quinta-feira, 2 de agosto de 2012

095 > O Fradim do Banzé


E de repente, do meio das conversas, ressurge um personagem que, à época, ninguém fazia questão de encontrar, mas de que hoje é ótimo lembrar: o Fradim, aquele baixinho politicamente incorreto, criação do Henfil, sempre atazanando os bonzinhos do mundo. Aqui, na versão da nossa turma, encarnado, com propriedade, estilo e prazer, pelo nosso Paulinho Banzé.
Abaixo, trecho de mensagem do próprio, que, chateado com o papo que rolava nos e-mails, lembrou pequeno exemplo de seus memoráveis momentos de Fradim...

Pôrra, que melação de vocês dois. Fizeram baixar o espírito do Fradim, em mim. Aliás, isso me lembrou que eu constantemente era atacado por este espírito. Uma vez, junto com Luiz Antônio,  Emílio e outro que não lembro, estávamos caminhando pelas ruas de Olaria quando encontramos uma borboleta presa numa poça d’água. Cabeça, com seu espírito de compaixão e sonhador, apressou-se em salvar a coitada que se debatia sem conseguir se livrar daquele que seria o seu fim. Esperamos calmamente o Luiz salvar a borboleta e que ela desse sinais de recuperação. Quando isto aconteceu e a borboleta bateu as asas para alçar vôo, o Fradim Banzé apareceu e pisou na pobre coitada, matando-a e deixando aparvalhado e sem palavras nosso querido Luiz Antônio, que não teve reação, apenas abriu a boca e ficou a me olhar estupefato. Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, Quás, ...,
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, rimos demais da cara do Cabeça.
Lembranças de um tempo que passou.
        Banzé

Para não pensarem que eram apenas casos de surtos repentinos, o depoimento de Lídia Vestes, do tempo em que andava distraída, procurando sabe-se-lá-o-quê nos astros...

Eu tenho também um episódio para narrar, a respeito daquele que, depois de tanto tempo sem dar as caras, eu julgava exorcizado da alma de Banzé: mais ou menos em 1986, quando os astrólogos prometeram e juraram que veríamos nos céus do Brasil a passagem do Cometa Halley. O período coincidiu em minha vida com o que eu julgava ser um complô cósmico contra mim, e o cenário à minha volta era de chuvas e trovoadas. Achei que, por um tipo de compensação,  era o momento de viver um sonho lindo; que poderia olhar para o alto e assistir de graça - detalhe da maior relevância e que fazia toda a diferença   – a um espetáculo inesquecível.  Esperando por este dia, fiz vigília, comprei a camiseta que dava as boas vindas ao cometa e, como todos os que acreditaram, esperei, esperei e esperei.
Até que uma tarde de sábado – já quase se esgotando a data limite para avistar o fenômeno, eis que surge em minha casa  o “Fradim”  materializado na pessoa de Banzé, acompanhado por Vendrami (mero coadjuvante, que não tinha sequer noção do que se passava) e Derval (creio que vi uma certa cumplicidade na dupla), jurando que soubera que dentro de instantes o cometa seria visível da varanda de minha casa, motivo da sua presença  naquele lugar privilegiado.
Paulinho Banzé
Barra do Piraí,
Abril / 1972

Vibrei de emoção; coloquei a camisa que marcava o acontecimento e me posicionei; cheguei a juntar as crianças (para o mico ser maior). Cheia de emoção e com um restinho de esperança, custei a perceber que aquela risadinha do nosso “amigo” denunciava alguma armação. Quando perguntei a ele se por acaso estaria me sacaneando, ele respondeu: “Ah! Não vai dizer que não está vendo o Halley...”. É que, muito solidário com minha expectativa, ele havia colocado no meio da folhagem do meu jardim um retrato do Halley que – bondosamente, é claro, ajudara a colorir.
Bandeira, não foi só a tua brabuleta (não é o que muitos podem pensar!!!!) que ele feriu de morte; meu orgulho de ser dona da filial do planetário, também. Vai ver ele acha lindão sacanear os outros.  Mas Deus tá vendo e anotando!

