Por exemplo, o antológico encontro de Angra dos Reis na Semana Santa de 1971 [pô, eu não fui!...], já citado em 008 > Angra dos Reis, Páscoa de 1971 (agora com nova redação, ainda à espera de identificação de personagens, vejam lá...).
Nos comentários a esta postagem, Luiz Cesar faz uma peroração (epa!) a favor de um relato detalhado (diria mesmo, insidioso...) dos acontecimentos.
Pois não é que um dos nossos maiores memorialistas, Luiz Antonio Bandeira, diretamente de seu exílio dourado nos altos badalos de Belém, se dispõe a contar tintim por tintim, para nosso deleite, tudo que aconteceu naquele histórico "retiro espirituoso"?!...
Aguardando comentários adiposos (mas focados, por favor...), com vocês, a série
A Orgia de Angra
Capítulo I
Semana Santa de 1971.
Após obtermos autorização do Bispo de Volta Redonda, o militante D. Valdir Calheiros, para ocuparmos a casa do seminário, em paradisíaca praia particular em Angra dos Reis, para realização de "retiro espiritual" (com roteiro de reuniões, leituras, reflexão, orações, celebração de missa e tudo mais, e que foi apresentado ao Bispo), iniciamos o planejamento daquela que foi uma das mais incríveis revoadas da Turma de Olaria, a essa altura já consorciada com a galera do IFCS.
Fez-se um orçamento das despesas coletivas com as 03 refeições que seriam preparadas em cada dia, a partir de um cardápio básico elaborado pelos mais experientes em assuntos de cozinha, cada um ficando líder de uma equipe de auxiliares, que em cada um dos 04 dias, prepararia as refeições (café da manhã requintado, com ovos fritos e lingüiça, etc, almoço e jantar) lavar louças e panelas e arrumar tudo, tendo sido realizado sorteio de escala de cada uma das equipes para cada dia de permanência (êta baita organização!).
Cardápio elaborado, orçamento estimativo concluído e coletada a contribuição de cada um, partiu-se para as compras de super mercado, no fusca de Biba, que também transportaria panelas, louças e demais apetrechos, devidamente pilotado por Biba.
No dia do deslocamento, todos se dirigiram para a Rodoviária Novo Rio, para seguir viagem de ônibus para Angra, enquanto as motorizadas, abastecido o fusca, dirigiram-se para a Vigor, indústria de laticínios, e não para a CCPL, onde trabalhava o Sr. Charles, pai do Charles filho, que prometera uma doação de iogurtes para o evento.
Chegando à porta da Vigor, devidamente paramentadas com túnicas, correntes no pescoço, anéis, pulseiras, tamanquinhos nos pés, bateu-se à porta da indústria, sem despertar "nenhum" estupor nos funcionários, que atônitos, queriam saber o que aquelas duas bichas pintosíssimas queriam, já irritadas pela demora no atendimento, peitando os guardas com as mãos nas cadeiras, alegando intimidades com o Sr. Charles, que os guardas recusavam-se a acreditar.
Eis que depois de muita discussão aparece na portaria, muito envergonhado, um Sr. Charles, por coincidência também funcionário da Vigor (como o outro da CCPL), quando as duas botaram as mãos na boca e gritaram: NÂO É ESSE o Sr. CHARLES QUE PROCURAMOS!!!!!
Tarde demais, para o desolado Sr. Charles da Vigor, que se ainda existir deve carregar consigo o trauma do vexame passado, vítima de bulling por parte de toda a fábrica Vigor, pelo resto de sua existência funcional naquele estabelecimento fabril.
Semana Santa de 1971.
Após obtermos autorização do Bispo de Volta Redonda, o militante D. Valdir Calheiros, para ocuparmos a casa do seminário, em paradisíaca praia particular em Angra dos Reis, para realização de "retiro espiritual" (com roteiro de reuniões, leituras, reflexão, orações, celebração de missa e tudo mais, e que foi apresentado ao Bispo), iniciamos o planejamento daquela que foi uma das mais incríveis revoadas da Turma de Olaria, a essa altura já consorciada com a galera do IFCS.
Fez-se um orçamento das despesas coletivas com as 03 refeições que seriam preparadas em cada dia, a partir de um cardápio básico elaborado pelos mais experientes em assuntos de cozinha, cada um ficando líder de uma equipe de auxiliares, que em cada um dos 04 dias, prepararia as refeições (café da manhã requintado, com ovos fritos e lingüiça, etc, almoço e jantar) lavar louças e panelas e arrumar tudo, tendo sido realizado sorteio de escala de cada uma das equipes para cada dia de permanência (êta baita organização!).
Cardápio elaborado, orçamento estimativo concluído e coletada a contribuição de cada um, partiu-se para as compras de super mercado, no fusca de Biba, que também transportaria panelas, louças e demais apetrechos, devidamente pilotado por Biba.
Biba |
Chegando à porta da Vigor, devidamente paramentadas com túnicas, correntes no pescoço, anéis, pulseiras, tamanquinhos nos pés, bateu-se à porta da indústria, sem despertar "nenhum" estupor nos funcionários, que atônitos, queriam saber o que aquelas duas bichas pintosíssimas queriam, já irritadas pela demora no atendimento, peitando os guardas com as mãos nas cadeiras, alegando intimidades com o Sr. Charles, que os guardas recusavam-se a acreditar.
Eis que depois de muita discussão aparece na portaria, muito envergonhado, um Sr. Charles, por coincidência também funcionário da Vigor (como o outro da CCPL), quando as duas botaram as mãos na boca e gritaram: NÂO É ESSE o Sr. CHARLES QUE PROCURAMOS!!!!!
Tarde demais, para o desolado Sr. Charles da Vigor, que se ainda existir deve carregar consigo o trauma do vexame passado, vítima de bulling por parte de toda a fábrica Vigor, pelo resto de sua existência funcional naquele estabelecimento fabril.
Bandeira.
2 comentários:
Luiz Antonio, Genial !!!!!
Sua memoria e fantastica!!!!
Foi realmente assim que aconteceu!!!
Bjs
Verinha
Obs Mas, com esta memoria vc tem que narrar toda a viagem.O Luiz Cesar tem razão, nada pode ser dito antes do seu relato!!!
Comentário recuperado em e-mail de 30/09/2010:
Super,
para tornar mais "tsunâmica" a descrição da "Orgia de Angra", help-me:
Não consigo me recordar do enredo, nenhum detalhe, da encenação de sexta-feira da Paixão, a não ser o título: " A curra de Cristo - Uma peça sacrânica".
Agora, os detalhes do Baile de Aleluia e seu sensacional Concurso de Fantasias, descrição dos preparativos, fofocas que rolavam, rivalidades, derrubadas, confecção secreta das fantasias (e suas equipes), composição do Júri, brigas - inevitáveis - por causa do resultado, e até mesmo aquela procedente reação das meninas àquela viadagem predominante, que encenaram uma belíssima representação de conteúdo espiritual ou de recolhimento e reflexão, e muiiiito mais... isso eu vou contar!
AGUARDE!!!!
Bjs,
Band, O Bad.
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