentei na área, não posso deixar de citar aqueles em que joguei futebol de salão. O primeiro, ainda na infância, na rua Piriá, em Brás de Pina, era só uma quadra e um "barraco" no fundo (hoje é um prédio). 
Já na fase da turma de Olaria, umas peladas no Grêmio Social Paranhos, quase no morro do Alemão, cujo time disputava campeonato carioca e tudo. 
E ainda o Esporte Clube Lígia, um pequenininho, na rua Vitorino do Amaral, pertinho da vila da própria rua Lígia em que morei com a Soninha, num casarão de 2 andares, onde Bandeira protagonizou uma das maiores feijoadas da minha vida! 

E, mais tarde, bem depois da turma de Olaria, na virada dos anos 90, até fui sócio do Olaria A. C., quando morei na esquina de Firmino Gameleira e Carlina, com a Regina e filhas. Fui à piscina algumas vezes, vi um jogo ou outro, dei só uma olhada nos bailes. Mas, deles eu não esqueço, provocavam altas crises: quando as garotas entraram na adolescência ninguém mais conseguiu impedi-las de os frequentar... Uma delas até fugiu de casa para ir ao baile num domingo à noite!... [Guina]

Olaria. Ponto de caça do meu irmão Pedro. A gente ia escondido, porque meu pai achava que o clube não era para rebentos de famílias de bem. Ele preferia que frequentássemos o Social Ramos Clube. [Carlos]

Social Ramos Clube - Google Maps, 2009
 O Social Ramos Clube, que hoje tenta recuperar um pouco dos dias de glória (veja o vídeo na matéria do jornal Extra). [Guina]


E o Cortume Carioca Social Clube, localizado na Rua Montevidéo, na Penha, em uma época que o grandioso Cortume Carioca dominava a paisagem industrial da velha Penha?
Inclusive me lembrei que essa mesma Rua Montevidéo, face a vizinhança do Cortume, tinha dezenas de fábricas de calçados e lojas de revenda, que eram o "point" do Rio, em termos de lançamentos de calçados e venda a preços de fábrica. Toda a Leopoldina e grande parte do Rio de Janeiro ia à rua Montevidéo para comprar calçados a preços convidativos. Aos sábados a rua Montevidéo fervilhava, além da gloriosa feira livre que até hoje ali funciona. [Bandeira]

Cortume Carioca Social Clube - Google Maps, 2009
Quanto ao Cortume, na verdade, o endereço que achei (esse aí da foto) é da Rua Conde de Agrolongo nº 959. No portão, anunciam Equipe Storm Combat e aulas de judô, e há uma placa da prefeitura oferecendo ginástica para a 3a idade. [Guina]

Glorioso não era o CCSC, o clube, que sempre foi assim mesmo, esmirradinho, bem ao contrário do GREIP, Olaria A. C., Bonsucesso F.C., Social Ramos Clube (onde fomos a um baile após a apresentação de "Morte e Vida Severina", lembras?) mas sim o Cortume Carioca S. A., hoje um cemitério, com suas quadras inteiras em completo abandono.  [Bandeira]

Carlão, tinha o Clube Jacurutã...  na rua Jacurutã... certo?  Tinha aquele Clube da Boiada,  que Da. Arlete (da Rua 10) comandava com o marido dela – tinha o Baile das Flores.  Tinha o Onze Estrelas em Ramos, o Social Ramos Clube do outro lado e o do lado de cá, qual era? [Luiz Cesar]

O Clube da Boiada (Olaria) era o Coringa, está lá até hoje, na rua Cmte. Vergueiro da Cruz. Dancei no Lígia em Ramos, este na rua Lígia, e tinham um senhor time de futebol de salão.
Esporte Clube Lígia - Google Maps

