sábado, 25 de setembro de 2010

008 > Angra dos Reis, Carnaval de 1971

Desfilando em grande estilo, Natália poderia ter sido forte candidata ao título de “Certinha de Olaria”, caso tivesse sido disputado (não fui, mas imagino que pelo menos isto não aconteceu...) neste famoso “retiro espirituoso” do feriadão do Carnaval de 1971, em Angra dos Reis. 


Ao alto da escada, o casal de pombinhos Hermínia e Gil (qual era mesmo o apelido deles?...); logo abaixo, concentradíssimos nas notícias, Ronaldo e Osvaldo; meio desanimados, (???) e Carlos; e, ao pé de todos, alguém que foi sumariamente cortado ao meio pelo fotógrafo (parece Derval). 
Ao que parece, a plateia não estava nem um pouco ligada no desfile da moçoila...




Estes encontros, que chamaria de “retiros espirituosos”, terão outros desdobramentos. 
Mas, pergunto, “retiros espirituosos” não seria uma muito suave definição para os nossos animados encontros em confortáveis e ociosos espaços que os padres tinham a coragem de nos emprestar?...

15 comentários:

Vera disse...

Oi, Guina, Boa Noite,
Acho que ao lado do Osvaldo e o Ronaldo, a outra pessoa não lembro tb.
E, por falar em Ronaldo, meu pai voltou hoje pra Niteroi, e ligou para o Ronaldo e Lucia, colocando eles a par dos nossos reencontros, acho que logo estarão por aqui.
Bjs
Vera

Bandeira disse...

O apelido do casal Hermínia\Gil era: "Casal Araldite' (só viviam grudados).

Guina Araújo Ramos disse...

E aí, me digam:
nada a acrescentar a Angra dos Reis, Páscoa de
1971?
Eu nem fui, mas o assunto merece, não?
Bjs gerais,
Guina

Guina Araújo Ramos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz Cesar disse...

Realmente Angra foi DEMAIS, é só na lembrança ....FOI DEMAIS
... O GRANDIOSO DESFILE QUE SÓ BANDEIRA PARA DESCREVER COM
RIQUEZA DE DETALHES , FANTASIA POR FANTASIA (a busca pelos
apetrechos , ornamentações e materiais, buscados nas redondezas,
criatividade... enfim tudo !!! ) E NESTE MOMENTO EU PEÇO QUE ELE
O FAÇA para que fique como registro pois estes depoimentos
serão gravados em TECH C3 - e será enviado para os espaço
sideral para que outras civilizações a conhençam; antes PORÉM será
apresentado ( chamaremos esse Diretor que fez o FILHO DO (
DASPU...A) BRASIL - vai concorrer ao OSCAR (alho ), para recriar
aquelas cenas) , enfim será apresentado no CINE SÃO GERALDO( será
reinaugurado) - não podia deixar de ser mencionado. BANDEIRA entre
outros detalhes não deixe de descrever o juri , sua composição,
representações ... o enorme bule de CAIPIRINHA prá segurar o
clima .. e etc.. os apresentadores; PERFEITO e quem mais, o nome
dela ... ... o nome dela .. quem eles imitavam etc.....

Naquela ocasião foi efetivamente consagrada e finalmente
constituida pelo seu representante mor e presidente ( Emilio ) e
em decorrencia da grandiosidade daquela ORDEM; receberam o título
da ordem ,DIVERSOS membros, diga-se cavalheiros da ORDEM das
VARINHAS..

Tenho até hj pedaços da varinha que vou fotografar e enviar
para registro no BLOG - ACREDITEM !!!!!. ... e não apertei
nenhum ainda...m.

lc

Guina Araújo Ramos disse...

Até eu, que não fui a Angra, acabei sendo introduzido (epa!) à Ordem das Varinhas!
Lembro que passei uns tempos carregando uma varinha debaixo do braço, à guisa de bengalinha do Bat Masterson, não sei se alguém se lembra dele...

Guina Araújo Ramos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Verinha disse...

Falar em cronologia a data de Angra dos Reis também tá errada. Não foi na Semana Santa de 1971, pois nesta data nós fomos para Barra do Pirai, com certeza.
Angra dos Reis foi no Carnaval de 1971.

Anônimo disse...

Meus amigos:
Essa viagem foi na Páscoa de 1971 e sei porque fomos eu, Verinha e mais quem? buscar as chaves em Volta Redonda com D. Valdir Calheiros, grande nome de oposição a ditadura na época. No caminho tentamos pegar carona na Presidente Dutra e fomos detidos por soldados do Batalhão de Paracambi. Eles desconfiaram que podíamos ser "guerrilheiros" e nos levaram ao quartel retirando nossos pertences e documentos. Após algum tempo de tensão, muitas perguntas, ameaças veladas, nos deram almoço e depois nos liberaram com nossos (o clima no país era de guerra). Como compreender esses jovens libertários, tão afetivos entre si? Em Volta Redonda confirmamos junto a D. Valdir (um santo!) a nossa intenção de realizar um profundo retiro espiritual com orações, estudos bíblicos e silêncio. Mas lá nossa história foi um grito de liberdade em meio aos tempos de treva da ditadura.

Osvaldo

Verinha disse...