Curioso é que (interpretação minha, podem discordar...), enquanto Paulinho fazia de tudo para botar pra fora seu lado sádico e malvado, nós víamos nele a figura gracinha, simpatiquinha, daquele cachorrinho amoroso (mas esperto e bagunceiro), uns dos filhotes da Dama e do Vagabundo...

Quem conta outras?
Eu não lembro de história nenhuma, talvez porque me cuidava e saía de perto...

Aliás, faltavam fotos do Banzé, da época, neste blog, mas a Verinha lembrou que tinha esta... 

13 comentários:

Vera disse...

BANZE, TU NÃO PRESTA MESMO!!!!!!!!!!!!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
BJS,
VERINHA

Bandeira disse...

Querido Banzé, O Escroto! (como falam os paraenses!)
Essas nossas verdadeiras crônica memoriais, como essa do martírio de uma borboleta, devem ser arquivadas para integrarem um volumoso livro de memórias que num futuro muito próximo teremos que editar.
Muitos beijos,
Luiz Antônio.

Guina Araújo Ramos disse...

Ei, cambada,
gostei deste tema, o espírito do Fradim, marca registrada do Banzé!
Lembro bem do seu sorriso sardônico, e ainda mais do olhar, um perigo...
Já estou pensando numa postagem no blog!
Contem mais, lembrem outros lances, que publico.
Valendo?
Bjs e abs,
Guina

Paulinho Banzé disse...

Cara você botou a história no ar. Os ambientalistas de plantão vâo me processar, cacete! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Agora, aquela visão “viadesca” do cachorrinho da Disney é sacanagem!!!!

bjos.
Banzé

Vera disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKK,

REALMENTE GUINA, VC PEGOU PESADO COM O CACHORINHO DA DISNEY!!!!!!!!!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

BANZE!!!!!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

BJS,
A TODOS!!!

Guina Araújo Ramos disse...

Realmente, o filhote do Disney não merecia virar Fradim, hehehe...
E olha que o pessoal aí deve ter muito mais histórias para contar!
A foto, ninguém tem?
Banzé, manda aí!
Abs,
Guina

Vera disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Paulinho Banzé disse...

Guina,
por incrível que pareça eu não tenho fotos desta época. Quem gostava de tirar fotografia era o Derval e a Vera. Tirei algumas fotos em Itaipava num retiro que fizemos uma vez, mas não sei por onde andam estas fotos. Acho que perdi. Quanto as histórias são apenas lampejos de lucidez de algum momento que deixou marca e/ou saudade. Eles vêm, aparecem de vez em quando aí nos escrevemos.
Abraços.
Banzé

Vera disse...

Oi, turma!!!
Boa tarde!!!!

O Derval e o Renato tb tiravam muitas fotos!!!!

Mas, eu mandei pro Guina uma foto de barra do Pirai, que tem o Banze, e foi na epoca que ele acordava a todos de manhã bem cedinho com a famoza bandinha, cantando uma linda musiquinha da LIMONADA!!!! kkkkkkkkkkkkk

Beijos pra todos!!!
Verinha

Guina Araújo Ramos disse...

Boa, Verinha!
Fui catar e vc tinha toda razão: lá estava ele, no meio do grupo, numa foto que já foi publicada, não sei mais aonde...
Tá indo pro blog,
bjs,
Guina

Vendrami disse...

Banzé, hoje você um respeitável senhor, por sinal, vivendo em terras mineiras, orientando casais cristãos. Como se pode conceber que tiveste um passado de práticas de tão refinada crueldade. O episódio da brabuleta me corta o coração. E ludibriar a boa fé de nossa amiga Lídia é absolutamente imperdoável.

Lídia Vestes disse...

Limonadinha amarga, para quem ia dormir lá pela madruga e acordava com aquela "sensível" musiquinha.

Paulinho Banzé disse...

Cara que coisa mais incrível: como eu era magro!!!! e sorridente. Continuo feio do mesmo jeito. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ...
Obrigado Vera.