O Clube dos "Coroas" em Ramos, bailes nos finais de semana. O nome quem souber, ajude a lembrar. Clube dos Taifeiros – em Bonsucesso, atrás da SUAM, bailes memoráveis, galera dançante, grandes conjuntos musicais, "Devaneios", "Peter Thomas", Banda do Bebeto, Brasil Show (maravilhosos), Banda "Charme", "Copa 7", "Lafayete", torneio de dança de salão, tudo antes do Circo Voador, do nosso querido Perfeito. Na Zona da Leopoldina, os bailes de finais de semana eram concorridos, maravilhosos, até nas roupas a rapaziada se esmerava, eram sapatos do Motinha, do Meu Tio, feitos à mão, por verdadeiros artesãos, roupas feitas, confeccionadas em costureiras, camisas finas, e a "noite era uma criança". Os perfumes Artimatic (argentino), Lancaster (quem não usou??), Atkinsons, seria Glostora nos cabelo???...... Que tal Gumex??????..... Ou Óleo de Bourbon (Rsssss, sou antigo). Corte de cabelo ou "Principe Danilo” ou "Cadete", gente, tá "navegando"????..... Meninos eu vi, e essa era a nossa Leopoldina. Carlos Alberto (Finfa’s Brother). [Carlos Alberto]

Carlão, vejo que o Coringa ainda existe. Deste eu me lembrava pq ficava no meu caminho preferido para ir ao IAPI. Por ali morou também o Bonilha, como já contou há um tempo atrás. [Guina]

Carlão!
Flanavas em todos os universos! No caso, os pequenos clubes socais, periféricos, dentro de cada bairro da Leopoldina.
Sem falar nas famosas gafieiras, Vaz lobo, Madureira, Cascadura etc, dos anos 30/40/50 do século passado, que não chegamos a frequentar, mas das quais ouvia muitas estórias. [Bandeira]

A lembrar a todos, um dos fatos relevantes da década de 60, na Leopoldina, o grande Parque Aquático do Olaria, que revolucionaria toda a população, e a lembrar a figura do grande Álvaro da Costa Mello, que tornou possível todo esse sonho. Com certeza, outros da TO saberão contar em detalhes e fotos essa história de arrojo do nosso querido Olaria (OAC). [Carlos Alberto]
.
Olaria Atlético Clube - piscina
Quanto ao Olaria, além dos remos, outra pergunta: algum dia fizeram jus ao "Atlético" do nome?... 
Nunca ouvi falar de um atleta olariense (de corrida, salto etc)...
[Guina]

Quase todos os clubes sociais, de grande ou pequeno porte, tinham suas mais diversas equipes de atletas, que participavam das inúmeras competições públicas, que eram promovidas desde a era getulista.
Lembro-me, na minha infância, as inúmeras jornadas de corridas a-pé, de bicicleta, seus garbosos atletas, cujas organizações escolhiam as ladeiras e ruas do IAPI, por conta da impecabilidade de suas pistas em alvenaria de altíssimo nível!
Devem existir registros de imagens dessa época. [Band.]

Posso garantir que corridas disputadas, rally em duas rodas (cycles), havia na Rua Angélica Motta, a Estrela Motos, gente que mexia com motos e, creio, bicicletas. A Estrela Motos era uma das maiores oficinas da época áurea das motos - corridas e bicicletas. Se algum de nós da TO conheceu o dono, ou donos da Estrela (encravada em Olaria), de lá provavelmente sairão histórias destas corridas do circuito da Leopoldina, que incluía o IAPI "novinho em folha", com piso em concreto, conforme nosso Bandeira relata abaixo [Carlos Alberto Campos]

