É na base da conversa (neste blog, pelo menos) que a gente recupera (ou recria...) a História!
Continua o zunzunzum em torno dos clubes da Zona da Leopoldina, que as atividades sociais e esportivas sempre motivaram – agora nem tanto – a moçada...
Difícil é organizar esta conversaria toda... Só editando as mensagens (só este assunto) e montando uma espécie de diálogo fragmentado, um jeito da gente circular por mais clubes (e outras paradas) da Zona da Leopoldina.
Grêmio Social Paranhos - Google Maps |
Já na fase da turma de Olaria, umas peladas no Grêmio Social Paranhos, quase no morro do Alemão, cujo time disputava campeonato carioca e tudo.
E ainda o Esporte Clube Lígia, um pequenininho, na rua Vitorino do Amaral, pertinho da vila da própria rua Lígia em que morei com a Soninha, num casarão de 2 andares, onde Bandeira protagonizou uma das maiores feijoadas da minha vida!
E, mais tarde, bem depois da turma de Olaria, na virada dos anos 90, até fui sócio do Olaria A. C., quando morei na esquina de Firmino Gameleira e Carlina, com a Regina e filhas. Fui à piscina algumas vezes, vi um jogo ou outro, dei só uma olhada nos bailes. Mas, deles eu não esqueço, provocavam altas crises: quando as garotas entraram na adolescência ninguém mais conseguiu impedi-las de os frequentar... Uma delas até fugiu de casa para ir ao baile num domingo à noite!... [Guina]
Olaria. Ponto de caça do meu irmão Pedro. A gente ia escondido, porque meu pai achava que o clube não era para rebentos de famílias de bem. Ele preferia que frequentássemos o Social Ramos Clube. [Carlos]
O Social Ramos Clube, que hoje tenta recuperar um pouco dos dias de glória (veja o vídeo na matéria do jornal Extra). [Guina]
Social Ramos Clube - Google Maps, 2009 |
E o Cortume Carioca Social Clube, localizado na Rua Montevidéo, na Penha, em uma época que o grandioso Cortume Carioca dominava a paisagem industrial da velha Penha?
Inclusive me lembrei que essa mesma Rua Montevidéo, face a vizinhança do Cortume, tinha dezenas de fábricas de calçados e lojas de revenda, que eram o "point" do Rio, em termos de lançamentos de calçados e venda a preços de fábrica. Toda a Leopoldina e grande parte do Rio de Janeiro ia à rua Montevidéo para comprar calçados a preços convidativos. Aos sábados a rua Montevidéo fervilhava, além da gloriosa feira livre que até hoje ali funciona. [Bandeira]
Inclusive me lembrei que essa mesma Rua Montevidéo, face a vizinhança do Cortume, tinha dezenas de fábricas de calçados e lojas de revenda, que eram o "point" do Rio, em termos de lançamentos de calçados e venda a preços de fábrica. Toda a Leopoldina e grande parte do Rio de Janeiro ia à rua Montevidéo para comprar calçados a preços convidativos. Aos sábados a rua Montevidéo fervilhava, além da gloriosa feira livre que até hoje ali funciona. [Bandeira]
Cortume Carioca Social Clube - Google Maps, 2009 |
Quanto ao Cortume, na verdade, o endereço que achei (esse aí da foto) é da Rua Conde de Agrolongo nº 959. No portão, anunciam Equipe Storm Combat e aulas de judô, e há uma placa da prefeitura oferecendo ginástica para a 3a idade. [Guina]
Glorioso não era o CCSC, o clube, que sempre foi assim mesmo, esmirradinho, bem ao contrário do GREIP, Olaria A. C., Bonsucesso F.C., Social Ramos Clube (onde fomos a um baile após a apresentação de "Morte e Vida Severina", lembras?) mas sim o Cortume Carioca S. A., hoje um cemitério, com suas quadras inteiras em completo abandono. [Bandeira]
Carlão, tinha o Clube Jacurutã... na rua Jacurutã... certo? Tinha aquele Clube da Boiada, que Da. Arlete (da Rua 10) comandava com o marido dela – tinha o Baile das Flores. Tinha o Onze Estrelas em Ramos, o Social Ramos Clube do outro lado e o do lado de cá, qual era? [Luiz Cesar]
O Clube da Boiada (Olaria) era o Coringa, está lá até hoje, na rua Cmte. Vergueiro da Cruz. Dancei no Lígia em Ramos, este na rua Lígia, e tinham um senhor time de futebol de salão.
