segunda-feira, 10 de junho de 2013

101 > O candidato (a memorialista)

Tudo começou quando lancei nosso candidato à sucessão do Papa Bento XVI...
(...) E, cá entre nós, se ele, por acaso, estiver procurando emprego, tenho a sugestão perfeita.
Lanço a candidatura: Bandeira para Papa!
[Bandeira, é pegar ou largar! Pegue!... E depois largue...]
Nosso abraço, com fé,
Guina

Lídia Vestes apoiou: Papa Bandeira! Papemos o Bandeira!!!
Ronaldo desdenhou do cargo: Você ser Papa só tem um problema. O vestuário é muito pobre. É melhor ser Cardeal com todas aquelas roupas multicoloridas.

E, afinal, o próprio Bandeira assumiu: Achei D E M A I S a sugestão de ocupar a vaga de Benedita XVI, a germânica, especialmente após o estágio que fiz lá em Piraí, lembra-se?, quando fui conduzido numa charrete devidamente caracterizado como bispo.
Por falar na germânica, que perigosa, não? Vai continuar como rainha lá em Castelgandolfo, manobrando todas as outras na corte romana como marionetes!

E exagerou...
Desfile modesto do cardeal Ranjith, do Sri Lanka: inspiração?
Quanto à minha assunção ao papado, que parece unanimidade, só o farei com a condição de ser coroado com aquela tríplice tiara e ser carregado naquele trono, por musculosos escravos africanos, sendo açoitados, no entorno do Coliseu! DEMAIS!

Todo este papo (de Papa) aconteceu em Fevereiro, por e-mail, na época do aniversário do Bandeira e da sucessão papal.
Pois, eis que agora no início de Junho, quem reaparece de repente, responde a estes e-mails antigos e colabora para a memória da turma?... O inefável Casé!

Na passagem do ano, já se manifestara, em alto nível:
Honorável Guina,
envia pra honorável turma os nossos votos de feliz 2013.
Lembrando a poetisa Ana Carvalho: "A vida é uma dádiva e cada instante é uma benção."
Grande axé,
Ana e Kazé.
[É de se supor que as duas Ana sejam a mesma...]

Então, desta vez, primeiro o Casé avisou:  
SuperBandeira,
nunca é tarde para dar parabéns, como nunca é tarde para envelhecer. Como eu tenho uma expectativa de vida muito grande, levo meses para abrir minha conta de e-mail. Mas creio que não há problema. Estou seguindo o seu exemplo, envelhecendo também. E (pra você ver que fanático), com 5 anos de diferença na idade e 5 dias de diferença no aniversário, estou chegando naquela fase da vida em que começamos a gostar de contar histórias. Vou escrever pro Guina com uma historinha (verídica) que dá testemunho de meu apoio incondicional à vossa candidatura papal (pa-pau, em português do Brasil), durante o estágio triunfal em Barra do Pirai.
Grandes parabéns!!
 Kazé

[Notaram o detalhe da criatividade na assinatura?... Será que está lançando uma nova grife?...]
E depois veio ele, em outro e-mail, com a historinha, deliciosa (se me permitem opinar):
No destaque, Bandeira desfilando em Barra do Piraí
Honorável Guina,
você acertou em cheio. Estou chegando na idade em que as pessoas contam histórias e a noticia do aniversario do Bandeira irrompeu como um clarim (acompanhado de bumbo, tamborim, lata de óleo de soja e outros instrumentos musicais típicos) na alvorada da recordação. Quero, pois, apresentar um mini-conto que dá, outrossim, um testemunho de minha participação efetiva e meu apoio incondicional à candidatura de Revmo. Bandeira ao papado.
Eram lá pelas dezoito horas e alguns minutos da noite do primeiro dia da semana que passávamos em Barra do Pirai, quando, de dentro do quarto monástico em que me instalei como hóspede, percebi que minha cueca havia sumido. Claro, a sunga de banho a substituiria para efeito de jantar e outros eventos sociais. No entanto, a semana transcorreu na mais perfeita ordem (e progresso), com poucos contratempos, como briga no campo de futebol, com ameaças de troca de tiros, camas desmontadas sabotagisticamente, que faziam as pessoas sentirem desconforto por alguns instantes, mas nada de anormal. Bom, como se trata de um mini-conto, perdemos necessariamente alguns detalhes.
Qual não foi a minha surpresa ao ver, no último dia de nosso triunfal retiro espiritual, a merecida homenagem ao Revmo. Bandeira, que seria nomeado papa João XXIV, em grande performance, desenvoltura e evolução, a riqueza das alegorias, a bateria afinadíssima, com todas as latas de óleo de cozinha que emanaram das refeições, a graça e plasticidade das porta-bandeiras e, finalmente... finalmente a minha cueca reapareceu, no alto do mais garboso cabo-de-vassoura, no estandarte papal.
Nossos votos de uma feliz candidatura.

Viva la Bandara!!!

Votos atrasados, infelizmente, ainda não foi desta vez... 
Ora, haverá, com certeza, profundas conexões simbólicas em todos estes eventos e anseios, só não faço a menor ideia de quais sejam: alguém aí se arrisca?...
Mas, tudo bem... Muito mais importante do que lamentar uma candidatura perdida é apreciar o desabrochar (epa!) de mais um memorialista dos inolvidáveis tempos da turma de Olaria.

3 comentários:

José Fernando de Melo Bonilha disse...

A pergunta que não quer calar: ONDE SE ESCONDEU O BANDEIRA?

PROCURA-SE!

Unknown disse...

Outubro de 2021: égua, quanto tempo se passou! Estou eu aqui, prestes a me estabelecer em Nova Friburgo, a caminho dis 73 anos. Super(rebelde, apelido que o Guina ganhou da TO), sensacional a idéia de reabilitar o Blog da Turma de Olaria.

Guina Araújo Ramos disse...

Recuperando um diálogo de 10/06/2013:
"Vossa Bandeiredíssima,
estou postando a história que o Casé mandou e, para dar um molho, fui pegar nossas conversas relacionadas.
Daí, por precaução, passo primeiro para vc o link, que é para vc dar uma conferida no que reproduzo e liberar (ou não) as suas, antes de mais nada, divertidíssimas palavras.
Diga aí, corto alguma coisa? Ou libero tudo?
Assim que vc responder espalho geral o link.
Bj~,
Guina
--
SUPER!
LIBEROU GERAL!
Bota pra quebrar! T U D O !
Será que "A Germânica", lá do seu exílio dourado, vai ressuscitar a Santa Inquisição na tentativa de enviar-me à fogueira?
Ainda mais nesses tempos de espionagem virtual!
Baijão,
Band.