E, de volta à TO, não podemos deixar de lembrar do Mello Tênis Clube, que é meio fora da área mas deixou marcas na nossa história. Recuperei dos arquivos este relato do Bandeira e a resposta da Verinha...
.
Lembrem-se dos convites que recebemos, após a apresentação de "Morte e Vida Severina" na sede do Melo Tênis Clube, para um baile no mesmo, todos vestidos de traje passeio-completo, SENSACIONAL!
Aliás, nessa noite do baile, quando nos encontramos já prontos para ir ao mesmo, a maioria com ternos emprestados de cunhados (meu caso) e de outros, lembro-me muito bem de uma das "Maldades" que eram praticadas, uma delas protagonizada por Carlos Dé e Paulinho Caifáz, esse uma cobra venenosa: Dé apareceu "Linda" de terno, acompanhado da eternamente orgulhosa de seu parceiro, Kika, e no meio daquela algazarra, lá no porão da igreja, Caifáz disse a seguinte "Maldade": "Dé é o próprio PAVÃO” – bonito na parte de cima, mas ao olharmos para os pés, dava para perceber que usava um par de meias de cores muito estranhas, que contrastavam com a sobriedade de seu traje.
Mello Tênis Clube, salão de baile - do vídeo do site
Isso é que era "Maldade", das mais bravas, derrubada, díriamos hoje, prática à qual poucos escapavam naquele maravilhoso grupo.
Saudades e abraços para todos, inclusive aqueles que já viraram "Fumaça Colorida" ou "Purpurina", e estão a navegar no universo.
Luiz Antônio Bandeira.

Luiz Antonio,
Sua memória é 1000!!!!!
Lembrei do Baile do Mello!!!
Foi genial!!
Lembro que fui com o Zé Manoel!!! Lembra dele?
Ele passou lá em casa primeiro, e conversando com meu pai, Sr. Darcy, degustou quase todo o vinho que este tinha fabricado artesanalmente, com a desculpa de que era português, e apreciava o mesmo!!!!
Lembranças!!! Vale a pena recordar!!! Você tem razão!!!
Guina, não reclama e trate de incrementar o blog!
Beijos,
Vera

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

039 > Um certo apartamento de Copacabana

DA VIAGEM AO SUL, A UM CERTO APARTAMENTO DE COPACABANA
  
A última imagem que tenho da viagem ao sul é a chegada de Osvaldo e Bandeira que, por não terem conseguido carona de São Paulo para o Rio, retornaram para a minha casa, na Lapa de Baixo.
Quinze dias após, em Fevereiro de 1970, deixei tudo para traz e vim para o Rio.
Fui recebido por Paulo Caifás, que me levou para a casa de Delair, e por Oswaldo, em cuja casa fiquei hospedado por dois ou três dias, até que, por indicação do mesmo e usando da prerrogativa de meu passado religioso, fui hospedar - me no Seminário São José, na Tijuca, onde fiquei uns quinze dias...
Nesse espaço de tempo, lembro-me que Adriana fez um encontro de boas vindas na casa de sua mãe, em um conjunto residencial no início da Rua Barreiros, entre Bonsucesso e Ramos, onde boa parte do grupo que participou da viagem esteve presente.
Depois da temporada no Seminário, consegui através de meu amigo Dom Estevão Bitencourt, uma hospedagem de trinta dias no Mosteiro de São Bento, período este em que, por indicação do próprio, comecei a dar aulas na PUC.
Foi quando aluguei o apartamento em Copacabana, no Edifício Tupinambá, na Barata Ribeiro.
Mobiliado, sala, quarto, cozinha, banheiro e dependência... e nele, por quase um ano, moraram também Perfeito Fortuna, Álvaro, Derval, além de alguns agregados frequentes, dentre os quais, Tarcisio Ortiz...
Tiveram, também, hóspedes de passagem: o pessoal do Living Theater (Julian Beck, Judith Malina e trupe), Angel Nunes, um espanhol que passava o dia no Zoológico desenhando, em bico de pena, nossas aves exóticas, e outros mais...
E neste apartamento, que era uma ante-sala da praia, por diversas vezes, KIKA fazia um inesquecível estrogonofe, para deleite geral do grupo...
Derval e eu tínhamos o hábito de nadar mar a dentro, em direção à África... Perfeito trocava a noite pelo dia, envolvido com o circo, Asdrúbal e outros afins ... e Álvaro, que quase não parava em casa...
Tempo de boas lembranças!!!
Fico devendo algumas fotos... sei que as tenho em algum lugar, guardadas há quarenta anos...
Um forte abraço em todos.