Esporte Clube Lígia - Google Maps |
O Clube dos "Coroas" em Ramos, bailes nos finais de semana. O nome quem souber, ajude a lembrar. Clube dos Taifeiros – em Bonsucesso, atrás da SUAM, bailes memoráveis, galera dançante, grandes conjuntos musicais, "Devaneios", "Peter Thomas", Banda do Bebeto, Brasil Show (maravilhosos), Banda "Charme", "Copa 7", "Lafayete", torneio de dança de salão, tudo antes do Circo Voador, do nosso querido Perfeito. Na Zona da Leopoldina, os bailes de finais de semana eram concorridos, maravilhosos, até nas roupas a rapaziada se esmerava, eram sapatos do Motinha, do Meu Tio, feitos à mão, por verdadeiros artesãos, roupas feitas, confeccionadas em costureiras, camisas finas, e a "noite era uma criança". Os perfumes Artimatic (argentino), Lancaster (quem não usou??), Atkinsons, seria Glostora nos cabelo???...... Que tal Gumex??????..... Ou Óleo de Bourbon (Rsssss, sou antigo). Corte de cabelo ou "Principe Danilo” ou "Cadete", gente, tá "navegando"????..... Meninos eu vi, e essa era a nossa Leopoldina. Carlos Alberto (Finfa’s Brother). [Carlos Alberto]
Carlão, vejo que o Coringa ainda existe. Deste eu me lembrava pq ficava no meu caminho preferido para ir ao IAPI. Por ali morou também o Bonilha, como já contou há um tempo atrás. [Guina]
Carlão!
Flanavas em todos os universos! No caso, os pequenos clubes socais, periféricos, dentro de cada bairro da Leopoldina.
Sem falar nas famosas gafieiras, Vaz lobo, Madureira, Cascadura etc, dos anos 30/40/50 do século passado, que não chegamos a frequentar, mas das quais ouvia muitas estórias. [Bandeira]
A lembrar a todos, um dos fatos relevantes da década de 60, na Leopoldina, o grande Parque Aquático do Olaria, que revolucionaria toda a população, e a lembrar a figura do grande Álvaro da Costa Mello, que tornou possível todo esse sonho. Com certeza, outros da TO saberão contar em detalhes e fotos essa história de arrojo do nosso querido Olaria (OAC). [Carlos Alberto]
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Quanto ao Olaria, além dos remos, outra pergunta: algum dia fizeram jus ao "Atlético" do nome?...
Nunca ouvi falar de um atleta olariense (de corrida, salto etc)...
[Guina]
Nunca ouvi falar de um atleta olariense (de corrida, salto etc)...
[Guina]
Quase todos os clubes sociais, de grande ou pequeno porte, tinham suas mais diversas equipes de atletas, que participavam das inúmeras competições públicas, que eram promovidas desde a era getulista.
Lembro-me, na minha infância, as inúmeras jornadas de corridas a-pé, de bicicleta, seus garbosos atletas, cujas organizações escolhiam as ladeiras e ruas do IAPI, por conta da impecabilidade de suas pistas em alvenaria de altíssimo nível!
Devem existir registros de imagens dessa época. [Band.]
Lembro-me, na minha infância, as inúmeras jornadas de corridas a-pé, de bicicleta, seus garbosos atletas, cujas organizações escolhiam as ladeiras e ruas do IAPI, por conta da impecabilidade de suas pistas em alvenaria de altíssimo nível!
Devem existir registros de imagens dessa época. [Band.]
Posso garantir que corridas disputadas, rally em duas rodas (cycles), havia na Rua Angélica Motta, a Estrela Motos, gente que mexia com motos e, creio, bicicletas. A Estrela Motos era uma das maiores oficinas da época áurea das motos - corridas e bicicletas. Se algum de nós da TO conheceu o dono, ou donos da Estrela (encravada em Olaria), de lá provavelmente sairão histórias destas corridas do circuito da Leopoldina, que incluía o IAPI "novinho em folha", com piso em concreto, conforme nosso Bandeira relata abaixo [Carlos Alberto Campos]
E, de volta à TO, não podemos deixar de lembrar do Mello Tênis Clube, que é meio fora da área mas deixou marcas na nossa história. Recuperei dos arquivos este relato do Bandeira e a resposta da Verinha...