Li o relato do Osvaldo, mas discordo de alguns itens.
Lembro muito bem que fomos de carona eu, Osvaldo e Casé, para Volta Redonda com o intuito de marcar o Seminário para o Retiro da Páscoa, em Barra do Pirai.
Saímos bem cedo e pegamos 1º uma carona de um caminhão, na Av. Brasil, que nos levou até a Dutra, na altura de Nova Iguaçu. La pegamos uma carona em uma pick-up, cujo o proprietário era um comerciante, dono de uma marmoraria. Ele disse que iria para Volta Redonda, e que até conhecia o Bispo, mas antes tinha que passar rapidinho no Quartel de Paracambi para falar com o Comandante, assuntos comerciais.

Guina Araújo Ramos disse...

Agora, é só ficar na expectativa da réplica do Osvaldo!
Isto está parecendo campanha eleitoral: pelo menos sobre Angra, a Única, ninguém sabe quem tem razão!

Verinha disse...

[Vera clicou antes da hora. Aí vai a...]
2ª parte
Lá chegando, o marmorista nos deixou mofando do lado de fora do quartel mais de uma hora!!!!
Não tínhamos alternativa, tivemos que esperar pacificamente, mas, se borrando de medo!!!
Fazendo mil e uma conjecturas!!! Imaginando que seríamos presos, etc....
Vcs podem imaginar o tamanho do medo!!!
De repente apareceu ele com o Comandante, e nos convidou para almoçar!!!!
Foi um alivio, mas ainda assim não estávamos confiantes!!!
Somente qdo sentamos a mesa com eles é que relaxamos!!!
Ai, foi um conversê só.
Camarada disse que fazia Sociologia (quase esganei ele!!!)
Casé foi chamado à atenção pelo comandante por causa do tamanho do cabelo!!!
O Comandante até nos convidou para jogar volei na praia de Copacabana com ele.
Passado o susto fomos rumo a Casa do Bispo em Volta Redonda. Nosso motorista nos acompanhou até lá dentro com intuito de ajudar!!!
Descobrimos, então que o Bispo não estava e sim em uma Igreja em Barra do Pirai.
Nosso amigo nos deixou na Polícia Rodoviária, na estrada para Barra do Pirai, e aí o policial arrumou uma carona em um ônibus de linha. Foi um alívio!!!
Não estou conseguido lembrar o resto, talvez não seja relevante!!!!
Cá entre nós, esse Camarada é doido mesmo!!!
Hah!!! Hah!!!!

Beijos,
Verinha

Anônimo disse...

Guina

A ordem das varinhas foi criada na Semana Santa em Barra do Piraí.
Poderemos chamar esta viagem de
Caralinho, Caralinho.

Ronaldo

Anônimo disse...

Meus amigos:
Que bom Verinha ter conseguido apagar da memória o risco que corremos! "Verinha no país das maravilhas"! O comerciante da pick-up que nos levou até o batalhão em Paracambi pròvavelmente desconfiou de nós minha amiga. Ele nos levou até o Batalhão para averiguações porque nos achou com "atitudes suspeitas". Aquela era uma época de mêdos e delações. Havia gente que se propunha a entregar "comunistas" para o exército. Chegando no Batalhão nós fomos detidos, separados uns dos outros, tivemos todos os pertences e documentos retirados. Vivíamos a fase pior da Ditadura e um regime de terror. Eu fui interrogado isoladamente e não podia telefonar para ninguém nem falar com vcs. Graças a Deus foi um simples interrogatório verbal mas assustador. Segui-se um longo período de silêncio e espera sem que eu soubesse o que estava acontecendo com vcs ou o que iria acontecer comigo. Não havia essa de "Direitos Humanos" e fui vigiado por homens armados altamente desconfiados. Após algum tempo, como eu estava com meus documentos em dia e sem registro (até então) no DOPS, fomos liberados. A história de almoçarmos juntos era para ganharem tempo pois meus documentos continuavam retidos para averiguações. Éramos visto como um grupo de "atitude suspeita" ao tentarmos pegar carona na estrada. Percebendo o clima hostil, passei a concordar com tudo o que o comandante falava durante o almoço. Toda nossa viagem até Volta Redonda para encontrar D. Valdir foi monitorada pelo marmorista e eu quase não falei. Na volta tentei comentar contigo sobre o fato e o terror mas creio que vc me olhou e continuou até hoje não entendendo. Mas algumas pessoas do grupo souberam do acontecido depois e se preocuparam com o risco. Algumas passaram a pensar que não poderíamos mais pensar em viajar de carona com esse clima de terror que se abatia sobre nós.Que bom só ter fantasias sobre aqueles anos!

Osvaldo

VERA disse...

OSVALDO, MEU QUERIDO,

REALMENTE ENLOUQUECIDO!!!!
NÓS DEVEMOS TAR FALANDO DE FATOS DIFERENTES, POIS EM MOMENTO ALGUM NOS SEPARAMOS, E MUITO MENOS TIVEMOS NOSSOS PERTENCES REVISTADOS, ACHO QUE VC SONHOU!!!!!!!!! E MUITO MENOS ALGUEM COM ARMA NOS AMEAÇANDO....AH!!! E EM MOMENTO ALGUM O COMANDANTE FOI HOSTIL!!! ACHO QUE VC SONHOU!!!
BJS
VERINHA