Paulo Anás

sábado, 13 de novembro de 2010

029 > Apelidos

O tema se abre com a resposta do Bandeira:
A origem do apelido "" para o Carlos é a seguinte: à época (1968), o Caetano Veloso casou-se com a Dedé Gadelha, e o fato foi coberto com fotos da Dedé, com um corte de cabelo bem curtinho, quase colado à cabeça, vestida com um casaquinho com capuz.
No desenrolar dos fatos, o Carlos Rivoredo apareceu em S. Geraldo, para uma daquelas nossas saudáveis e alegres reuniões de sábado à tarde, com um corte de cabelo semelhante ao da Dedé.
Imediatamente, as cobras mais venenosas (Eu, Augusto, Perfeito, Emílio, etc...) identificamos o mesmo com a mulher do Caetano, e o Augusto gritou: "É a cara da Dedé Gadelha!" Todos concordaram e aos gritos começamos a gritar; "Dedé, dedé, dedé...!".
Quando o mesmo (Carlos) percebeu a associação que estava sendo feita, reagiu: "esse (apelido) não!" (Já bastava o apelido de "Poço" - de sacanagem!)
Foi o bastante!
Impôs-se em sua forma simplificada e carinhosa: "".
Aí, se entusiasmou e listou vários...
O meu, todos recordam-se, era "Cabeça Mariel", dadas as dimensões de minha cabeça, e a associação com Mariel Mariscot, famoso policial-bandido da época, que talvez o Luiz César possa explicar o porque da associação.
"Burrico" era o Derval, por causa de seus atributos anatômicos. "Cagalhão Parrudo" era o Perfeito, por causa de sua compleição física. "Finfa" era o Luiz César, não sei explicar a origem. "Alcéia" era a Maria Helena da rua 12 no IAPI. "Meméia" era sua irmã. "Bonzinho" era o Eduardo da Dª Diva, do movimento de Cursilho da Cristandade em S. Geraldo. "Boazinha" era Dª Diva.
Ronaldo em Barra do Piraí: "Pilha" (?!)
Pilha, queria dizer que o cara era muito nervoso (a exemplo do episódio narrado pelo Maurício, do mesmo expulsando alunos da sala de aula no Artigo 99 de São Geraldo).
Aliás, essa realidade de "muito nervoso", como disse o Banzé, a dar chutes nas paredes era uma característica generalizada no Grupo. Estranho e interessante, não?
Mas, na verdade, o apelido colocado no Ronaldo, contrastava com sua costumeira CALMAAAA!!!
E mais:
Tinha a "Ângela Burra" dada as dificuldades que a pobrezinha tinha em entender as coisas.
E o "Os Cornos", irmão do Casé, que diz tudo.
Tinha o "Navio Negreiro", que reunia a galera lá de Manguinhos, da qual tenho uma excelente fotografia, acho que feita por ti, duma feijoada que preparei no apartamento para o qual a Natalina havia mudado, na Estrada do Itararé, hoje integrante do famigerado "Complexo do Alemão", onde anos mais tarde, fiz muitas "incursões".
"Magrinha CCC" era a Eliza, lá do IAPI (rua 10/Luiz César), filha do mais antigo comunista do IAPI, o Sr. Cruz.
Sapo era a Linda, face sua compleição física (pernas atrofiadas por paralisia infantil), peitos ENORMES, boca ENORME, violão sempre a postos, e segundo a galera, sempre a coaxar (Crók, crók, crók...).
Caifás foi o apelido que o finado Paulinho Oliveira recebeu por sua participação numa peça de teatro sobre a paixão de Cristo, no porão de S. Geraldo, junto com um grupo de antigos Congregados Marianos e Filhas de Maria, que encontravam-se em seus estertores. Caifás era o personagem titulo, Rei dos Hebreus, sentado num troninho (uma cadeira pesadíssima que existia pelos porôes de S. Geraldo), vestido à rigor, e que num ROMPANTE levanta-se do trono, jogando o véu para trás, dizendo: “AUDÁCIA!!! de Jesus!”, o que nos levou a uma enorme gargalhada e a colocação, para sempre, do apelido.
Anás era o outro Paulo, que conhecemos em São Paulo, e que acabou vindo radicar-se no Rio. Por sua fala e jeito, foi associado ao Paulo Caifás, passando então a ser chamado de Paulo Anás.
E não podiam faltar, Guina comentou...
Aí lembrei da “Ângela Cinco Letras”, para não dizer bunda, até porque a palavra era pequena demais para o espaço... 
E do apelido mais bem encaixado de todos, a ponto de nem lembrarem de comentar a origem, como se fizesse parte do nome, quem?... Banzé!
Outro que merece ter a origem lembrada no detalhe (talvez eu possa fazer isso) é o Zuíno, que se chama, não sei se lembram, Carlos Otávio...
E Bandeira acrescentou...
A Ângela cinco letras não era a Ângela burra; a cinco letras era minha vizinha na Rua 13, e a burra era da Rua 5, todo mundo do Universo do IAPI!
Banzé foi a "Turma de Olaria" que colocou, pelo fato de o mesmo se parecer com o simpaticíssimo personagem do Disney, além de ter as  mesmas características, agitado, do personagem.
Zuíno e Zu são derivativos de Jesuíno, personagem do texto do Guarnieri "Eles não usam Black-Tie", que foi encenada pelo grupo de novos que invadiu São Geraldo, ante a ciumeira dos "Cardeais".
