sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

080 > As casas das pessoas

A nossa Voyage Phitorèsque e Sentimental à Leopoldina:
teve muito outros lances, difícil é conseguir tempo para contar...
Então, aí vai outro aspecto daquele passado que fomos reencontrando,
eu, Guina, em azul, e Bandeira, em verde.
E mais um precioso depoimento do camarada Osvaldo...


Muitas das antigas casas das pessoas da turma de Olaria, já apareceram neste blog em fotos daquela época: a da Linda, a bela “Lagoa”, que virou igreja Messiânica na Silva e Sousa; a de Nata e Dê, na Eleutério Mota, os apartamentos do IAPI da Penha, e nem me lembro mais quais e quantas outras...
Desta vez, para não perder a viagem, registramos algumas, enquanto andávamos de Ramos a Olaria...



Casa da Kika
Uma delas era a quase imperceptível casa da Kika, na Leopoldina Rego, entre a estação e a igreja São Geraldo. Da casa mesmo só se via, da rua, a mínima entrada do corredor (hoje uma porta azul), ao lado da loja de sua mãe, D. Noêmia.

E continua praticamente tudo igual. Ou quase... Na verdade, é uma loja fechada, em um prédio (até que nem tão) decadente, como muitos outros do bairro. Basta ver que (o último estabelecimento deve ter sido uma oficina) nem mais respeitam a placa de “não estacione”...

[clique nas fotos para ampliar]

Virando a esquina da São Geraldo, andando um quarteirão... 

Casa do Carlos
...a vetusta residência da família Soares Freire de Rivorêdo, na velha rua Antonio Rêgo, aquela que atravessa a linha do trem e prossegue do outro lado, até o Alemão!
Nela assistimos Carlos (Dé) ensaiar espetáculos, descendo triunfalmente as escadas do 2º pavimento, coreografando "Os Olhos Verdes da Mulata"!
Insistia o mesmo, à contragosto de Dª Zuca, sua mãe, em levar-nos às festas que lá se realizavam. Numa delas, no meio daquela bagunça que aprontávamos, Dª Zuca ouviu-nos chamar o Zuino de "Zuca", uma das variantes de seus apelidos. Ficou indignada, comentando: "Eles [nós] colocaram o meu apelido naquele...”
Pano Rápido!

Pizzaria da Natália


Apartamento do Guina e da Vanda
Seguindo por ali, passamos pela lojinha onde a Natália inventou uma pizzaria, lá pelo início dos anos 80, na rua Paulo de Andrade (que não é o Banzé, não!) e chegamos ao trecho final da rua Noêmia Nunes (que não é a mãe da Kika, não!), para que eu reencontrasse o apartamento em que vivia naquela época. 
Foi quando morávamos ali que eu e minha irmã Vanda começamos a conviver com a turma de Olaria. Dali, eu saí para Inhaúma, fui viver com a Soninha, enquanto ela casava com o cunhado Dori e foram morar em Bonsucesso.
Lugar onde era a "casa de boneca"...
O prédio é mais um trecho do passado que se mantém, exceto pelo acréscimo deste toldo esquisito, mas necessário, justamente no apartamento em que moramos. 



Viramos na rua Eleutério Mota e procuramos (mas não achamos!) a “casinha de boneca” onde Derval e Natália foram viver, já na lua de mel, e se tornou um grande “antro” de convívio do pessoal da turma. Hoje, é um prédio estranho, parece uma fortaleza, fiquei até preocupado em fotografar...


Casa do Ronaldo



Bandeira ficou devendo mais detalhes, mas, ocupado que esteve em evitar que o estado do Pará fosse esquartejado, o texto continuo meu, mesmo sem muito conhecimento de causa...

Então, circulando, em outro trecho da Noêmia Nunes, no quarteirão próximo à surrealista praça das Cinco Bocas, a casa em que vivia o Ronaldo. Sinceramente, não lembro se a fachada tinha exatamente estes azulejos estriados. Lembro de ter ido lá apenas uma vez, e entrado pelo portão lateral.


Casa do Osvaldo


Mas, este já era o trecho final da caminhada...
Na verdade, a primeira que procuramos rever, ainda quando andávamos por Ramos, na rua Diomedes Trota (que vai da rua Uranos ao largo do Morro do Alemão), foi a casa “ancestral” do camarada Osvaldo. E é ele mesmo quem nos conta sobre ela, depois que lhe mandei a foto...

             Obrigado pelo carinho! Sim, esta foi a casa em que morei na época da Turma de Olaria. Aí fiz minha Faculdade de Medicina com muito esforço, sem grana (graças a Deus consegui vaga em uma Universidade pública - UERJ). Desde o 2º ano da Faculdade dava aulas em cursinhos para me manter, ia de trem às aulas, mamãe fazia minhas camisas (como ela costurava mal!). Papai era funcionário público, professor de música e ficou em disponibilidade recebendo apenas 50% de seu salário (a ditadura achava inútil "professor de música"!). Foi uma época de medos e incertezas, um clima pesado na faculdade, gente sumindo...

                                           Sobrevivi! Meu oásis era encontrar a Turma de Olaria...

                                                                          Osvaldo

E vamos em frente!...

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