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Lembrem-se dos convites que recebemos, após a apresentação de "Morte e Vida Severina" na sede do Melo Tênis Clube, para um baile no mesmo, todos vestidos de traje passeio-completo, SENSACIONAL!
Aliás, nessa noite do baile, quando nos encontramos já prontos para ir ao mesmo, a maioria com ternos emprestados de cunhados (meu caso) e de outros, lembro-me muito bem de uma das "Maldades" que eram praticadas, uma delas protagonizada por Carlos Dé e Paulinho Caifáz, esse uma cobra venenosa: Dé apareceu "Linda" de terno, acompanhado da eternamente orgulhosa de seu parceiro, Kika, e no meio daquela algazarra, lá no porão da igreja, Caifáz disse a seguinte "Maldade": "Dé é o próprio PAVÃO” – bonito na parte de cima, mas ao olharmos para os pés, dava para perceber que usava um par de meias de cores muito estranhas, que contrastavam com a sobriedade de seu traje.
Mello Tênis Clube, salão de baile - do vídeo do site |
Isso é que era "Maldade", das mais bravas, derrubada, díriamos hoje, prática à qual poucos escapavam naquele maravilhoso grupo.
Saudades e abraços para todos, inclusive aqueles que já viraram "Fumaça Colorida" ou "Purpurina", e estão a navegar no universo.
Luiz Antônio Bandeira.
Luiz Antonio,
Sua memória é 1000!!!!!
Lembrei do Baile do Mello!!!
Foi genial!!
Lembro que fui com o Zé Manoel!!! Lembra dele?
Ele passou lá em casa primeiro, e conversando com meu pai, Sr. Darcy, degustou quase todo o vinho que este tinha fabricado artesanalmente, com a desculpa de que era português, e apreciava o mesmo!!!!
Lembranças!!! Vale a pena recordar!!! Você tem razão!!!
Guina, não reclama e trate de incrementar o blog!
Beijos,
Vera
5 comentários:
Guina, o Olaria tinha atleta sim. Um deles, que a gente pouco lembra porque foi devidamente sabotado pelos cartolas. Ele foi um dos meus ídolos dos anos 60. Porque? Simples. Ele, revelado no Olaria, foi o primeiro jogador brasileiro de futebol e um dos poucos, a ter passe livre. Ou seja, comprou o próprio passe. Seu nome: AFONSINHO!
O trecho que v. colocou no blog como se fosse Bandeira falando, era eu, que após responder a uma pergunta do Cabeça se, como moradora de Ramos eu cheguei a andar nos lotações de sete passageiros que iam da Praia de Ramos à Olaria, e eu disse que ia, sim, ao cinema de teto estrelado, agradecia ao Carlão, que lembrou o nome do cinema, inclusive dos filmes em série e da Farmácia, onde o farmacêutico, double de médico, recomendava remédios toda vez (que não eram poucas) que meu irmão se acidentava. As conversas, carregadas de recordações estão ficando cada vez mais animadas, vão acabar dando um livro (ou filme, já que o assunto é cinema).
Carlos, a lembrança é boa, mas eu não me referia a jogador de futebol...
Lídia, tá corrigido!
É que fui passando todas as msgs para o Word e depois, na hora de separar, me confundi.
Ficou até melhor!
Aquela Cabeça ocupa muito espaço...
Também não podemos esquecer do clube social 18 de julho na Major Rego em Olaria. O forte do clube além do futebol de salão era os seus bailes de carnaval que era tão esperado pela galera do bairro.
Vc esqueceu de lembrar que o Curtume carioca já teve a melhor quadra da Leopoldina e recebia o campeonato das empresas mais fuderoso da época ,alem de já ter sido um teatro e um cinema (assistí alguns filmes lá ) era muito frequentado e disputado , hoje em dia é uma sombra morta do que já foi no passado ,abandonado praticamente as traças reflexo de más administrações ,descasos e prindipalmente com a morte da Fábrica do Curtume.
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