Aí, Luiz Cesar esclareceu, para sempre:
Finfa, foi o apelido que Perfeito colocou-me em razão dos fatos, “da malandragem”:
   -  Diz ele, verdade, que existia pelas imediacões da praça das Nações, em Bonsucesso e nela perambulando no dia a dia um mulatoso, novo, magrinho, malandro daqueles bons, morava com a mãe, ali pelo morro do Adeus...  Não queria nada com nada, só malandragem, e tinha o apelido de "FINFA DE BONSUÇA", tipo urubu malandro mesmo, que vivia ali, pedindo aqui, pedindo acolá, armando o tempo todo...
Vai que um dia ele olha pro chão e vê um daqueles gibis antigos, da nossa época, senão me engano Mandrake ... lembram-se?, e que na última página vinha sempre um comercial do INSTITUTO UNIVERSAL que dizia: TENHA UMA PROFISSÃO; QUER  SER  RICO, FAMOSO, TER MIL MULHERES, CARRÕES, ANDAR DE AVIÃO, TER PISCINA, TOMAR DRINKS FASCINANTES, DINHEIRO DE MONTÃO?  (E ISSO TUDO ERA ACRESCIDO DE UMA PAISAGEM/FIGURA, EM QUE APARECIA UM BELO SUJEITO, RODEADO DE MULHERES DE BIQUINI, EM TORNO DE UMA PISCINA COM UM DRINK NA MÃO... ERA ASSIM... UMA FIGURA DE UM  AVIÃO. CARROS... etc...). Tinha uma lista enorme de diversas profissões: Desenhista, Carpinteiro, Bombeiro Encanador, Eletricista, Radialista, Corte e Costura e diversas outras, mas teve uma que chamou a atenção dele, FINFA, foi a de " RÁDIO TÉCNICO - CONSERTO DE RÁDIOS".
Ele olha para um lado, pro outro, e rapidamente recolhe o gibi; vai para um canto, olha o gibi, lê (ele sabia ler, pouco, mais sabia), relê, olha as figuras, as frases, os chamados... rico, famoso, mulheres. Dizia a propaganda: destaque o CUPOM, preencha seu Nome completo, Endereço, envie para Caixa Postal 1234 - São Paulo - SP, coloque no envelope uma ÚNICA TAXA no valor de Cr$....... Aí ele pensou: tô nessa, tô nessa!!! Vai perto de um engraxate amigo dele, conta o achado, pede uns cruzeiros, diz que depois que ficar rico devolve tudo, com muito mais dinheiro. Bom de papo, consegue descolar um trocado, retira a página com a propaganda do I.U., preenche o canhoto/cupom e envia para  São Paulo (os paulistas são bons nisso).
       Ficou apreensivo 3 dias e 3 noites, recebe depois desse tempo a resposta num envelope fechado, endereçado e nominal ele. Bonito, envelope pardo, bem datilografado nome por extenso, endereço, tudo certinho... Ele abre, retira uma APOSTILA AMARELA com o MÓDULO I, de como consertar rádios passo a passo, um CADERNO DE INSTRUÇÃO com todas as orientações para realizar um excelente curso e estar apto a realizar a PROVA FINAL após 12 meses - iria receber mensalmente (1 + 11) novas APOSTILAS/MÓDULOS de cores variadas, com novos conhecimentos de consertos de rádios e assim por  diante, e finalmente receber o diploma de: " "RÁDIO TÉCNICO " ", após "REALIZAR COM SUCESSO A PROVA FINAL", com nota suficiente para passar no curso e estar apto.
 Imediatamente FINFA começou a estudar, estudar, sumiu de Bonsucesso, Praça das Nações nem pensar, estudando... estudando...
Mas, ocorre que o curso foi ficando mais dificil, enfadonho, ter que ler aquele negócio todo, “pô, o pessoal da praça pergunta por mim, nunca tô lá... Pô,  saco!!!"... Seguinte (pensou) : "vou deixar rolar, vou receber apostilas todo mês, o negócio é caprichar na prova final"... Passa mês a mês e chega, após 12 meses completos, todas apostilas religiosamente recebidas, eis que um dia chega um envelope BRANCO, lindo, nome completo FINFA, endereço completo -  por sinal, muito bem DATILOGRAFADO. Aberto o envelope, dizia: "seja honesto consigo mesmo, tenha um futuro brilhante, tenha mulheres, carrões, aviões, dinheiro..., faça a prova FINAL E REMETA-NOS IMEDIATAMENTE, Não COLE das APOSTILAS.
  Finfa foi pro quarto, trancou-se, abriu a prova final, 100 (cem) perguntas, tudo de como consertar um RÁDIO. Pensou, “pô, moleza, to aqui sozinho, ninguém está vendo nada, vou colar tudo DAS APOSTILAS e preencher a prova e mandar pra São Paulo e depois tchan, tchan, tchan, tchan......  receber o DIPLOMA DE RADIO TECNICO...  mole, mole..." 
Tudo feito  conforme pensou. Após uma semana, outro envelope...  Abriu, tava lá - DIPLOMA DE RÁDIO TÉCNICO COM LOUVOR - 1.o LUGAR DO CURSO DE RÁDIO  TÉCNICO DO INSTITUTO UNIVERSAL do ANO DE 1970 (ainda veio uma caixa com ferramentas básicas).
Alugou na Praça das Nações em Bonsucesso, uma lojinha, ao lado daquela sapataria famosa (não lembro o nome), do lado do amigo engraxate... Começou a receber pedidos de montão de conserto de rádios, chegava rádio UM APÓS OUTRO...  
Moral da história: _ NUNCA CONSERTOU UM RÁDIO, ELE FAZIA RÁDIO.
  LUIZ CESAR

Podia ficar por aí, mas Bandeira, não satisfeito, faz ressurgir outro terrível apelido...
Agora, ainda não consegui, até hoje, entender porque me associar ao facínora Mariel Mariscot - "Homem de Ouro" do Esquadrão da Morte da polícia carioca?
Teria eu, alguma característica psicopática identificada pelo grupo?
Só o Perfeito  poderia esclarecer essa questão.
E Finfa, impiedoso, dá o golpe arrasador...
O fato de ser o "CABEÇA MARIEL" foi em função de que o personagem Mariel Mariscot era o nome em evidência naquele momento; e estava também associado ao seu SUPER AZAR, aos teus comportamentos de sempre sacanagens, deboches, encarnação nos outros - veja pelas fotos da época - sempre na sacanagem e MARIEL era o grande "sacana" da época (herói bandido ou bandido herói -  se  lembram ele vestido de DJANGO  -  no Uruguai ou Paraguai  (????))  
Falando em super azar - lembra-se como tu era azarão – você sentado em qualquer banco de praça, outras pessoas em outros bancos, até aí tudo bem  -  mas o PASSARINHO só cagava na tua cabeça  -  você podia mudar de lugar, os outros também, mas o PASSARINHO só cagava nesse CABEÇÃO!!!!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

012 > Achados e sumidos

Não dá pra dizer exatamente até aonde ia (ou não), nem quem esteve (e/ou ainda está) na turma de Olaria...

Destes relembramentos, muitos têm participado ou sabe-se que acompanham. 
E, hoje, é gente de norte a sul (viva a Internet!...): Belém (Bandeira), São Luís (Luiz Cesar), Brasília (Álvaro, Ricardo, Vera), Belo Horizonte (Banzé), Rio de Janeiro (Antonio, Fiore, Gil, Guina, Hermínia, Lídia, Lúcia, Mauricio, Natália, Osvaldo, Paulo 'Anás', Reni, Ronaldo, Vendrami) e São Paulo (Betinha, Carlos), indo até Pres. Prudente (Bonilha).
O moita

Tem também o pessoal que está na lista de e-mails, mas se mantém na moita ou simplesmente não tem tempo ou acha melhor nem lembrar, não se sabe... (Dori, Emílio, Ivani, Perfeito, Vanda).

E os vários que têm sido citados, mas não se tem contato: Augusto, Charles, Cipriano, Derval, Isabel, para ficar nos mais falados.
Sim, cada um sabe de si... Mas, às vezes, não sabe dos outros!
E há os que realmente estão sumidos.
E os que se foram...

Então, ao estilo "rádio do interior", algumas perguntas (e, talvez, respostas) que vão surgindo, antes que se acumulem:
* Bandeira perguntou pela "mãe da saudosa Dri, a sofrida e atormentada Valdir (Maria)" > Reni respondeu;
* Antonio perguntou pelo Charles; 
* Guina perguntou pela Linda > Carlos respondeu;
* Carlos perguntou por Caifás...
* Vendrami perguntou pelo Casé, "não o arquiteto, o da turma" > Guina respondeu; e por Zoé > Vera respondeu;
* Guina perguntou por Isabel;
...

Vejam (e façam) perguntas e respostas nos Comentários.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

003 > Aos que se foram

Adriana, anos 90


Entre muitas alegrias de reencontros (e relembranças) recentes, o incômodo sentimento das perdas... 
Não dá pra deixar pra depois, embora para alguns possa ser, ainda, uma dura notícia...
Tiro por mim: soube apenas 10 dias da (já antiga) morte de Adriana, grande parceira (de todos nós) nas mais vibrantes e integras aventuras!
Faltou coragem, animado com o blog (e aconteceu a outros), de tocar no assunto. Até que a sua ausência dominou a cena (como acontecia quando sorria...) e tornou urgente o registro.
Que trouxe perdas mais antigas... o entusiasmo do Renatão, a suavidade da mulher do Cipriano (que Vera lembrou o nome, Nair), a curiosidade de Caifás, a espontaneidade de Zoé, a maturidade de Kika...
.
Kika, Zoé, Caifás e Renato
Uma forma de informar... 
Mas também de abrir espaço a depoimentos, lembranças e notícias.  
Com eles, presentes, abriremos nossos novos caminhos.  

Quem teria algo mais a dizer?  

terça-feira, 14 de setembro de 2010

002 > Acompanhando Cipriano

Na foto, enviada (e identificada) por Natália, um grupo acompanha Cipriano numa caminhada muito da preguiçosa...
É de um dos encontros na casa da serra de Petrópolis, talvez 1973.

Da esq p/ dir: Natália, Isabel, Derval, Reni, Élida (namorada do Perfeito), depois o próprio Perfeito, Luiz Antonio e Cipriano..


E abaixo outra foto do mesmo lance, sem qualquer tratamento:
Cipriano, Luiz Antonio, Perfeito, Reni à frente, Isabel encoberta, Renato (?), alguém encoberto e Caifás.